Tecnologias avançadas impulsionam produção
23/07/2012
Agricultura
POR: Gazeta Digital
Um estudo realizado pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Eliseu Alves aponta que o crescimento da produção agrícola no Brasil está diretamente ligada à utilização da tecnologia avançada e um dos seus aspectos mais importantes a produção de grãos do país, que nos últimos anos vem batendo recordes mundiais. O relatório foi apresentado ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, apontando que cerca de 500 mil estabelecimentos com acesso a tecnologias modernas são responsáveis por 86,65% de toda a renda agrícola de 2006, com base no último censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE).
O estudo diz ainda, conforme o pesquisador, que no mesmo período, 3,9 milhões de propriedades que ficaram à margem da modernização responderam por somente 13% da produção. “Somente a adoção de tecnologia pode desconcentrar a renda e gerar bem estar nos campos. Terra sem este fator preponderante não melhora a vida de ninguém.
O presidente da Aprosoja Brasil, o sojicultor de Mato Grosso Glaber Silveira, compartilha dos números apresentados pelo pesquisador da Embrapa, dizendo inclusive que o trabalho que a entidade vem realizando no Brasil é fundamental para o desenvolvimento da agricultura do país. Silveira diz ainda que este desenvolvimento tecnológico é extremamente positivo, pois reflete diretamente em ganhos ambientais para o país. “O implemento da tecnologia no campo impulsionou a agricultura brasileira, tanto quem sem ela hoje seria necessário cerca de 50 milhões de hectares para produzirmos o que hoje produzimos”. O presidente da Aprosoja Brasil ainda diz quem em termos de produção de soja o país praticamente não deixa nada a desejar, mas em termos de milho ainda há o que evoluir, já que ainda produzimos a metade do que o Estados Unidos produzem.
De 1960 a 2010, a produção de grãos do País aumentou 774% enquanto a área de cultivo apenas dobrou, de 22 milhões de hectares para 47,5 milhões de hectares. Se a tecnologia que utilizamos hoje fosse a mesma de 50 anos atrás, seria necessário aumentar em oito vezes a área para o cultivo.A partir do estudo do Censo Agropecuário do IBGE de 1995/96, os principais fatores para o crescimento da produção de grãos eram, respectivamente, a tecnologia (50,6%), a mão-de-obra (31,3%) e a terra cultiváveis (18,1%). Já em 2006, o fator tecnológico atingiu o patamar de importância de 68,1%, enquanto a mão-de-obra e a terra tiveram os índices reduzidos para 22,3% e 9,6%, respectivamente.