Uma vitrine de variedades
TV Canaoeste
POR: 2015-04-13 10:18:53
Com patrocínio da Syngenta e apoio da Copercana, a Canaoeste organizou um Dia de Campo para apresentar 24 cultivares de cana-de-açúcar a produtores de Igarapava e região
A divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais foi o cenário escolhido para a realização do Dia de Campo sobre variedades de cana-de-açúcar, promovido pela Canaoeste com patrocínio da Syngenta e apoio da Copercana. Às margens do Rio Grande, numa área entre três usinas sucroenergéticas, a Fazenda da Mata, em Igarapava-SP, arrendada pelos irmãos João Manoel e Francisco Eduardo Ribeiro Soares, recebeu, no dia 5 de março, cerca de 60 produtores de cana-de-açúcar, que trocaram informações sobre 24 cultivares plantados em uma área total de pouco mais de um hectare.
A fazenda faz parte de uma área tradicional na produção de cana no Estado de São Paulo. Mais de cem anos atrás, foi montado, ali perto, o terceiro engenho central do interior paulista – os outros dois foram o de Piracicaba-SP e o do Pontal-SP. De acordo com o produtor Luiz Antônio Maciel, associado da Canaoeste e um dos presentes no evento, a cana se adaptou muito bem à região. “Aqui é próximo de usina, de rio, uma faixa de terra privilegiada, muito fértil. Você tem até alguns problemas fitossanitários, mas é questão de manejo. Quando bem manejada, a cana vai”.
O manejo foi, aliás, uma das preocupações da Canaoeste no planejamento do Dia de Campo, que começou a ser pensado em 2013. Naquele ano, foi montado, na própria Fazenda da Mata, um campo de multiplicação de mudas. Segundo Gustavo Nogueira, gestor operacional da Canaoeste, o objetivo foi uniformizar idade, ambiente de produção e procedência do material.
No dia 13 de março do ano passado, os cultivares foram plantados. As variedades, IAC, RB, SP e CTC, desenvolvidas pelos principais institutos de pesquisa em cana-de-açúcar do País, foram cultivadas lado a lado, de forma que os produtores, ao percorrerem apenas um carreador – como uma grande vitrine –, tivessem contato com todas elas. “Temos aqui diversas opções, de acordo com o ambiente de produção, solo, época de safra. Uma gama para facilitar a vida do produtor e auxiliá-lo na escola para o plantio comercial dele”, afirma Nogueira.
Durante o crescimento dos cultivares, por causa da sanidade das mudas, não houve a necessidade de fazer controle aéreo de pragas. E as condições de produção foram as mesmas que já haviam sido adotadas por João Manoel e Francisco. Além de cederem a área para o experimento, eles ajudaram no plantio e forneceram insumos. Agora, poderão desfrutar dos resultados.
“Estávamos em busca de variedades para poder melhorar a nossa produtividade e a dos outros produtores. Com isso, ganhar mercado, produzindo mais e melhor. Com esta parceria, a Canaoeste se propôs a fazer um experimento para analisar quais se sairiam melhor nessa região. Abraçamos a ideia e disponibilizamos os recursos necessários. A expectativa, daqui pra frente, é propagar as melhores e passá-las aos produtores”, conta Francisco.
Os irmãos produzem cana em 950 hectares na região. A Fazenda da Mata é uma das sete propriedades sob responsabilidade deles, das quais uma é própria e seis são arrendadas. Rodeada pelas usinas Junqueira, comandada pela Raízen; Buriti, do Grupo Pedra Agroindustrial; e uma das unidades da Delta Sucroenergia, integra um total de 750 unidades produtoras na área de cobertura do Sindicato Rural de Ituverava-SP - que se estende de Igarapava a São Joaquim da Barra-SP e de Pedregulho a Miguelópolis-SP.