Tereos tem prejuízo de R$$ 32 milhões no 1º tri da safra 2014/15
11/08/2014
Cana-de-Açúcar
POR: Valor Econômico
A Tereos Internacional, grupo de origem francesa que tem operações de açúcar, etanol e amidos no Brasil, na Europa, na África e na Ásia, informou agora há pouco que teve no trimestre encerrado em 30 de junho, equivalente ao primeiro trimestre da safra 2014/15, um prejuízo líquido de R$ 32 milhões, ante o resultado líquido positivo de R$ 8 milhões obtido no mesmo trimestre do ciclo 2013/14. O prejuízo líquido atribuível aos acionistas da controladora foi de R$ 31,7 milhões, contra um lucro líquido de R$ 8,6 milhões em igual trimestre do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia caiu 17,4%, a R$ 173 milhões. Em comunicado, a empresa explicou que, ao excluir o feito contábil positivo sobre o primeiro trimestre do ciclo passado da controlada Guarani, o Ebitda permanece em linha com o ano anterior.
Conforme a empresa, o segmento de amidos e adoçantes apresentou uma “leve” melhora, mas o negócio de álcool na Europa foi impactada pelos menores preços de etanol e devido ao fato que todo o trigo processado pela unidade foi comprado a preço de mercado no trimestre. “As operações do Oceano Índico registraram estabilidade, enquanto a rentabilidade na África sofreu com o início tardio da safra e deterioração das condições de mercado”, informou a Tereos em nota.
A receita líquida da empresa recuou 5,4%, a R$ 1,805 bilhão na mesma comparação. A companhia informou ainda que em 30 de junho deste ano, sua dívida líquida (incluindo com partes relacionadas) era de R$ 4 bilhões, ante R$ 4,1 bilhões de um ano atrás e R$ 3,6 bilhões do trimestre anterior, encerrado em 31 de março de 2014. “O aumento da dívida líquida em relação ao trimestre anterior deve-se parcialmente à sazonalidade do capital de giro e ao aumento dos estoques na divisão de cana-de-açúcar, além do impacto cambial”, informou a Tereos.
A sucroalcooleira Guarani, controlada pela Tereos Internacional, registrou no primeiro trimestre da safra um Ebitda ajustado ao valor justo dos ativos biológicos (canaviais) de R$ 95 milhões, 24% abaixo do registrado em igual trimestre do ciclo anterior.
A empresa informou que houve aumento da moagem, aumento da receita com cogeração de energia, mas também retração no faturamento com açúcar, um produto importante para a companhia.
Houve um aumento de moagem de 18% para 7,1 milhões de toneladas (consolidação integral). Com produtividade agrícola e teor de açúcar mais alto, a empresa teve um aumento de 19% no volume de produto final em relação ao mesmo trimestre da safra anterior.