Tendência é de alta para preços do açúcar em Nova York, mas dólar pode pressionar mercado

17/09/2015 Açúcar POR: Agência Estado
O desempenho do dólar deu ontem a direção para os contratos futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). A alta da moeda norte-americana pressionou o mercado, que ainda continua com sinais positivos, principalmente no médio e longo prazos.
O dólar se recuperou ontem em relação ao real, depois da queda na segunda-feira, com investidores prevendo dificuldades para o governo aprovar no Congresso Nacional as medidas do pacote fiscal, que inclui a volta da CPMF. No exterior, a divisa dos EUA apresentava leve alta, em reação à expectativa da reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA), ainda nesta semana.
Com relação aos fundamentos do açúcar, os participantes continuam atentos ao clima nas regiões produtoras brasileiras, que volta a ficar seco nos próximos dias, favorecendo a colheita e moagem da cana-de-açúcar. Segundo a Climatempo, no oeste e no norte de São Paulo, principal Estado produtor do Brasil, não há previsão de chuva significativa até o próximo fim de semana. Na região central do Estado, o volume acumulado deve ficar entre apenas 2 mm e 10 mm.
Apesar da tendência de retomada da moagem de cana no Brasil, analistas continuam altistas para o mercado de açúcar. O Itaú Unibanco, em boletim mensal sobre commodities, projeta preço internacional de 11 cents para o produto no fim deste ano, embora reconheça "existência de risco de alta, se algum fator se materializar", como perdas de safra na China e na Índia; nova suspensão da moagem no Centro-Sul do Brasil provocada pelo clima adverso e aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
No lado da demanda, a analista Judith Ganes Chase, da consultoria J. Ganes Consulting, avaliou que o consumo de açúcar pela China deve continuar firme. "A China pode ser o salvador da pátria, evitando que os preços (do açúcar) escorreguem cada vez mais", afirmou ela, em recente nota.
O Banco Pine, em relatório sobre o mercado de açúcar, reforça que as perspectivas para a safra chinesa não parecem ser favoráveis. "Não acreditamos em importações excessivas por pressão do governo central para manter volumes comedidos, mas o aumento é inevitável", diz o Pine.
Tecnicamente, o vencimento março/16 em Nova York se afastou da máxima de segunda-feira, a 12,55 cents, que deve ser o próximo objetivo a ser alcançado. O suporte é de 12,07 cents, mínima dos dias 4 e 10 de setembro.
Ontem, o mercado de açúcar em Nova York trabalhou no terreno negativo em boa parte do pregão, pressionado pelo dólar. O vencimento março/16 caiu 7 pontos (0,57%), a 12,31 cents. A máxima foi de 12,47 cents (mais 9 pontos). A mínima bateu 12,16 cents (menos 22 pontos).
O valor à vista em reais do indicador do açúcar Esalq fechou R$ 50,75/saca (+0,20%). Em dólar, o preço ficou em US$ 13,16/saca (-0,75%). 
O desempenho do dólar deu ontem a direção para os contratos futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). A alta da moeda norte-americana pressionou o mercado, que ainda continua com sinais positivos, principalmente no médio e longo prazos.
O dólar se recuperou ontem em relação ao real, depois da queda na segunda-feira, com investidores prevendo dificuldades para o governo aprovar no Congresso Nacional as medidas do pacote fiscal, que inclui a volta da CPMF. No exterior, a divisa dos EUA apresentava leve alta, em reação à expectativa da reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA), ainda nesta semana.
Com relação aos fundamentos do açúcar, os participantes continuam atentos ao clima nas regiões produtoras brasileiras, que volta a ficar seco nos próximos dias, favorecendo a colheita e moagem da cana-de-açúcar. Segundo a Climatempo, no oeste e no norte de São Paulo, principal Estado produtor do Brasil, não há previsão de chuva significativa até o próximo fim de semana. Na região central do Estado, o volume acumulado deve ficar entre apenas 2 mm e 10 mm.
Apesar da tendência de retomada da moagem de cana no Brasil, analistas continuam altistas para o mercado de açúcar. O Itaú Unibanco, em boletim mensal sobre commodities, projeta preço internacional de 11 cents para o produto no fim deste ano, embora reconheça "existência de risco de alta, se algum fator se materializar", como perdas de safra na China e na Índia; nova suspensão da moagem no Centro-Sul do Brasil provocada pelo clima adverso e aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
No lado da demanda, a analista Judith Ganes Chase, da consultoria J. Ganes Consulting, avaliou que o consumo de açúcar pela China deve continuar firme. "A China pode ser o salvador da pátria, evitando que os preços (do açúcar) escorreguem cada vez mais", afirmou ela, em recente nota.

O Banco Pine, em relatório sobre o mercado de açúcar, reforça que as perspectivas para a safra chinesa não parecem ser favoráveis. "Não acreditamos em importações excessivas por pressão do governo central para manter volumes comedidos, mas o aumento é inevitável", diz o Pine.
Tecnicamente, o vencimento março/16 em Nova York se afastou da máxima de segunda-feira, a 12,55 cents, que deve ser o próximo objetivo a ser alcançado. O suporte é de 12,07 cents, mínima dos dias 4 e 10 de setembro.

 
Ontem, o mercado de açúcar em Nova York trabalhou no terreno negativo em boa parte do pregão, pressionado pelo dólar. O vencimento março/16 caiu 7 pontos (0,57%), a 12,31 cents. A máxima foi de 12,47 cents (mais 9 pontos). A mínima bateu 12,16 cents (menos 22 pontos).
O valor à vista em reais do indicador do açúcar Esalq fechou R$ 50,75/saca (+0,20%). Em dólar, o preço ficou em US$ 13,16/saca (-0,75%).