Com o apoio da Corteva, aconteceu na noite do último dia 28 em Ituverava mais uma reunião entre cooperativa, produtores e a indústria de insumos cujo objetivo principal é a discussão de tecnologias e indicação de oportunidades que estarão disponíveis aos produtores ao longo da 20ª edição do Agronegócios Copercana, que tem início no dia 17 com as negociações acontecendo nos escritórios da equipe técnica e, no dia 24, de forma unificada, no Centro de Eventos da Copercana, em Sertãozinho-SP.
Como início das atividades, o agrônomo da Copercana que atende a região, Paulo Bighetti, lembrou os produtores presentes da proximidade da feira e o fato de que historicamente é a época onde serão disponibilizadas as melhores oportunidades de compra de insumos no período e muitas vezes ao longo do ano.
Agrônomo da Copercana, Paulo Bighetti, lembrou os presentes sobre a importância em aproveitar as oportunidades que estarão disponíveis no Agronegócios Copercana
Em seguida, o representante comercial da Corteva, Douglas Rocha, apresentou algumas das principais tecnologias que os produtores poderão aproveitar, como o inoculante para solubilização de fósforo, Omsugo Eco, mostrando inclusive resultados de experimentos de campo com mais de dois anos realizados em áreas de usinas e fornecedores da região.
Ele também falou sobre dois lançamentos de herbicidas, citando o Dontor Ultra, que mudou a recomendação de bula em relação a sua versão original tendo indicação para cinco espécies de corda-de-viola (Merremias e Ipomeas), bucha, mucuna e mamona.
Contudo o destaque maior ficou para o Linear, lançamento herbicida também com foco em nas invasoras de folhas largas que traz em sua formulação um ingrediente ativo inédito na cultura canavieira, que dentre os benefícios pode ser utilizado ao longo de todo ano, eficiente na época úmida, alta seletividade (o que lhe permite a aplicação em pré-emergência, na pós-inicial e também no manejo das daninhas em estádio grande), grande residual e dinâmico para atravessar a palhada.
Douglas Rocha, da Corteva, apresentou o Linear, lançamento da empresa para controle de mamona e mucuna
Como terceira atração, o sócio diretor da Markestrat e cofundador da Harven Agribusiness School, José Carlos de Lima Junior, desenhou o cenário conjuntural da atual safra onde a principal mensagem é que a produção e os preços serão menores em relação ao ano passado, mas que a cana atravessará um momento mais favorável se comparado outras culturas que também produzem commodities mundiais e que a produtividade será o fiel da balança na rentabilidade do produtor.
Outra lição do palestrante foi sobre a diferença entre os mercado físico e financeiro e como eles impactam nos preços das commodities, como do açúcar por exemplo. O primeiro se trata da produção e comercialização dos produtos, enquanto que o segundo são os investimentos que podem ser realizados remunerando de modo fixo ou variável.
Como os Estados Unidos hoje estão adotando taxas de juros acima de sua média histórica para segurar a inflação, os investidores estão canalizando o fluxo financeiro para aplicações de renda fixa, fazendo com que as variáveis tenham baixa movimentação, o que afeta diretamente Chicago, a principal bolsa de commodities mundial.
Dessa maneira, os preços dos produtos agrícolas dificilmente vão oscilar devido a movimentos especulativos, sendo influenciados apenas através de informações e previsões sobre clima e produção.
No caso do açúcar, a expectativa é sobre se a Índia voltará ou não a exportar no segundo semestre ou quanto o primeiro semestre de 2024, mais seco nas áreas canavieiras do Centro-Sul do Brasil vai influenciar na produtividade da cana colhida do meio para o final de safra e como isto vai alterar as previsões de produção.
José Carlos de Lima Junior explicou porque o cenário da atual safra indica que a rentabilidade do produtor estará ligada a sua produtividade
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