Tecnologia canadense transforma resíduos de cerveja e refrigerantes em etanol

26/12/2013 Etanol POR: UNICA
Uma empresa do Canadá especializada em energia limpa e renovável, localizada em uma região conhecida por suas cervejarias e adegas, iniciou este mês a produção de etanol feito à base de resíduos de cerveja e refrigerantes
 
 
Tecnologia canadense transforma resíduos de cerveja e refrigerantes em etanol
Após meses de testes, a Energentium, situada na cidade de Brantford, na província de Ontário, estima que sua capacidade de produção deva ficar na casa de dois bilhões de litros de etanol por ano.
 
 
Para a representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na América do Norte, Letícia Phillips, além do ganho ambiental, a empresa também está atenta ao crescimento do mercado de combustíveis no Canadá.
 
“O etanol está sendo cada vez mais utilizado para atender as exigências da política de combustíveis renováveis do país, onde todo o combustível comercializado deve incluir obrigatoriamente uma mistura mínima de 5% de combustível renovável em sua composição. Ou seja, o aumento da demanda pela gasolina também impulsiona as vendas de etanol,” explicou.
 
Além de usar resíduos de bebidas como matéria-prima, o sistema de produção da Energentium também pode ser adaptado para utilizar sobras de alimentos, como frutas e legumes, geleias, xaropes, açúcares e doces.
 
O gerente geral da Energentium, Phil Artman, bate na tecla da sustentabilidade atrelada à inovação tecnológica. “Do ponto de vista ambiental, o etanol produzido em nosso inovador processo é muito mais ‘verde’ do que o feito de milho ou outros materiais. Ao utilizar o açúcar e o álcool dos resíduos de bebidas, o etanol requer menos processamento. Isso significa que além de emitir menos dióxido de carbono, nosso processo técnico não afeta o uso da terra ou a questão da segurança alimentar.”
 
A nova iniciativa está em acordo com a filosofia da empresa: lidar com o meio ambiente, reciclagem e um futuro mais limpo, inserida na comunidade da qual faz parte. "Acreditamos que esse modelo pode ser replicado em qualquer lugar. Nosso processo pode ajudar a melhorar o pilar ambiental tanto em pequenas cidades como nas grandes metrópoles," finalizou Artman.