Após as turbulências que culminaram no calote bilionário a seus bondholders, as usinas que emitiram dívida em dólar tentam colocar a casa em ordem, agora com um cenário mais favorável nos mercados de açúcar e etanol. Em linhas gerais, a estratégia é recuperar eficiência operacional e, assim, o valor do ativo. O foco é vender as usinas para quitar o endividamento, ainda que com deságios astronômicos.
Mas ainda há um longo caminho a percorrer. O grupo Aralco, por exemplo, o primeiro dos emissores de bonds a pedir recuperação judicial, só deve aproximar sua moagem de cana de sua capacidade instalada em 2019/20. É quando o grupo espera processar 6,5 milhões de toneladas, ante uma capacidade industrial instalada para cerca de 7,5 milhões.
Na atual temporada (2015/16), que terminará em 31 de março, a Aralco processou 4,35 milhões de toneladas de cana, antecipando em duas safras a meta acordada com credores, que previa inicialmente 4,2 milhões de toneladas na temporada 2017/18.
A consultoria DSVC Consultoria e Gestão foi contratada pela Aralco para acelerar a retomada. Desde 2014, os custos anuais do grupo foram reduzidos em 17,5% ¬ de R$ 560 milhões para R$ 462 milhões. A principal alavanca dos cortes foi a folha de pagamento, que encolheu de R$ 106 milhões por ano para R$ 60 milhões, efeito do enxugamento do quadro de pessoal de 4,1 mil para 1,7 mil pessoas. Cada uma das quatro usinas da Aralco, apesar de ficarem muito próximas uma das outras, tinha uma gestão totalmente independente.
Conforme o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores, 60% da dívida da empresa será convertida em participação acionária. O prazo dessa conversão é de 15 anos. Se antes disso as usinas do grupo forem vendidas, os credores podem usar os recursos para recuperar seus créditos.
Maior emissor de bonds dos segmento, o Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) deu sinais esta semana de que as perspectivas de solução para seu endividamento estão além do longo prazo. A empresa entregou na terça-feira uma proposta de pagamento aos bondholders que prevê a substituição dos atuais títulos por novos bonds com vencimento de dez a 15 anos mais longos que os atuais.
A empresa fez três emissões, que somam US$ 735 milhões, com vencimentos entre 2018 e 2022. E agora, com horizonte mais positivo para açúcar e etanol, tenta impulsionar sua moagem de cana. Neste ciclo 2015/16, a empresa processou 7,4 milhões de toneladas e se prepara para elevar esse volume para 9 milhões em 2016/17. No seu auge, o grupo chegou a moer 11 milhões de toneladas de cana.
Após as turbulências que culminaram no calote bilionário a seus bondholders, as usinas que emitiram dívida em dólar tentam colocar a casa em ordem, agora com um cenário mais favorável nos mercados de açúcar e etanol. Em linhas gerais, a estratégia é recuperar eficiência operacional e, assim, o valor do ativo. O foco é vender as usinas para quitar o endividamento, ainda que com deságios astronômicos.
Mas ainda há um longo caminho a percorrer. O grupo Aralco, por exemplo, o primeiro dos emissores de bonds a pedir recuperação judicial, só deve aproximar sua moagem de cana de sua capacidade instalada em 2019/20. É quando o grupo espera processar 6,5 milhões de toneladas, ante uma capacidade industrial instalada para cerca de 7,5 milhões.
Na atual temporada (2015/16), que terminará em 31 de março, a Aralco processou 4,35 milhões de toneladas de cana, antecipando em duas safras a meta acordada com credores, que previa inicialmente 4,2 milhões de toneladas na temporada 2017/18.
A consultoria DSVC Consultoria e Gestão foi contratada pela Aralco para acelerar a retomada. Desde 2014, os custos anuais do grupo foram reduzidos em 17,5% ¬ de R$ 560 milhões para R$ 462 milhões. A principal alavanca dos cortes foi a folha de pagamento, que encolheu de R$ 106 milhões por ano para R$ 60 milhões, efeito do enxugamento do quadro de pessoal de 4,1 mil para 1,7 mil pessoas. Cada uma das quatro usinas da Aralco, apesar de ficarem muito próximas uma das outras, tinha uma gestão totalmente independente.
Conforme o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores, 60% da dívida da empresa será convertida em participação acionária. O prazo dessa conversão é de 15 anos. Se antes disso as usinas do grupo forem vendidas, os credores podem usar os recursos para recuperar seus créditos.
Maior emissor de bonds dos segmento, o Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) deu sinais esta semana de que as perspectivas de solução para seu endividamento estão além do longo prazo. A empresa entregou na terça-feira uma proposta de pagamento aos bondholders que prevê a substituição dos atuais títulos por novos bonds com vencimento de dez a 15 anos mais longos que os atuais.
A empresa fez três emissões, que somam US$ 735 milhões, com vencimentos entre 2018 e 2022. E agora, com horizonte mais positivo para açúcar e etanol, tenta impulsionar sua moagem de cana. Neste ciclo 2015/16, a empresa processou 7,4 milhões de toneladas e se prepara para elevar esse volume para 9 milhões em 2016/17. No seu auge, o grupo chegou a moer 11 milhões de toneladas de cana.