A sucroalcooleira Unialco, que há cerca de um ano costura uma nova reestruturação de dívida, chegou, enfim, a um acordo com seus credores. O pacto prevê o pagamento de R$ 20 milhões em juros e a destinação de 100% da venda das duas usinas para quitar o principal. Uma das unidades fica em São Paulo e outra, em Mato Grosso do Sul. Juntas têm moagem de 4 milhões de toneladas.
Os acionistas da Unialco vão se reunir na próxima sexta-feira, na sede do grupo, em Guararapes (SP), para deliberar sobre o assunto. O endividamento da empresa, na casa dos R$ 600 milhões, está todo concentrado com bancos, entre os quais Santander, ItaúBBA, Bradesco e HSBC, Natixis e HSH Nordbank.
Conforme fontes familiarizadas com o assunto, não será feito um novo alongamento dos débitos. O acordado foi o pagamento de juros em duas parcelas: uma neste ano, de R$ 5 milhões, assim que for assinado o pacto com os bancos, e a segunda, de R$ 15 milhões, em 2015.
A venda das usinas poderá ser feita a qualquer momento. Mas, devido às condições adversas do setor sucroalcooleiro, especialistas acreditam que melhores oportunidades aparecerão só a partir de 2016 - quando, espera-se, as cotações de açúcar e etanol estarão mais altas, o que tende a valorizar os ativos sucroalcooleiros. Conforme as fontes, o acordo com os bancos, assessorados pelo Tepedino Advogados, pode ser assinado na própria sexta-feira, após a aprovação pelos acionistas da Unialco, que está sendo assessorada pelo Dias Carneiro Advogados.
Todo o capital oriundo da venda das unidades será usado para pagar os bancos. Conforme fontes, dificilmente os recursos serão suficientes para quitar todo o débito. Assim, a expectativa é que os bancos tenham de dar desconto na dívida.
O Valor apurou que as terras plantadas com cana não entram no acordo, pois estão registradas no nome de pessoas físicas (dos sócios, da família Zancaner). Dessas terras, saem ao menos 40% da cana processada nas usinas do grupo.
Durante os últimos anos, o quadro societário da Unialco foi ajustado para possibilitar o acordo. A participação de minoritários foi adquirida de forma a reduzir a quatro o número de acionistas que detêm quase 100% do negócio, liderado pelo presidente do conselho, Luiz Zancaner. O empresário não foi encontrado ontem para comentar.
A crise que se arrasta no setor sucroalcooleiro também afetou outros grupos. Ontem, a Fitch rebaixou os ratings de probabilidade de inadimplência do Virgolino de Oliveira.
A sucroalcooleira Unialco, que há cerca de um ano costura uma nova reestruturação de dívida, chegou, enfim, a um acordo com seus credores. O pacto prevê o pagamento de R$ 20 milhões em juros e a destinação de 100% da venda das duas usinas para quitar o principal. Uma das unidades fica em São Paulo e outra, em Mato Grosso do Sul. Juntas têm moagem de 4 milhões de toneladas.
Os acionistas da Unialco vão se reunir na próxima sexta-feira, na sede do grupo, em Guararapes (SP), para deliberar sobre o assunto. O endividamento da empresa, na casa dos R$ 600 milhões, está todo concentrado com bancos, entre os quais Santander, ItaúBBA, Bradesco e HSBC, Natixis e HSH Nordbank.
Conforme fontes familiarizadas com o assunto, não será feito um novo alongamento dos débitos. O acordado foi o pagamento de juros em duas parcelas: uma neste ano, de R$ 5 milhões, assim que for assinado o pacto com os bancos, e a segunda, de R$ 15 milhões, em 2015.
A venda das usinas poderá ser feita a qualquer momento. Mas, devido às condições adversas do setor sucroalcooleiro, especialistas acreditam que melhores oportunidades aparecerão só a partir de 2016 - quando, espera-se, as cotações de açúcar e etanol estarão mais altas, o que tende a valorizar os ativos sucroalcooleiros. Conforme as fontes, o acordo com os bancos, assessorados pelo Tepedino Advogados, pode ser assinado na própria sexta-feira, após a aprovação pelos acionistas da Unialco, que está sendo assessorada pelo Dias Carneiro Advogados.
Todo o capital oriundo da venda das unidades será usado para pagar os bancos. Conforme fontes, dificilmente os recursos serão suficientes para quitar todo o débito. Assim, a expectativa é que os bancos tenham de dar desconto na dívida.
O Valor apurou que as terras plantadas com cana não entram no acordo, pois estão registradas no nome de pessoas físicas (dos sócios, da família Zancaner). Dessas terras, saem ao menos 40% da cana processada nas usinas do grupo.
Durante os últimos anos, o quadro societário da Unialco foi ajustado para possibilitar o acordo. A participação de minoritários foi adquirida de forma a reduzir a quatro o número de acionistas que detêm quase 100% do negócio, liderado pelo presidente do conselho, Luiz Zancaner. O empresário não foi encontrado ontem para comentar.
A crise que se arrasta no setor sucroalcooleiro também afetou outros grupos. Ontem, a Fitch rebaixou os ratings de probabilidade de inadimplência do Virgolino de Oliveira.