Sudão quer produzir mais etanol, diz Anba
11/09/2012
Etanol
POR: Página Rural
O Sudão quer aumentar sua produção de etanol e de açúcar. Para isso, busca parcerias com empresas brasileiras. A informação é do embaixador sudanês em Brasília, Abd Elghani Elnaim Awad Elkarim, que visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, ontem (04).
"Estamos interessados em produzir mais etanol e gostaríamos de ter parcerias com empresas brasileiras, para usarmos de sua tecnologia e alcançarmos este aumento da produção", declarou Elkarim à ANBA. "Esperamos que as empresas brasileiras se juntem a nós para este crescimento na produção de etanol", destacou.
Na terça e na quarta-feira, o embaixador teve encontros com empresas brasileiras do agronegócio e também com representantes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Na reunião na sede da Unica, em São Paulo, o embaixador foi acompanhado pelo CEO da Câmara Árabe, Michel Alaby.
"Há preparativos para empresas brasileiras de etanol irem ao Sudão", disse Elkarim, sem revelar os nomes das indústrias com as quais conversou.
A Kenana Sugar Company é a principal empresa produtora de açúcar e etanol no país africano. Na safra de 2011/2012, a produção de etanol da indústria, que representa quase a totalidade da produção deste combustível no Sudão, foi de 32,75 milhões de litros, dos quais 12,8 milhões foram exportados.
Em sua viagem a São Paulo, Elkarim está promovendo alguns projetos da Kenana que, além da produção de açúcar e etanol, incluem a área de infraestrutura. A Kenana já atua com tecnologia brasileira da empresa paulista Dedini.
Há dois meses, o Sudão ganhou uma nova companhia no setor, a White Nile Sugar Company. A empresa tem capacidade prevista para produzir 450 mil toneladas de açúcar por ano, além de 104 megawatts de eletricidade. Sua fábrica de etanol ainda está sendo planejada.
Além dos planos de produzir mais combustível, o Sudão apresenta uma forte necessidade de fabricar mais açúcar. "O Sudão consome 1,2 milhão de tonelada de açúcar todo ano, enquanto produz 750 mil toneladas por ano. Há uma boa diferença entre a oferta e o consumo", ressalta o embaixador.