A declaração desta quarta-feira, 23, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que ´esse não é o momento´ para elevar a proporção de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5%, desagradou ao setor sucroalcooleiro. ´Foi uma grande decepção ouvir isso do ministro neste momento´, afirmou a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, durante reunião da Câmara Setorial do Açúcar e Álcool, no Ministério da Agricultura.
´Estava ou ainda está em curso uma negociação. Existe um grupo formado no ministério (do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) para discutir os efeitos do aumento da mistura´, relatou. Elizabeth afirmou que a Fazenda e a Agricultura participam do grupo. ´Essa discussão teria de ser levada ao Legislativo, porque há a necessidade de mudar a legislação, que prevê uma mistura máxima de 25%, para poder fazer a de 27,5%´, disse a presidente da Única.
Segundo ela, o aumento ou não da mistura neste momento não deveria ´impedir o debate do texto legal´ para permitir que isso seja feito futuramente. ´Se é o momento ou não para implementar (a nova mistura) é uma outra questão´, afirmou.
A presidente da Unica disse que dez usinas podem fechar neste ano em função de dificuldades financeiras. Desde 2009, 44 usinas fecharam as portas, segundo ela. ´Ninguém pode dizer que desconhece a crise que passa o setor´, declarou.
Ao dizer que o governo não está ´aberto à negociação´, o presidente da Comissão Nacional da Cana de Açúcar, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ênio Fernandes, considerou ser o momento de o setor ´negociar mais inteligentemente´ com o Executivo para reverter a decisão da Fazenda. ´Os produtores (de etanol) estão fazendo muito para ajudar a economia e nós precisamos de um retorno do governo´, cobrou.
A Federação Nacional dos Plantadores de Cana se reuniu nesta quinta-feira com o ministro da Agricultura, Neri Geller, para cobrar alternativas ao não aumento da mistura. A entidade pediu a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), imposto zerado pelo governo há dois anos para evitar aumento no preço da gasolina.
A Federação pediu também a redução da alíquota de contribuição do Funrural de 2% para 1% sobre a receita bruta da comercialização da produção agrícola - o recurso arrecadado vai para o INSS. A entidade defendeu o plantio de canatransgênica para reduzir custos das usinas.
A declaração desta quarta-feira, 23, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que ´esse não é o momento´ para elevar a proporção de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5%, desagradou ao setor sucroalcooleiro. ´Foi uma grande decepção ouvir isso do ministro neste momento´, afirmou a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, durante reunião da Câmara Setorial do Açúcar e Álcool, no Ministério da Agricultura.
´Estava ou ainda está em curso uma negociação. Existe um grupo formado no ministério (do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) para discutir os efeitos do aumento da mistura´, relatou. Elizabeth afirmou que a Fazenda e a Agricultura participam do grupo. ´Essa discussão teria de ser levada ao Legislativo, porque há a necessidade de mudar a legislação, que prevê uma mistura máxima de 25%, para poder fazer a de 27,5%´, disse a presidente da Única.
Segundo ela, o aumento ou não da mistura neste momento não deveria ´impedir o debate do texto legal´ para permitir que isso seja feito futuramente. ´Se é o momento ou não para implementar (a nova mistura) é uma outra questão´, afirmou.
A presidente da Unica disse que dez usinas podem fechar neste ano em função de dificuldades financeiras. Desde 2009, 44 usinas fecharam as portas, segundo ela. ´Ninguém pode dizer que desconhece a crise que passa o setor´, declarou.
Ao dizer que o governo não está ´aberto à negociação´, o presidente da Comissão Nacional da Cana de Açúcar, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ênio Fernandes, considerou ser o momento de o setor ´negociar mais inteligentemente´ com o Executivo para reverter a decisão da Fazenda. ´Os produtores (de etanol) estão fazendo muito para ajudar a economia e nós precisamos de um retorno do governo´, cobrou.
A Federação Nacional dos Plantadores de Cana se reuniu nesta quinta-feira com o ministro da Agricultura, Neri Geller, para cobrar alternativas ao não aumento da mistura. A entidade pediu a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), imposto zerado pelo governo há dois anos para evitar aumento no preço da gasolina.
A Federação pediu também a redução da alíquota de contribuição do Funrural de 2% para 1% sobre a receita bruta da comercialização da produção agrícola - o recurso arrecadado vai para o INSS. A entidade defendeu o plantio de canatransgênica para reduzir custos das usinas.