Surtos de mosca-dos-estábulos já foram registrados em 90 municípios paulistas

26/07/2017 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros – Edição 133
Mosca-dos-Estábulos (Stomoxys calcitrans) se alimenta do sangue dos animais, mas seu foco de desenvolvimento passou a ser no meio da lavoura canavieira, nos últimos anos, sendo ali um dos principais locais de multiplicação de sua população. De acordo com Fernanda Calvo Duarte, médica veterinária do Instituto Biológico de São Paulo, já foram registrados surtos da mosca em cerca de 90 municípios paulistas. “A proliferação é bem alta e está espalhada pelo Estado, causando muitos prejuízos, por isso, é importante as pessoas saberem quais danos podem causar, sua relação com o segmento canavieiro e o que podem fazer para evitar que o problema se agrave”, explicou durante sua apresentação na terceira reunião do ano do Grupo Fitotécnico, realizada recentemente, em Ribeirão Preto-SP. “O advento da cana, da colheita mecanizada e o uso da fertirrigação forneceram uma condição favorável para o desenvolvimento da mosca. 
A área dos canaviais passou a ser berçários para essas moscas, por isso é fundamental o trabalho das usinas, principalmente na entressafra, fazendo a prevenção onde ela pode se desenvolver”, explicou o prof. dr. Avelino Jose Bittencourt, da UFFRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), ao ressaltar a questão do manejo como estratégia de controle na usina, na reunião. Segundo ele, locais onde existem mais “empoçamento” de vinhaça e terraços podem ser favoráveis à criação da mosca. Bittencourt também atentou para a higiene nas fazendas, onde vivem os animais, principal ação para o controle do inseto, evitando-se assim a sua proliferação. 
O especialista mostrou ainda dados de pesquisas e iniciativas contra a mosca, como o uso de inseticidas. “A mosca não é muito fácil de controlar, pois ela desenvolve resistência ao inseticida muito rapidamente, devido ao seu ciclo de vida curto”, completou a dra. Leila Luci Dinardo Miranda, pesquisadora científica do Centro de Cana IAC, ao moderar o painel, que contou com a troca de experiência entre os participantes. 2ª reunião do ano
O lançamento do Projeto Censo Varietal Safra 2017/18 foi feito durante o segundo encontro do Grupo Fitotécnico. “Além do censo realizamos a coleta de informações sobre a intenção de plantio com início em setembro/2017 e término em novembro/2017, quando os dados serão apresentados na reunião do Grupo Fitotécnico”, explicou o pesquisador dr. Rubens Braga Júnior, da RBJ Consultoria, responsável pela coordenação do censo. 
Marcos Landell, diretor do Centro de Cana IAC, falou sobre os conceitos de manejo varietal, citando a influência do manejo da matriz tridimensional (3º Eixo) no fluxo de colheita, iniciativa que pode impulsionar o uso de diferentes variedades nos canaviais, proporcionando mais longevidade e produtividade à lavoura. 
Já o dr. André Guilherme Mardegan, auditor fiscal federal agropecuário do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), abordou a legislação federal sobre a produção de mudas de cana-de-açúcar, no caso a Lei 10.711, que institui o SNSM (Sistema Nacional de Sementes e Mudas), reforçando a que a regulamentação tem como objetivo garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicação e de reprodução vegetal produzido, comercializado e utilizado no Brasil. 
A autorização de venda das mudas depende de uma série de regras do MAPA, entre elas, a necessidade de se ter o RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas), explicou o auditor. A programação contou ainda com palestra de Guilherme Nastari, diretor da DATAGRO, que mostrou as perspectivas para o segmento sucroenergético. O executivo afirmou, na ocasião, que a oferta de sacarose está estagnada nos últimos oito anos e que o Programa RenovaBio é uma oportunidade para o ATR voltar a crescer. “O RenovaBio é a chance de fazer a quarta expansão de cana no Brasil: a primeira foi com a comida; a segunda foi o Próalcool e a energia; a terceira foi com a frota flex e energia e a quarta, deverá ser com o RenovaBio e a energia”, disse, destacando que o programa vai atender a uma demanda mundial de 400 milhões de toneladas de cana. Nastari lembrou ainda que o Próalcool economizou para o país 2,5 bilhões de litros de combustíveis; em dólares, US$ 412,6 bilhões. “Neste contexto, imagina o que o RenovaBio pode significar para o Brasil”, concluiu.
Mosca-dos-Estábulos (Stomoxys calcitrans) se alimenta do sangue dos animais, mas seu foco de desenvolvimento passou a ser no meio da lavoura canavieira, nos últimos anos, sendo ali um dos principais locais de multiplicação de sua população. De acordo com Fernanda Calvo Duarte, médica veterinária do Instituto Biológico de São Paulo, já foram registrados surtos da mosca em cerca de 90 municípios paulistas. “A proliferação é bem alta e está espalhada pelo Estado, causando muitos prejuízos, por isso, é importante as pessoas saberem quais danos podem causar, sua relação com o segmento canavieiro e o que podem fazer para evitar que o problema se agrave”, explicou durante sua apresentação na terceira reunião do ano do Grupo Fitotécnico, realizada recentemente, em Ribeirão Preto-SP. “O advento da cana, da colheita mecanizada e o uso da fertirrigação forneceram uma condição favorável para o desenvolvimento da mosca. 
A área dos canaviais passou a ser berçários para essas moscas, por isso é fundamental o trabalho das usinas, principalmente na entressafra, fazendo a prevenção onde ela pode se desenvolver”, explicou o prof. dr. Avelino Jose Bittencourt, da UFFRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), ao ressaltar a questão do manejo como estratégia de controle na usina, na reunião. Segundo ele, locais onde existem mais “empoçamento” de vinhaça e terraços podem ser favoráveis à criação da mosca. Bittencourt também atentou para a higiene nas fazendas, onde vivem os animais, principal ação para o controle do inseto, evitando-se assim a sua proliferação. 
O especialista mostrou ainda dados de pesquisas e iniciativas contra a mosca, como o uso de inseticidas. “A mosca não é muito fácil de controlar, pois ela desenvolve resistência ao inseticida muito rapidamente, devido ao seu ciclo de vida curto”, completou a dra. Leila Luci Dinardo Miranda, pesquisadora científica do Centro de Cana IAC, ao moderar o painel, que contou com a troca de experiência entre os participantes.


2ª reunião do ano
O lançamento do Projeto Censo Varietal Safra 2017/18 foi feito durante o segundo encontro do Grupo Fitotécnico. “Além do censo realizamos a coleta de informações sobre a intenção de plantio com início em setembro/2017 e término em novembro/2017, quando os dados serão apresentados na reunião do Grupo Fitotécnico”, explicou o pesquisador dr. Rubens Braga Júnior, da RBJ Consultoria, responsável pela coordenação do censo. 
Marcos Landell, diretor do Centro de Cana IAC, falou sobre os conceitos de manejo varietal, citando a influência do manejo da matriz tridimensional (3º Eixo) no fluxo de colheita, iniciativa que pode impulsionar o uso de diferentes variedades nos canaviais, proporcionando mais longevidade e produtividade à lavoura. 

Já o dr. André Guilherme Mardegan, auditor fiscal federal agropecuário do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), abordou a legislação federal sobre a produção de mudas de cana-de-açúcar, no caso a Lei 10.711, que institui o SNSM (Sistema Nacional de Sementes e Mudas), reforçando a que a regulamentação tem como objetivo garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicação e de reprodução vegetal produzido, comercializado e utilizado no Brasil. 
A autorização de venda das mudas depende de uma série de regras do MAPA, entre elas, a necessidade de se ter o RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas), explicou o auditor. A programação contou ainda com palestra de Guilherme Nastari, diretor da DATAGRO, que mostrou as perspectivas para o segmento sucroenergético. O executivo afirmou, na ocasião, que a oferta de sacarose está estagnada nos últimos oito anos e que o Programa RenovaBio é uma oportunidade para o ATR voltar a crescer. “O RenovaBio é a chance de fazer a quarta expansão de cana no Brasil: a primeira foi com a comida; a segunda foi o Próalcool e a energia; a terceira foi com a frota flex e energia e a quarta, deverá ser com o RenovaBio e a energia”, disse, destacando que o programa vai atender a uma demanda mundial de 400 milhões de toneladas de cana. Nastari lembrou ainda que o Próalcool economizou para o país 2,5 bilhões de litros de combustíveis; em dólares, US$ 412,6 bilhões. “Neste contexto, imagina o que o RenovaBio pode significar para o Brasil”, concluiu.