A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) avalia que os "elevados juros" e a redução dos recursos disponibilizados pelo Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova) "prejudicarão fortemente" o processo de reestruturação das lavouras no Centro-Sul do País.
Em nota, o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, afirma que a linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é importante, mas as condições impostas para acesso não consideram a atual realidade econômica do setor, em dificuldades há alguns anos. "Os custos financeiros dessa linha não são atrativos, tanto para grandes quanto para pequenos produtores.
Seriam necessários juros menores, pois nestes moldes financeiros certamente o Prorenova não trará o efeito pretendido sobre a renovação e a expansão dos canaviais", diz ele.
Anunciado junto com o Plano Safra 2015/16, em junho, e confirmado na sexta-feira, 25, o Prorenova 2015 disponibilizará R$ 1,5 bilhão, metade do que foi alocado na safra anterior, com limite financiável de R$ 7 mil por hectare.
As condições para se obter um empréstimo no Prorenova estabelecem um limite de financiamento de até R$ 150 milhões por grupo econômico.
Em contratos de até R$ 20 milhões, a taxa de juros será composta por TJLP mais 1,5% ao ano, acrescida de intermediação de 0,1% para pequenas e médias ou de 0,5% para grandes empresas, com remuneração do agente negociador de até 1,7%. Caso o valor contratado seja maior, os juros serão corrigidos por Selic mais 1,2% para o BNDES. Neste caso, não há alterações na intermediação, e a remuneração do repassador é livre.
Na safra passada, a área plantada na região Centro-Sul do País representou apenas cerca de 14% do total cultivado, porcentual muito abaixo da média histórica de 20%. Esse recuo da taxa de renovação resulta no envelhecimento da lavoura, além de afetar a produtividade agrícola, avalia a entidade.
De acordo com a Unica, o Prorenova não foi a única linha lançada pelo BNDES que "decepcionou" o setor sucroenergético em 2015. No final de agosto, as condições fixadas para se obter recursos no Programa de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro do BNDES (PASS), destinado ao financiamento para a estocagem de etanol, também causaram preocupação entre os empresários do segmento justamente por causa dos juros elevados.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) avalia que os "elevados juros" e a redução dos recursos disponibilizados pelo Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova) "prejudicarão fortemente" o processo de reestruturação das lavouras no Centro-Sul do País.
Em nota, o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, afirma que a linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é importante, mas as condições impostas para acesso não consideram a atual realidade econômica do setor, em dificuldades há alguns anos. "Os custos financeiros dessa linha não são atrativos, tanto para grandes quanto para pequenos produtores.
Seriam necessários juros menores, pois nestes moldes financeiros certamente o Prorenova não trará o efeito pretendido sobre a renovação e a expansão dos canaviais", diz ele.
Anunciado junto com o Plano Safra 2015/16, em junho, e confirmado na sexta-feira, 25, o Prorenova 2015 disponibilizará R$ 1,5 bilhão, metade do que foi alocado na safra anterior, com limite financiável de R$ 7 mil por hectare.
As condições para se obter um empréstimo no Prorenova estabelecem um limite de financiamento de até R$ 150 milhões por grupo econômico.
Em contratos de até R$ 20 milhões, a taxa de juros será composta por TJLP mais 1,5% ao ano, acrescida de intermediação de 0,1% para pequenas e médias ou de 0,5% para grandes empresas, com remuneração do agente negociador de até 1,7%. Caso o valor contratado seja maior, os juros serão corrigidos por Selic mais 1,2% para o BNDES. Neste caso, não há alterações na intermediação, e a remuneração do repassador é livre.
Na safra passada, a área plantada na região Centro-Sul do País representou apenas cerca de 14% do total cultivado, porcentual muito abaixo da média histórica de 20%. Esse recuo da taxa de renovação resulta no envelhecimento da lavoura, além de afetar a produtividade agrícola, avalia a entidade.
De acordo com a Unica, o Prorenova não foi a única linha lançada pelo BNDES que "decepcionou" o setor sucroenergético em 2015. No final de agosto, as condições fixadas para se obter recursos no Programa de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro do BNDES (PASS), destinado ao financiamento para a estocagem de etanol, também causaram preocupação entre os empresários do segmento justamente por causa dos juros elevados.