Todos juntos pelo setor sucroenergético

11/03/2015 Cana-de-Açúcar POR: José Osvaldo Bozzo (jbozzo@mjcconsultores.com.br) é consultor tributarista e sócio da MJC Consultores. Formado em Direito, iniciou carreira na PwC, foi sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamento Tributário na USP – MBA de Ribeirão Preto.
Reverter crises é um grande desafio na área econômica. Não importa a dimensão da comunidade que elas atinjam, seja um pequeno núcleo familiar, grandes empresas, ou setores econômicos inteiros, as dificuldades e efeitos provocados pelas instabilidades que causam são sempre dolorosos. 
Possivelmente, as grandes lições que se pode tirar das crises são: as experiências vividas, gerando conhecimentos para que novos episódios negativos não se repitam; as oportunidades criadas pelos esforços de superação; e, principalmente, a união que tende a envolver os diversos atores afetados por seus efeitos danosos. 
Após anos de dificuldades crescentes, o setor sucroenergético parece começar a se mobilizar por inteiro para reverter a terrível crise que o tem abatido.
O primeiro grande exemplo da importância da mobilização das forças envolvidas em um segmento de negócios em crise foi a realização de uma manifestação que reuniu mais de 20 mil pessoas e parou o município de Sertãozinho (SP), ao final de janeiro passado. 
O ato foi organizado pelo Movimento pela Retomada do Setor Sucroenergético, grupo suprapartidário formado por representantes do governo de Sertãozinho, representantes de trabalhadores (de vários sindicatos) e dos empregadores (como a Única – União da Indústria de Cana-de-Açúcar), OAB – Ordem dos Advogados do Brasil e outras tantas instituições.
Por mais de três horas, esse grande grupo heterogêneo marchou por ruas, avenidas e rodovias de Sertãozinho para lançar um grito de protesto às autoridades contra a situação de penúria em que se encontram os inúmeros segmentos produtivos ligados à cadeia de suprimentos da indústria produtora de açúcar e etanol. 
Afinal, o fechamento de dezenas de empresas (entre usinas e fornecedores, como metalúrgicas, companhias de transportes e logística ou prestadores de serviços), assim como a precariedade imposta àquelas que ainda não fecharam suas portas, está deixando um rastro de destruição a sua volta, com milhares de demissões, inadimplência e profunda crise que afeta desde pequenos municípios a regiões inteiras.
Do exemplo de Sertãozinho, percebemos que a união entre todos é essencial para que um setor acossado por grave crise possa se reerguer. Afinal, não há empregadores sem empregados, nem tampouco trabalhadores sem empresários.
Desde a manifestação, algumas novidades deram novas esperanças ao setor. Por exemplo, o governo federal determinou o aumento da proporção de etanol anidro adicionado à gasolina (de 25%, para 27%), o que ampliará a demanda pelo combustível derivado da cana-de-açúcar. E, no Estado de São Paulo, o governo alterou o regulamento do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços para simplificar normas tributárias do segmento, o que deve representar economia na gestão das empresas.
Que o pequeno passo representado pela manifestação de Sertãozinho seja apenas o primeiro episódio de uma longa marcha de união e de trabalho que recoloque nos trilhos do crescimento essa importante cadeia de negócios que envolve a indústria sucroenergética.
*José Osvaldo Bozzo (jbozzo@mjcconsultores.com.br) é consultor tributarista e sócio da MJC Consultores. Formado em Direito, iniciou carreira na PwC, foi sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamento Tributário na USP – MBA de Ribeirão Preto.
Reverter crises é um grande desafio na área econômica. Não importa a dimensão da comunidade que elas atinjam, seja um pequeno núcleo familiar, grandes empresas, ou setores econômicos inteiros, as dificuldades e efeitos provocados pelas instabilidades que causam são sempre dolorosos. 
Possivelmente, as grandes lições que se pode tirar das crises são: as experiências vividas, gerando conhecimentos para que novos episódios negativos não se repitam; as oportunidades criadas pelos esforços de superação; e, principalmente, a união que tende a envolver os diversos atores afetados por seus efeitos danosos. 
Após anos de dificuldades crescentes, o setor sucroenergético parece começar a se mobilizar por inteiro para reverter a terrível crise que o tem abatido.
O primeiro grande exemplo da importância da mobilização das forças envolvidas em um segmento de negócios em crise foi a realização de uma manifestação que reuniu mais de 20 mil pessoas e parou o município de Sertãozinho (SP), ao final de janeiro passado. 
O ato foi organizado pelo Movimento pela Retomada do Setor Sucroenergético, grupo suprapartidário formado por representantes do governo de Sertãozinho, representantes de trabalhadores (de vários sindicatos) e dos empregadores (como a Única – União da Indústria de Cana-de-Açúcar), OAB – Ordem dos Advogados do Brasil e outras tantas instituições.
Por mais de três horas, esse grande grupo heterogêneo marchou por ruas, avenidas e rodovias de Sertãozinho para lançar um grito de protesto às autoridades contra a situação de penúria em que se encontram os inúmeros segmentos produtivos ligados à cadeia de suprimentos da indústria produtora de açúcar e etanol. 
Afinal, o fechamento de dezenas de empresas (entre usinas e fornecedores, como metalúrgicas, companhias de transportes e logística ou prestadores de serviços), assim como a precariedade imposta àquelas que ainda não fecharam suas portas, está deixando um rastro de destruição a sua volta, com milhares de demissões, inadimplência e profunda crise que afeta desde pequenos municípios a regiões inteiras.
Do exemplo de Sertãozinho, percebemos que a união entre todos é essencial para que um setor acossado por grave crise possa se reerguer. Afinal, não há empregadores sem empregados, nem tampouco trabalhadores sem empresários.
Desde a manifestação, algumas novidades deram novas esperanças ao setor. Por exemplo, o governo federal determinou o aumento da proporção de etanol anidro adicionado à gasolina (de 25%, para 27%), o que ampliará a demanda pelo combustível derivado da cana-de-açúcar. E, no Estado de São Paulo, o governo alterou o regulamento do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços para simplificar normas tributárias do segmento, o que deve representar economia na gestão das empresas.
Que o pequeno passo representado pela manifestação de Sertãozinho seja apenas o primeiro episódio de uma longa marcha de união e de trabalho que recoloque nos trilhos do crescimento essa importante cadeia de negócios que envolve a indústria sucroenergética.