Tecnologia no campo é solução para impasse no agronegócio

Cerca de 41% das áreas utilizadas na pastagem devem ser utilizadas em outras atividades, como para o plantio de grãos, cana-de-açúcar e florestas. Com a intensificação da tecnologia na pecuária, cerca de 70 milhões de hectares do total de 170 milhões de hectares de pastos seriam convertidos para novos negócios. É o que afirma o diretor de Planejamento Territorial, da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Presidência da República, Arnaldo Carneiro Filho. Segundo ele, o ganho no setor esta voltado para a produtividade e na adoção de ferramentos de gestão. "Do total de terras a serem disponibilizadas pela pecuária, apenas 20 milhões seriam suficientes para atender a necessidade de expansão de outras culturas. Restariam 70% de terras com necessidades de novas oportunidades de negócios", afirma Carneiro.

Conforme ele, a eficiência na produção pelo modelo de sustentabilidade é um dos grandes desafios da agricultura brasileiro. Uma das saídas, de acordo com Filho, é ampliar investimentos em tecnologia e acesso ao crédito. "A redução das pressões socioambientais ligadas às atividades agrícolas depende de mudanças profundas nas políticas agro-econômicas que orientam a capacitação e difusão de novas tecnologias, além de uma maior eficiência na oferta de tecnologias e crédito orientado no território", afirma. O assunto será debatido durante a palestra "RIO + 20 - Redesenhando a paisagem agrícola nacional: gestão da agricultura e recursos naturais, apostas e desafios futuros para evitar novos desperdícios" que será ministrada a sede da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), em Campo Grande (MS), na próxima sexta-feira (29).

Autor: Vívian Lessa