Um “ato” de reconhecimento e retribuição
09/05/2018
Agronegócio
POR: Revista Canavieiros
Por: Fernanda Clariano
Mais de 1.500 pessoas, entre elas as principais lideranças do agronegócio, gestores públicos, empresas do setor de insumos e equipamentos, representantes de cooperativas e associações de produtores e agricultores, prestigiaram no dia 19 de março, o “Ato pela agricultura: Alimento, renda e futuro”.
Realizado pela SAA (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento), no auditório do Palácio dos Bandeirantes, na Capital paulista, o evento possibilitou um balanço das ações da Pasta Estadual para o desenvolvimento do setor agropecuário paulista, bem como o anúncio de novas medidas de desburocratização e fomento da atividade no campo - uma prestação de contas do trabalho realizado nesses anos, mostrando a ação eficiente da Secretaria da Agricultura em apoio ao agronegócio, aos programas da agricultura familiar, às várias cadeias produtivas do Estado de São Paulo, ao desenvolvimento tecnológico, à ciência e à pesquisa. Iniciativas que foram muito ressaltadas durante o evento.
Na ocasião foi liberada pelo governador Geraldo Alckmin uma série de recursos - não só melhorando as condições de produção, mas também oferecendo condições técnicas para a valorização dos organismos da Secretaria que tem trabalhos importantíssimos.
O Projeto Microbacias II - Acesso ao mercado, da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), foi um dos destaques. Foram apresentados os resultados, anunciadas as reformas e assinados os convênios para a recuperação de estradas rurais.
Representando uma das 267 cooperativas atendidas pelo Projeto Microbacias II – Acesso ao Mercado, a produtora rural Solange Nobre, coordenadora da Apol(Associação de Produtores e Olericultores de Lins), destacou os bens obtidos por seu grupo, composto por 180 agricultores familiares. “Por meio do financiamento obtido, conseguimos comprar caminhão - baú refrigerado, computadores, balanças e todo o material necessário para processar hortifrutis orgânicos e convencionais, inclusive montamos uma loja”, disse.
Ainda foram assinados convênios entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e municípios paulistas no SEIAA (Sistema Estadual Integrado da Agricultura e Abastecimento) – com essa parceria, técnicos das prefeituras atendem agricultores do município utilizando a estrutura da Cati e em contrapartida as prefeituras recebem uma verba para investirem em ações que tenham a agropecuária como fonte.
Além da Cati, as coordenadorias e institutos da Secretaria apresentaram suas ações. “No âmbito da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) também tivemos avanços muito grandes na geração de tecnologias de conhecimento, nas transferências de tecnologias e nas parcerias com o setor privado. Benefícios que foram de legislação que o governador implantou a partir do marco legal de Ciência e Tecnologia que é lei federal. Para se ter uma ideia, só os estados de São Paulo e Minas Gerias regulamentaram essa lei para que as instituições de pesquisas pudessem atuar e, o reflexo disso, é que temos atualmente 16 tecnologias em processo de patentes, seja sozinhos com titularidade nossa ou em pareceria com o setor privado”, comentou o coordenador da Apta, Orlando Melo de Castro.
Outra ação de destaque foi a assinatura de um protocolo de intenções entre as secretarias de Agricultura e de Administração Penitenciária, que tem como objetivo capacitar reeducandos do sistema prisional.
Medidas que beneficiam o produtor rural também foram anunciadas, uma delas é o aumento no teto do PPAIS (Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social) e do subprograma PPAIS Leite. A partir do mês de março,os produtores que comercializam produtos para o Estado de São Paulo poderão acessar crédito de até R$ 30 mil por ano para comercialização e mais R$ 30 mil para leite, ou seja, 60 mil reais por unidade familiar por ano. Até então o teto era de R$ 22 mil por programa.
Entre tantas medidas importantes, uma particularmente que vai abrir a possibilidade de que as cooperativas operem com os recursos do FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), um pleito há muito tempo estabelecido pelas cooperativas e, com a resolução recente estabelecida, está se tornando viável e possível. Outro decreto assinado possibilita que cooperativas de crédito acessem programas do FEAP.
Para o governador Geraldo Alckmin, o Ato da Agricultura foi um momento de reconhecer, agradecer e retribuir a importância do agro para o Brasil. “A agricultura é extremamente profissionalizada, ela está na vanguarda da inovação tecnológica, da agregação de valor, não tem amadorismo. A assistência técnica, a presença dos nossos profissionais, seja na assistência agropecuária, seja na defesa animal e vegetal, na parte sanitária, seja na pesquisa - em todas as áreas ela faz a diferença. A agricultura que tirou o Brasil da crise se formos verificar, no ano passado depois de três anos de recessão, tivemos um PIB positivo de 70%, que foi impulsionado pelo agronegócio”, ressaltou o governador.
“Deixamos o legado de respeito e admiração pelo setor produtivo que mais cresce no Estado. Nosso objetivo foi mudar a vida das pessoas, e conseguimos alcançar com o trabalho integrado e com responsabilidade de todos os técnicos e departamentos da Secretaria”, ponderou o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim.