Tonon Bioenergia teve lucro no primeiro trimestre da safra 2016/17

31/10/2016 Cana-de-Açúcar POR: Valor Econômico
A Tonon Bioenergia, que controla duas usinas sucroalcooleiras em São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul e está em recuperação judicial, saiu do prejuízo e registrou lucro no primeiro trimestre da safra atual (2016/17), encerrada em 30 de junho, mas continua registrando um endividamento elevado no curto prazo, conforme balanço divulgado nesta semana. A empresa deverá ter seu plano de recuperação judicial votado pelos credores no próximo dia 7 de novembro.
A companhia registrou um lucro líquido de R$ 137,940 milhões no primeiro trimestre, enquanto no mesmo período da safra passada, houve prejuízo de R$ 24,941 milhões.
A melhora do resultado líquido ocorreu apesar da redução da receita do trimestre na comparação anual, que ficou em R$ 141,606 milhões, 26,7% a menos do que no primeiro trimestre da última temporada.
A folga veio do lado financeiro, com um resultado líquido positivo de R$ 178,557 milhões, já que a companhia se beneficiou de uma forte redução das despesas financeiras, na ordem de 69,9%, para R$ 220,676 milhões. Dessa forma, o lucro antes de impostos cresceu quase cinco vezes, para R$ 138,055 milhões.
Entre maio e junho, a Tonon renegociou parte de sua dívida com o BTG e o banco Pan. Com o primeiro, para o qual a companhia devia R$ 88,782 milhões, a Tonon entregou R$ 7,3 mil em bens arrestados e reescalonou a dívida em parcelas crescentes até 2018, mantendo R$ 1,843 milhão para ser submetida aos efeitos da recuperação judicial, que ainda será votada pelo conjunto de credores. Com o banco Pan, a Tonon também reescalonou os prazos de pagamento de uma dívida de R$ 30,492 mil até 2019.
Em 30 de junho, a dívida líquida da Tonon Bioenergia era de R$ 2,642 bilhões, uma redução de 6,7% em relação ao endividamento líquido registrado pela companhia no fim do primeiro trimestre da safra passada. O perfil da dívida, porém, continua oferecendo uma forte pressão sobre o caixa da companhia, já que 96% da dívida bruta (R$ 2,656 bilhões) tinha vencimento em até 12 meses, ante 99% no fim do primeiro trimestre da safra passada.
Além do endividamento, a companhia também registrou patrimônio líquido negativo (de R$ 1,332 bilhão). Na avaliação da Ernst & Young, que auditou o balanço da Tonon, “essa situação indica a existência de incerteza significativa que levanta dúvida relevante quanto à capacidade de continuidade operacional dos negócios da companhia e dúvida quanto à base para preparação das informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas”.
Por conta do processo de recuperação judicial, a Tonon tinha, em 30 de junho, 1,537 milhão de toneladas de açúcar VHP arrestado, que valiam R$ 1,373 milhão, além de 67 mil litros de etanol anidro e 88 mil litros de etanol hidratado que, juntos valiam R$ 252 mil.
Na mesma data, a companhia estimava uma colheita de cana em uma área de 74,9 mil hectares, com uma produtividade média de 69,29 toneladas por hectare, o que tem potencial para render uma safra de 5,188 milhões de toneladas — a capacidade instalada das usinas sob controle da Tonon soma 8,2 milhões de toneladas. O rendimento industrial foi projetado em 109,19 quilos de açúcares totais recuperáveis (ATR) por tonelada de cana.
A Tonon Bioenergia, que controla duas usinas sucroalcooleiras em São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul e está em recuperação judicial, saiu do prejuízo e registrou lucro no primeiro trimestre da safra atual (2016/17), encerrada em 30 de junho, mas continua registrando um endividamento elevado no curto prazo, conforme balanço divulgado nesta semana. A empresa deverá ter seu plano de recuperação judicial votado pelos credores no próximo dia 7 de novembro.
A companhia registrou um lucro líquido de R$ 137,940 milhões no primeiro trimestre, enquanto no mesmo período da safra passada, houve prejuízo de R$ 24,941 milhões.
A melhora do resultado líquido ocorreu apesar da redução da receita do trimestre na comparação anual, que ficou em R$ 141,606 milhões, 26,7% a menos do que no primeiro trimestre da última temporada.
A folga veio do lado financeiro, com um resultado líquido positivo de R$ 178,557 milhões, já que a companhia se beneficiou de uma forte redução das despesas financeiras, na ordem de 69,9%, para R$ 220,676 milhões. Dessa forma, o lucro antes de impostos cresceu quase cinco vezes, para R$ 138,055 milhões.
Entre maio e junho, a Tonon renegociou parte de sua dívida com o BTG e o banco Pan. Com o primeiro, para o qual a companhia devia R$ 88,782 milhões, a Tonon entregou R$ 7,3 mil em bens arrestados e reescalonou a dívida em parcelas crescentes até 2018, mantendo R$ 1,843 milhão para ser submetida aos efeitos da recuperação judicial, que ainda será votada pelo conjunto de credores. Com o banco Pan, a Tonon também reescalonou os prazos de pagamento de uma dívida de R$ 30,492 mil até 2019.
Em 30 de junho, a dívida líquida da Tonon Bioenergia era de R$ 2,642 bilhões, uma redução de 6,7% em relação ao endividamento líquido registrado pela companhia no fim do primeiro trimestre da safra passada. O perfil da dívida, porém, continua oferecendo uma forte pressão sobre o caixa da companhia, já que 96% da dívida bruta (R$ 2,656 bilhões) tinha vencimento em até 12 meses, ante 99% no fim do primeiro trimestre da safra passada.
Além do endividamento, a companhia também registrou patrimônio líquido negativo (de R$ 1,332 bilhão). Na avaliação da Ernst & Young, que auditou o balanço da Tonon, “essa situação indica a existência de incerteza significativa que levanta dúvida relevante quanto à capacidade de continuidade operacional dos negócios da companhia e dúvida quanto à base para preparação das informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas”.
Por conta do processo de recuperação judicial, a Tonon tinha, em 30 de junho, 1,537 milhão de toneladas de açúcar VHP arrestado, que valiam R$ 1,373 milhão, além de 67 mil litros de etanol anidro e 88 mil litros de etanol hidratado que, juntos valiam R$ 252 mil.
Na mesma data, a companhia estimava uma colheita de cana em uma área de 74,9 mil hectares, com uma produtividade média de 69,29 toneladas por hectare, o que tem potencial para render uma safra de 5,188 milhões de toneladas — a capacidade instalada das usinas sob controle da Tonon soma 8,2 milhões de toneladas. O rendimento industrial foi projetado em 109,19 quilos de açúcares totais recuperáveis (ATR) por tonelada de cana.