Segundo Elizabeth Farina, que assumiu a presidência da União da Indústria de Cana de Açúcar (Única) no fim de 2012, nas últimas reuniões em Brasília, houve um claro entendimento da necessidade de se criar uma política de preços para os combustíveis.
"As medidas anunciadas agora são importantes para a safra deste ano, mas não são suficientes para a retomada de investimentos de peso no setor." Na avaliação da executiva, novos negócios dependerão de um conjunto de regras que dê mais segurança e uma visão de longo prazo para o investidor. Depois da forte expansão em meados da década passada, com a chegada de novos grupos no País, o setor entrou numa crise sem precedentes. Muitas usinas quebraram, outras foram vendidas e os investimentos minguaram.
Resultado: o País, que sempre foi reconhecido pela excelência na produção de etanol, teve de importar combustível dos Estados Unidos e frear o consumo interno. O objetivo de uma política de longo prazo é restabelecer o prestígio do etanol no Brasil e no mundo. As novas regras terão de encontrar uma solução para a questão da paridade entre o preço do etanol e da gasolina - nos últimos anos, o governo usou o preço da gasolina para controlar a inflação.
Para Elizabeth, outro ponto importante é definir qual será o papel do etanol na matriz energética brasileira nos próximos anos. A medida é essencial para devolver o ânimo dos investidores no setor. Segundo a executiva, as discussões para um marco regulatório começam hoje com as discussões em torno da desoneração do PIS/Confins, já aprovada pelo governo. "Nós já levamos propostas e existem linhas gerais de concordância entre ambos os lados."
As discussões sobre a política setorial chegam num momento em que o consumo dos biocombustíveis se populariza no mundo. Ontem, por exemplo,a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos propôs ontem elevar a exigência de uso de combustíveis avançados, que incluem o etanol produzido a partir de Cana-de-açúcar. De acordo com a proposta, a exigência para combustíveis avançados subiria para 2,75 bilhões de galões (1041 bilhões de litros) em 2013, de 2 bilhões de galões (7,57 bilhões de litros) no ano passado. Uma ótima oportunidade para o Brasil, se o setor conseguir dar a volta por cima e se recuperar.
Renée Pereira
Segundo Elizabeth Farina, que assumiu a presidência da União da Indústria de Cana de Açúcar (Única) no fim de 2012, nas últimas reuniões em Brasília, houve um claro entendimento da necessidade de se criar uma política de preços para os combustíveis.
"As medidas anunciadas agora são importantes para a safra deste ano, mas não são suficientes para a retomada de investimentos de peso no setor." Na avaliação da executiva, novos negócios dependerão de um conjunto de regras que dê mais segurança e uma visão de longo prazo para o investidor. Depois da forte expansão em meados da década passada, com a chegada de novos grupos no País, o setor entrou numa crise sem precedentes. Muitas usinas quebraram, outras foram vendidas e os investimentos minguaram.
Resultado: o País, que sempre foi reconhecido pela excelência na produção de etanol, teve de importar combustível dos Estados Unidos e frear o consumo interno. O objetivo de uma política de longo prazo é restabelecer o prestígio do etanol no Brasil e no mundo. As novas regras terão de encontrar uma solução para a questão da paridade entre o preço do etanol e da gasolina - nos últimos anos, o governo usou o preço da gasolina para controlar a inflação.
Para Elizabeth, outro ponto importante é definir qual será o papel do etanol na matriz energética brasileira nos próximos anos. A medida é essencial para devolver o ânimo dos investidores no setor. Segundo a executiva, as discussões para um marco regulatório começam hoje com as discussões em torno da desoneração do PIS/Confins, já aprovada pelo governo. "Nós já levamos propostas e existem linhas gerais de concordância entre ambos os lados."
As discussões sobre a política setorial chegam num momento em que o consumo dos biocombustíveis se populariza no mundo. Ontem, por exemplo,a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos propôs ontem elevar a exigência de uso de combustíveis avançados, que incluem o etanol produzido a partir de Cana-de-açúcar. De acordo com a proposta, a exigência para combustíveis avançados subiria para 2,75 bilhões de galões (1041 bilhões de litros) em 2013, de 2 bilhões de galões (7,57 bilhões de litros) no ano passado. Uma ótima oportunidade para o Brasil, se o setor conseguir dar a volta por cima e se recuperar.