O superávit comercial de US$ 4,8 bilhões em abril - recorde para o mês desde o início da série, em 1989 - pouco se deve à recuperação das exportações, cuja média diária, de US$ 768,7 milhões, aumentou apenas 5,7%, na comparação com março, e 1,4%, em relação a abril de 2015. Resulta, isto sim, da queda das importações.
O superávit comercial do primeiro quadrimestre atingiu US$ 13,2 bilhões e já supera o montante previsto tanto pelo governo quanto pela área privada. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estima hoje o saldo anual entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões, enquanto a Consultoria Tendências projeta US$ 41,8 bilhões e a Rosenberg, US$ 55 bilhões.
O saldo cresceu mais por causa da alta das vendas de semimanufaturados (+6,9% em relação a abril de 2015) e itens básicos (+2,5%), enquanto as exportações de bens manufaturados, que são as de maior valor agregado, caíram 1,3%.
Os produtos básicos lideraram as exportações de abril, com vendas de US$ 7,7 bilhões puxadas pela soja e pela carne de frango, os itens mais importantes, mas também por milho em grão, carne suína e fumo em folhas.
Nos semimanufaturados destacaram-se celulose, açúcar, ouro, catodos de cobre e madeira serrada, enquanto nos manufaturados ainda predomina a queda de vendas, por exemplo, de óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, motores, máquinas de terraplenagem e veículos de carga.
Com a recessão, as importações caíram 32,2% por dia útil entre os primeiros quadrimestres de 2015 e de 2016 e atingiram US$ 42,7 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, ante US$ 55,9 bilhões de exportações. É a fraqueza das compras externas que faz o superávit crescer. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) em 12 meses caiu US$ 90 bilhões. Isso indica menos concorrência com os bens locais e menos investimento em bens de capital.
Alguma recuperação das vendas externas de bens industriais já é notada por exportadores, mas dependeu até abril de poucos itens, como automóveis de passageiros, aviões, polímeros plásticos, suco de laranja, etanol e torneiras e válvulas. Falta expandir - e muito - a pauta de exportações. Estas, por ora, se beneficiam da desvalorização da moeda, mas os efeitos do câmbio são defasados. No futuro, poderão em alguns casos perder ímpeto com uma valorização do real.
O superávit comercial de US$ 4,8 bilhões em abril - recorde para o mês desde o início da série, em 1989 - pouco se deve à recuperação das exportações, cuja média diária, de US$ 768,7 milhões, aumentou apenas 5,7%, na comparação com março, e 1,4%, em relação a abril de 2015. Resulta, isto sim, da queda das importações.
O superávit comercial do primeiro quadrimestre atingiu US$ 13,2 bilhões e já supera o montante previsto tanto pelo governo quanto pela área privada. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estima hoje o saldo anual entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões, enquanto a Consultoria Tendências projeta US$ 41,8 bilhões e a Rosenberg, US$ 55 bilhões.
O saldo cresceu mais por causa da alta das vendas de semimanufaturados (+6,9% em relação a abril de 2015) e itens básicos (+2,5%), enquanto as exportações de bens manufaturados, que são as de maior valor agregado, caíram 1,3%.
Os produtos básicos lideraram as exportações de abril, com vendas de US$ 7,7 bilhões puxadas pela soja e pela carne de frango, os itens mais importantes, mas também por milho em grão, carne suína e fumo em folhas.
Nos semimanufaturados destacaram-se celulose, açúcar, ouro, catodos de cobre e madeira serrada, enquanto nos manufaturados ainda predomina a queda de vendas, por exemplo, de óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, motores, máquinas de terraplenagem e veículos de carga.
Com a recessão, as importações caíram 32,2% por dia útil entre os primeiros quadrimestres de 2015 e de 2016 e atingiram US$ 42,7 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, ante US$ 55,9 bilhões de exportações. É a fraqueza das compras externas que faz o superávit crescer. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) em 12 meses caiu US$ 90 bilhões. Isso indica menos concorrência com os bens locais e menos investimento em bens de capital.
Alguma recuperação das vendas externas de bens industriais já é notada por exportadores, mas dependeu até abril de poucos itens, como automóveis de passageiros, aviões, polímeros plásticos, suco de laranja, etanol e torneiras e válvulas. Falta expandir - e muito - a pauta de exportações. Estas, por ora, se beneficiam da desvalorização da moeda, mas os efeitos do câmbio são defasados. No futuro, poderão em alguns casos perder ímpeto com uma valorização do real.