A elevada disponibilidade de cana e os preços remuneradores do açúcar e do etanol devem levar as usinas do Centro-Sul a um novo recorde de moagem de cana-de-açúcar na safra 2016/17. Na visão da maior trading do setor, a Copersucar, o potencial é que a próxima temporada alcance um processamento de 625 milhões de toneladas, 20 milhões de toneladas acima do volume que deve ser processado na atual safra (a 2015/16), que também deve ser recorde, se atingir as 605 milhões de toneladas previstas.
Vai sobrar no campo deste para o próximo ciclo entre 25 milhões e 30 milhões de toneladas de cana (bisada). Esse volume tende a começar a ser processado o mais cedo possível, dada a atratividade das cotações.
Obviamente, tudo vai depender do clima, disse ao Valor o presidente do conselho de administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti. Mas as previsões obtidas pela trading indicam que há grandes chances de esse cenário se confirmar caso o fenômeno La Niña, de fato, suceda a partir de abril, o El Niño. Isso significaria um clima mais seco no segundo trimestre do ano, quando efetivamente começa a moagem na região.
Nos cálculos da Copersucar, ainda que o cenário de 625 milhões de toneladas se confirme, isso não acarretará uma mudança da tendência para preços do açúcar. Mesmo considerando que o crescimento em cana será todo direcionado à fabricação do produto, gerando oferta adicional de 2,4 milhões de toneladas.
Para o etanol, a Copersucar estima uma produção parecida com a da atual temporada (29 bilhões de litros), mas um consumo menor, o que tende a provocar oscilações mais bruscas no preço de safra e entressafra. A demanda do chamado Ciclo Otto (basicamente formado por etanol hidratado e gasolina C) deve recuar em 2016 cerca de 3% na comparação com o ano passado.
Se o clima, porém, não for seco a partir de abril, o cenário assume um viés mais altista para os preços, na medida em que as chuvas atrapalharão a colheita e as usinas terão dificuldade de moer 625 milhões de toneladas. Nesse caso, a tendência é de restrição maior na oferta, em especial de açúcar. A maior safra já registrada no Centro-Sul foi em 2013/14, de 597 milhões de toneladas.
A elevada disponibilidade de cana e os preços remuneradores do açúcar e do etanol devem levar as usinas do Centro-Sul a um novo recorde de moagem de cana-de-açúcar na safra 2016/17. Na visão da maior trading do setor, a Copersucar, o potencial é que a próxima temporada alcance um processamento de 625 milhões de toneladas, 20 milhões de toneladas acima do volume que deve ser processado na atual safra (a 2015/16), que também deve ser recorde, se atingir as 605 milhões de toneladas previstas.
Vai sobrar no campo deste para o próximo ciclo entre 25 milhões e 30 milhões de toneladas de cana (bisada). Esse volume tende a começar a ser processado o mais cedo possível, dada a atratividade das cotações.
Obviamente, tudo vai depender do clima, disse ao Valor o presidente do conselho de administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti. Mas as previsões obtidas pela trading indicam que há grandes chances de esse cenário se confirmar caso o fenômeno La Niña, de fato, suceda a partir de abril, o El Niño. Isso significaria um clima mais seco no segundo trimestre do ano, quando efetivamente começa a moagem na região.
Nos cálculos da Copersucar, ainda que o cenário de 625 milhões de toneladas se confirme, isso não acarretará uma mudança da tendência para preços do açúcar. Mesmo considerando que o crescimento em cana será todo direcionado à fabricação do produto, gerando oferta adicional de 2,4 milhões de toneladas.
Para o etanol, a Copersucar estima uma produção parecida com a da atual temporada (29 bilhões de litros), mas um consumo menor, o que tende a provocar oscilações mais bruscas no preço de safra e entressafra. A demanda do chamado Ciclo Otto (basicamente formado por etanol hidratado e gasolina C) deve recuar em 2016 cerca de 3% na comparação com o ano passado.
Se o clima, porém, não for seco a partir de abril, o cenário assume um viés mais altista para os preços, na medida em que as chuvas atrapalharão a colheita e as usinas terão dificuldade de moer 625 milhões de toneladas. Nesse caso, a tendência é de restrição maior na oferta, em especial de açúcar. A maior safra já registrada no Centro-Sul foi em 2013/14, de 597 milhões de toneladas.