Syngenta volta ao mercado de variedades de cana

06/12/2013 Cana-de-Açúcar POR: Valor Econômico
A suíça Syngenta tenta voltar ao mercado comercial de variedades de cana-de-açúcar do Brasil com o lançamento de dois novos produtos para o segmento. Diferentemente do Plene, lançado em 2010 mas retirado de circulação em 2012 por problemas técnicos, as duas novidades, o Plene PB e o Plene Evolve, não são variedades de cana para serem usadas diretamente no plantio comercial, mas mudas para formação de viveiros. Com as duas tecnologias, a multinacional mira um mercado de US$ 800 milhões.
A empresa não divulga quanto pretende vender dos dois produtos na próxima safra, a 2014/15. Mas o diretor global de cana-de-açúcar da empresa, Daniel Bachner, afirma que toda a produção dos lançamentos já está sendo comercializada. Há entregas programadas até março do próximo ano, segundo o executivo. "As vendas vão depender da nossa capacidade de produção, atualmente na casa dos 4 milhões de plantas por ano na biofábrica, de Itápolis [SP]", diz.
Bachner reconhece que as usinas de cana, público-alvo dos lançamentos, estão há anos alavancadas e com dificuldades de gerar retorno financeiro com a atividade. Mas acredita que é justamente no ganho de rendimento que reside parte da solução ao setor. "Os testes com os produtos mostraram produtividade de 15% a 20% maior na comparação com canaviais cujas mudas não resultaram de boas condições de sanidade". E, conforme o executivo, três quartos da cana plantada no Brasil estão nessa condição.
Além das duas tecnologias, a Syngenta também trabalha para relançar o Plene no Brasil. O produto, que chegou a atingir vendas de US$ 350 milhões no país, deixou de ser comercializado em dezembro de 2012 após problemas técnicos relacionados à produção em grande escala. "Tiramos o Plene do mercado para retomar seu desenvolvimento. Tivemos que renegociar contratos de venda", lembra Bachner.
O Plene foi anunciado em 2008 como uma "revolução". Consistia no plantio de uma espécie de "semente" (gema única) de cana, o que significava uma quebra de paradigma do segmento sucroalcooleiro, que normalmente usa parte da lavoura da gramínea para produzir mudas. "Em quatro meses teremos os resultados dos ensaios do Plene. A partir disso, haverá mais previsibilidade de quando conseguiremos relançá-lo". A Syngenta investe globalmente US$ 1,4 bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento.
Fabiana Batista
A suíça Syngenta tenta voltar ao mercado comercial de variedades de cana-de-açúcar do Brasil com o lançamento de dois novos produtos para o segmento. Diferentemente do Plene, lançado em 2010 mas retirado de circulação em 2012 por problemas técnicos, as duas novidades, o Plene PB e o Plene Evolve, não são variedades de cana para serem usadas diretamente no plantio comercial, mas mudas para formação de viveiros. Com as duas tecnologias, a multinacional mira um mercado de US$ 800 milhões.
A empresa não divulga quanto pretende vender dos dois produtos na próxima safra, a 2014/15. Mas o diretor global de cana-de-açúcar da empresa, Daniel Bachner, afirma que toda a produção dos lançamentos já está sendo comercializada. Há entregas programadas até março do próximo ano, segundo o executivo. "As vendas vão depender da nossa capacidade de produção, atualmente na casa dos 4 milhões de plantas por ano na biofábrica, de Itápolis [SP]", diz.
Bachner reconhece que as usinas de cana, público-alvo dos lançamentos, estão há anos alavancadas e com dificuldades de gerar retorno financeiro com a atividade. Mas acredita que é justamente no ganho de rendimento que reside parte da solução ao setor. "Os testes com os produtos mostraram produtividade de 15% a 20% maior na comparação com canaviais cujas mudas não resultaram de boas condições de sanidade". E, conforme o executivo, três quartos da cana plantada no Brasil estão nessa condição.
Além das duas tecnologias, a Syngenta também trabalha para relançar o Plene no Brasil. O produto, que chegou a atingir vendas de US$ 350 milhões no país, deixou de ser comercializado em dezembro de 2012 após problemas técnicos relacionados à produção em grande escala. "Tiramos o Plene do mercado para retomar seu desenvolvimento. Tivemos que renegociar contratos de venda", lembra Bachner.
O Plene foi anunciado em 2008 como uma "revolução". Consistia no plantio de uma espécie de "semente" (gema única) de cana, o que significava uma quebra de paradigma do segmento sucroalcooleiro, que normalmente usa parte da lavoura da gramínea para produzir mudas. "Em quatro meses teremos os resultados dos ensaios do Plene. A partir disso, haverá mais previsibilidade de quando conseguiremos relançá-lo". A Syngenta investe globalmente US$ 1,4 bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento.
Fabiana Batista