Um dos supostos operadores do esquema de desvios de recursos da Petrobras, preso na Operação Lava-Jato, era "muito ligado", teve seu nome "avalizado" e foi "apadrinhado" pelo vice-presidente da República, Michel Temer (Foto), segundo a delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS). O lobista João Augusto Henriques, preso em setembro na 19ª fase da Operação Lava-Jato, é suspeito de operar propina para o PMDB. A acusação contra ele é de envolvimento na operação de US$ 31 milhões de propina a partir de contratos da Diretoria Internacional da Petrobras. Segundo Delcídio, Henriques e Temer são bastante próximos.
No anexo da delação, quando o delator rascunha o que será dito aos investigadores, Delcídio chegou a expressar que "o 'padrinho' de João Henriques no esquema do etanol foi Michel Temer, atual vice-presidente da República". O esquema delatado está no termo de colaboração número 13 e diz respeito à aquisição de etanol na BR Distribuidora. Henriques foi diretor na BR entre 1998 e 2000 e uma de suas atribuições era a compra de etanol, o que levava a uma "relação estreita" com usineiros.
"João Augusto Henriques fazia operações, enquanto diretor na BR Distribuidora, para obter recursos a partir da variação do preço de compra do etanol junto às usinas. A forma de obtenção de recursos ilícitos nas operações de compra de etanol consistia na manipulação das margens de preço do produto, entre 1999 e 2000", afirmou Delcídio. Depois, "em 2007 ou 2008", Henriques foi cotado para ser diretor da Área Internacional da Petrobras "com o apadrinhamento de Michel Temer e da bancada do PMDB na Câmara". A então ministra Dilma Rousseff vetou o nome, conforme a delação.
"O depoente sabe dizer que João Augusto Henriques era apadrinhado por Michel Temer, ao menos até a tentativa de ser diretor na Diretoria Internacional da Petrobras", registra o termo de depoimento. Delcídio afirmou ainda que o PMDB do Senado aceitou passar a diretoria para o PMDB da Câmara. "O nome do PMDB era João Augusto Rezende Henriques, que era muito ligado a Michel Temer. O nome de Henriques foi avalizado pelo Michel Temer", registra o termo de colaboração.
O diretor acabou sendo Jorge Zelada, também ligado ao PMDB. Zelada também foi preso na Lava-Jato suspeito de operar o esquema de propina na Petrobras. "Jorge Zelada foi chancelado por Michel Temer e a bancada do PMDB na Câmara. João Augusto sempre atuou nas 'sombras' de Jorge Zelada", disse Delcídio, em depoimento.
Um dos supostos operadores do esquema de desvios de recursos da Petrobras, preso na Operação Lava-Jato, era "muito ligado", teve seu nome "avalizado" e foi "apadrinhado" pelo vice-presidente da República, Michel Temer (Foto), segundo a delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS). O lobista João Augusto Henriques, preso em setembro na 19ª fase da Operação Lava-Jato, é suspeito de operar propina para o PMDB. A acusação contra ele é de envolvimento na operação de US$ 31 milhões de propina a partir de contratos da Diretoria Internacional da Petrobras. Segundo Delcídio, Henriques e Temer são bastante próximos.
No anexo da delação, quando o delator rascunha o que será dito aos investigadores, Delcídio chegou a expressar que "o 'padrinho' de João Henriques no esquema do etanol foi Michel Temer, atual vice-presidente da República". O esquema delatado está no termo de colaboração número 13 e diz respeito à aquisição de etanol na BR Distribuidora. Henriques foi diretor na BR entre 1998 e 2000 e uma de suas atribuições era a compra de etanol, o que levava a uma "relação estreita" com usineiros.
"João Augusto Henriques fazia operações, enquanto diretor na BR Distribuidora, para obter recursos a partir da variação do preço de compra do etanol junto às usinas. A forma de obtenção de recursos ilícitos nas operações de compra de etanol consistia na manipulação das margens de preço do produto, entre 1999 e 2000", afirmou Delcídio. Depois, "em 2007 ou 2008", Henriques foi cotado para ser diretor da Área Internacional da Petrobras "com o apadrinhamento de Michel Temer e da bancada do PMDB na Câmara". A então ministra Dilma Rousseff vetou o nome, conforme a delação.
"O depoente sabe dizer que João Augusto Henriques era apadrinhado por Michel Temer, ao menos até a tentativa de ser diretor na Diretoria Internacional da Petrobras", registra o termo de depoimento. Delcídio afirmou ainda que o PMDB do Senado aceitou passar a diretoria para o PMDB da Câmara. "O nome do PMDB era João Augusto Rezende Henriques, que era muito ligado a Michel Temer. O nome de Henriques foi avalizado pelo Michel Temer", registra o termo de colaboração.
O diretor acabou sendo Jorge Zelada, também ligado ao PMDB. Zelada também foi preso na Lava-Jato suspeito de operar o esquema de propina na Petrobras. "Jorge Zelada foi chancelado por Michel Temer e a bancada do PMDB na Câmara. João Augusto sempre atuou nas 'sombras' de Jorge Zelada", disse Delcídio, em depoimento.