Tereos Guarani encerra safra atual moendo 19.8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

25/01/2017 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital, Revista Canavieiros, edição 126
A Tereos Guarani encerrou a safra 2016/17 em todas as suas sete unidades industriais de cana e, para marcar o final da temporada, realizou no dia 8 de dezembro, em Bebedouro-SP, uma reunião, ocasião na qual participaram cerca de 800, dos quase 1300 fornecedores de cana do grupo, além de autoridades, como o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim; do presidente da Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo), Paulo Skaf; do prefeito de Bebedouro-SP, Fernando Galvão; do presidente do CNPC (Conselho Nacional de Pecuária de Corte), Tirso Meirelles; do deputado federal Arlindo Chinaglia e o deputado estadual Itamar Borges, entre outros, que foram recepcionados por Jacyr Costa,  diretor região Brasil da Tereos e Pierre Santoul, presidente da Guarani. De acordo com balanço apresentado, a companhia moeu durante este ciclo 19.8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 8.5 milhões de cana própria e 11.300 de fornecedores.
A produção de açúcar totalizou 1.6 toneladas. Já a produção acumulada de etanol ficou em 640 mil m³ e a energia cogerada deverá atingir 1030 GWh. A previsão de moagem da empresa no início da safra era de 20.400 milhões de toneladas, 1,5% a mais do que foi realizado. Mesmo assim, o resultado foi considerado bom pelo presidente da Guarani, Pierre Santoul. “Encerramos a safra 2016/2017 com resultados positivos com um volume de cana processada superior ao do ano passado. Investimos forte em uma entressafra consistente, assim como na renovação dos canaviais e implantação de novas tecnologias para garantir o aumento de produtividade e estamos colhendo os resultados”, afirmou. 
Opinião compartilhada com Jaime Stupiello, diretor agrícola da empresa. “Perante ao clima que não foi favorável, com ocorrência de geada, com seca forte em abril, e outra seca em setembro, além de um plantel de variedades que não têm boa performance, acredito que ficou dentro da expectativa”, disse, contando que enfrentaram problemas com ferrugem e Colletotrichum falcatum (podridão-vermelha) em duas variedades usadas pela empresa.
Segundo o executivo, a reforma do canavial na cana própria chegará a 20% no próximo ano, enquanto nos canaviais dos fornecedores deve ficar na ordem de 13% a 14%. “Mas estamos incentivando a todos a reformarem mais e aproveitarem os preços bons dos próximos anos”, afirmou, explicando que estão utilizando MPB (mudas pré-brotadas) para introduzir novas variedades em seus canaviais. “Para a próxima safra, a estimativa é que a moagem chegue a 20 milhões de toneladas e trabalhamos com três cenários, o atual, que é o que acreditamos que irá se realizar; um cenário otimista e um pessimista, mas acreditamos que vamos moer um pouco mais do que neste ciclo”, afirmou, dizendo que o ATR (Açúcar Total Recuperável) foi melhor do que a média do estado paulista, chegando a 135 kg por tonelada. Stupiello disse ainda que algumas das sete unidades do grupo devem iniciar a safra 17/18 no início de abril, outras no final daquele mês.
 
Mais investimento
A companhia renovará cerca de 30% dos equipamentos e o mix de produtos, investindo também em estabilidade industrial, esperando, assim, alcançar a meta de processar os 20 milhões de toneladas de cana na safra 2017/2018. 
Uma das mudanças já registradas ocorreu na parte de logística, com a implantação do conceito de Supply Chain, que é uma expressão inglesa que significa “cadeia de suprimentos” ou “cadeia logística”, na tradução para o português.
Consiste num conceito que abrange todo o processo logístico de determinado produto ou serviço, desde a sua matéria-prima (fabricação) até a sua entrega ao consumidor final. “O conceito de logística integrada gera a oportunidade de capturar sinergia, otimizar recursos, pessoas, estrutura, ter um planejamento único”, explicou Carlos Simões, diretor de Suprimentos e Logística da Guarani, contando que todo o açúcar a granel exportado pela Guarani chega a Santos pela ferrovia Rumo SA.
Futuro mais promissor para o setor
Para Jacyr Costa, o cenário é de recuperação para a agroindústria canavieira. “O setor sucroenergético vive um momento bastante positivo diante do mercado favorável de açúcar e com perspectivas propícias ao etanol face aos compromissos assumidos pelo Brasil na COP 21 em Paris ratificados junto à ONU e devido à recente alta do petróleo”, enfatizou, lembrando que, embora ainda existam muitas questões a serem resolvidas, o futuro já desenha mais auspicioso. “Hoje, a Guarani aposta no açúcar, que está mais rentável, mas sabemos que toda commodity é cíclica, portanto, essa oportunidade do mercado de etanol é importante, pois o biocombustível será a nossa alavanca de crescimento”, observou o executivo, comentando que os preços do açúcar devem continuar bom na próxima safra, fato imprevisível para o ciclo 18 e 19 com a nova política para o açúcar na Europa e possíveis recuperações em outros países produtores.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, é preciso estabilizar o setor, pois o mercado não suporta as oscilações que ocorreram nos combustíveis nos últimos anos. “Há cinco anos, tínhamos a participação de 52% do etanol consumido pelos veículos leves, e no auge da crise econômica consumo caiu para 34%. Não há previsibilidade que comporte isso”, afirmou, pontuando que mudanças políticas também contribuíram para um cenário mais promissor, como mudanças nas alíquotas de impostos. Pontuou ainda a importância de a atuação dos institutos de pesquisa no desenvolvimento de novas cultivares buscando, assim, aumentar a produtividade na lavoura.
“Fortalecemos nosso Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), e colhemos resultados significativos com o aumento da participação do sistema de MPB (Mudas Pré-Brotadas), que é revolucionário, pois muda o perfil do corte da cana, aumentando em vinte vezes a produtividade”, disse. O presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, reforçou na oportunidade, a relevância do setor canavieiro.
“A FIESP apoia o agronegócio e sabe da importância do setor, especialmente, no caso aqui, da cana-de-açúcar. Estes guerreiros e guerreiras, ao lado de outros que não estão aqui, são responsáveis por São Paulo produzir mais de 50% da produção de cana do Brasil e essa produção representa mais do que 50% do PIB agrícola do nosso Estado”, disse lembrando que a instituição tem um conselho da área de agronegócio, o Cosag (Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, presidido por Jacyr Costa, além de um departamento específico ligado ao setor, o Deafgro (Departamento do Agronegócio da Fiesp).
Sobre a economia nacional, o presidente da FIESP foi enfático ao dizer que é necessário baixar os juros e aumentar o crédito para reativar o consumo e engatar investimentos, gerando assim empregos e riqueza para o país. “O Governo está certo em votar as reformas, com teto de gastos, reforma da previdência, trabalhista, política, tributária, tudo isso está muito correto e são coisas necessárias, mas é necessário que os juros baixem e o crédito reapareça para a economia voltar a girar”, argumentou, afirmando que o maior problema do Brasil hoje é o desemprego. “Nada pior do que 13 milhões de desempregados. É necessário que se resolva rapidamente essa questão e isso só se resolve com crescimento econômico”, concluiu.
Associados da Canaoeste são fornecedores da Guarani
Dos 2100 associados da Canaoeste, 350 fornecem matéria-prima para as sete unidades da Tereos Guarani, como é o caso do administrador de empresas, Aluísio Camacho Lopez, da Fazenda Santa Rosa, de Severínia-SP, que participou da confraternização ao lado dos pais, Dulce J.N. Lopez e Neila C. Lopez. “Achei interessante a reunião, pois nos aproximamos mais do pessoal da usina, dos outros fornecedores, além disso, ficamos mais informados sobre como está o mercado e as perspectivas da companhia para 2017”, disse. A família fornece cerca de 30 mil toneladas de cana para a Guarani desde 2007, mesmo ano em que se tornaram associados da Canaoeste.
“O Grupo Guarani é bem representativo para a Canaoeste, acho importante participar do evento, é um momento para estreitar relacionamentos e obter informações para transmitir depois para os nossos associados”, afirmou Almir Torcato, gestor corporativo da entidade, que estava acompanhado pela gestora técnica Alessandra Durigan, e pelos agrônomos Antônio L. Pagotto, André Volpe e Ivan T. Burjaili.
 
A Tereos Guarani encerrou a safra 2016/17 em todas as suas sete unidades industriais de cana e, para marcar o final da temporada, realizou no dia 8 de dezembro, em Bebedouro-SP, uma reunião, ocasião na qual participaram cerca de 800, dos quase 1300 fornecedores de cana do grupo, além de autoridades, como o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim; do presidente da Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo), Paulo Skaf; do prefeito de Bebedouro-SP, Fernando Galvão; do presidente do CNPC (Conselho Nacional de Pecuária de Corte), Tirso Meirelles; do deputado federal Arlindo Chinaglia e o deputado estadual Itamar Borges, entre outros, que foram recepcionados por Jacyr Costa,  diretor região Brasil da Tereos e Pierre Santoul, presidente da Guarani. De acordo com balanço apresentado, a companhia moeu durante este ciclo 19.8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 8.5 milhões de cana própria e 11.300 de fornecedores.
A produção de açúcar totalizou 1.6 toneladas. Já a produção acumulada de etanol ficou em 640 mil m³ e a energia cogerada deverá atingir 1030 GWh. A previsão de moagem da empresa no início da safra era de 20.400 milhões de toneladas, 1,5% a mais do que foi realizado. Mesmo assim, o resultado foi considerado bom pelo presidente da Guarani, Pierre Santoul. “Encerramos a safra 2016/2017 com resultados positivos com um volume de cana processada superior ao do ano passado. Investimos forte em uma entressafra consistente, assim como na renovação dos canaviais e implantação de novas tecnologias para garantir o aumento de produtividade e estamos colhendo os resultados”, afirmou. 
Opinião compartilhada com Jaime Stupiello, diretor agrícola da empresa. “Perante ao clima que não foi favorável, com ocorrência de geada, com seca forte em abril, e outra seca em setembro, além de um plantel de variedades que não têm boa performance, acredito que ficou dentro da expectativa”, disse, contando que enfrentaram problemas com ferrugem e Colletotrichum falcatum (podridão-vermelha) em duas variedades usadas pela empresa.
Segundo o executivo, a reforma do canavial na cana própria chegará a 20% no próximo ano, enquanto nos canaviais dos fornecedores deve ficar na ordem de 13% a 14%. “Mas estamos incentivando a todos a reformarem mais e aproveitarem os preços bons dos próximos anos”, afirmou, explicando que estão utilizando MPB (mudas pré-brotadas) para introduzir novas variedades em seus canaviais. “Para a próxima safra, a estimativa é que a moagem chegue a 20 milhões de toneladas e trabalhamos com três cenários, o atual, que é o que acreditamos que irá se realizar; um cenário otimista e um pessimista, mas acreditamos que vamos moer um pouco mais do que neste ciclo”, afirmou, dizendo que o ATR (Açúcar Total Recuperável) foi melhor do que a média do estado paulista, chegando a 135 kg por tonelada. Stupiello disse ainda que algumas das sete unidades do grupo devem iniciar a safra 17/18 no início de abril, outras no final daquele mês.
 
Mais investimento
A companhia renovará cerca de 30% dos equipamentos e o mix de produtos, investindo também em estabilidade industrial, esperando, assim, alcançar a meta de processar os 20 milhões de toneladas de cana na safra 2017/2018. 
Uma das mudanças já registradas ocorreu na parte de logística, com a implantação do conceito de Supply Chain, que é uma expressão inglesa que significa “cadeia de suprimentos” ou “cadeia logística”, na tradução para o português.
Consiste num conceito que abrange todo o processo logístico de determinado produto ou serviço, desde a sua matéria-prima (fabricação) até a sua entrega ao consumidor final. “O conceito de logística integrada gera a oportunidade de capturar sinergia, otimizar recursos, pessoas, estrutura, ter um planejamento único”, explicou Carlos Simões, diretor de Suprimentos e Logística da Guarani, contando que todo o açúcar a granel exportado pela Guarani chega a Santos pela ferrovia Rumo SA.
Futuro mais promissor para o setor
Para Jacyr Costa, o cenário é de recuperação para a agroindústria canavieira. “O setor sucroenergético vive um momento bastante positivo diante do mercado favorável de açúcar e com perspectivas propícias ao etanol face aos compromissos assumidos pelo Brasil na COP 21 em Paris ratificados junto à ONU e devido à recente alta do petróleo”, enfatizou, lembrando que, embora ainda existam muitas questões a serem resolvidas, o futuro já desenha mais auspicioso. “Hoje, a Guarani aposta no açúcar, que está mais rentável, mas sabemos que toda commodity é cíclica, portanto, essa oportunidade do mercado de etanol é importante, pois o biocombustível será a nossa alavanca de crescimento”, observou o executivo, comentando que os preços do açúcar devem continuar bom na próxima safra, fato imprevisível para o ciclo 18 e 19 com a nova política para o açúcar na Europa e possíveis recuperações em outros países produtores.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, é preciso estabilizar o setor, pois o mercado não suporta as oscilações que ocorreram nos combustíveis nos últimos anos. “Há cinco anos, tínhamos a participação de 52% do etanol consumido pelos veículos leves, e no auge da crise econômica consumo caiu para 34%. Não há previsibilidade que comporte isso”, afirmou, pontuando que mudanças políticas também contribuíram para um cenário mais promissor, como mudanças nas alíquotas de impostos. Pontuou ainda a importância de a atuação dos institutos de pesquisa no desenvolvimento de novas cultivares buscando, assim, aumentar a produtividade na lavoura.
“Fortalecemos nosso Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), e colhemos resultados significativos com o aumento da participação do sistema de MPB (Mudas Pré-Brotadas), que é revolucionário, pois muda o perfil do corte da cana, aumentando em vinte vezes a produtividade”, disse. O presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, reforçou na oportunidade, a relevância do setor canavieiro.
“A FIESP apoia o agronegócio e sabe da importância do setor, especialmente, no caso aqui, da cana-de-açúcar. Estes guerreiros e guerreiras, ao lado de outros que não estão aqui, são responsáveis por São Paulo produzir mais de 50% da produção de cana do Brasil e essa produção representa mais do que 50% do PIB agrícola do nosso Estado”, disse lembrando que a instituição tem um conselho da área de agronegócio, o Cosag (Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, presidido por Jacyr Costa, além de um departamento específico ligado ao setor, o Deafgro (Departamento do Agronegócio da Fiesp).
Sobre a economia nacional, o presidente da FIESP foi enfático ao dizer que é necessário baixar os juros e aumentar o crédito para reativar o consumo e engatar investimentos, gerando assim empregos e riqueza para o país. “O Governo está certo em votar as reformas, com teto de gastos, reforma da previdência, trabalhista, política, tributária, tudo isso está muito correto e são coisas necessárias, mas é necessário que os juros baixem e o crédito reapareça para a economia voltar a girar”, argumentou, afirmando que o maior problema do Brasil hoje é o desemprego. “Nada pior do que 13 milhões de desempregados. É necessário que se resolva rapidamente essa questão e isso só se resolve com crescimento econômico”, concluiu.
Associados da Canaoeste são fornecedores da Guarani
Dos 2100 associados da Canaoeste, 350 fornecem matéria-prima para as sete unidades da Tereos Guarani, como é o caso do administrador de empresas, Aluísio Camacho Lopez, da Fazenda Santa Rosa, de Severínia-SP, que participou da confraternização ao lado dos pais, Dulce J.N. Lopez e Neila C. Lopez. “Achei interessante a reunião, pois nos aproximamos mais do pessoal da usina, dos outros fornecedores, além disso, ficamos mais informados sobre como está o mercado e as perspectivas da companhia para 2017”, disse. A família fornece cerca de 30 mil toneladas de cana para a Guarani desde 2007, mesmo ano em que se tornaram associados da Canaoeste.
“O Grupo Guarani é bem representativo para a Canaoeste, acho importante participar do evento, é um momento para estreitar relacionamentos e obter informações para transmitir depois para os nossos associados”, afirmou Almir Torcato, gestor corporativo da entidade, que estava acompanhado pela gestora técnica Alessandra Durigan, e pelos agrônomos Antônio L. Pagotto, André Volpe e Ivan T. Burjaili.