Divulgado ontem, o primeiro levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a oferta e a demanda de grãos no país e no mundo na safra 2015/16 poderá amplificar ainda mais a pressão sobre as cotações de milho, trigo e soja no mercado internacional. Para trigo e soja, os novos números do órgão americano
indicam uma relação doméstica e global entre estoques e demanda ainda mais confortável que a observada no ciclo 2014/15, já "baixista" para os preços. No milho a equação inicial para a nova temporada em fase de plantio no Hemisfério Norte resulta em um quadro menos confortável, mas pouco.
Na safra 2013/14, quando os fundamentos ainda ajudaram a manter os preços do trigo em elevado patamar em Chicago, os estoques finais globais calculados pelo USDA representaram 27% da demanda mundial e nos Estados Unidos, que têm maior peso na formação de preços na bolsa americana, o percentual ficou em 47,1%. Em 2014/15,
os percentuais subiram para 28,1% e 59,3%, respectivamente, e a influência do quadro de oferta e demanda sobre as cotações mudou de lado. Para 2015/16, as projeções iniciais sinalizam novos incrementos para 28,4% e 65%.
Diante dessa tendência, que deverá dar o tom apesar da expectativa de queda de 1% da produção global, para 718,9 milhões de toneladas, o USDA considera que os preços médios recebidos pelos produtores americanos poderão variar de US$ 4,50 a US$ 5,50 por bushel ao longo do ciclo 2015/16, menos que a média de 2014/15 (US$ 6). Ontem, em Chicago, os contratos futuros de segunda posição de entrega fecharam a US$ 4,8050, em baixa de 0,50 centavo.
No tabuleiro da soja, as diferenças entre a evolução das relações de oferta e demanda são maiores e, com isso, o pessimismo em relação ao comportamento das cotações é maior. Em 2013/14, os estoques finais globais foram equivalentes, segundo o USDA, a 23,1% da demanda total, enquanto nos EUA o resultado dessa conta foi 5%.
Em 2014/15, os percentuais subiram para 29,3% e 18%, respectivamente, e em 2015/16 poderão atingir 31,6% e 25,6%. Dessa forma, o órgão estimou que os produtores americanos receberão, em média, de US$ 8,25 a US$ 9,75 por bushel no ciclo, ante US$ 10,05 em 2014/15. Ontem os papéis de segunda posição fecharam a US$ 9,5550 por bushel em Chicago, em queda de 18,50 centavos de dólar.
A soja é o carrochefe do agronegócio no Brasil, e as primeiras previsões do USDA para 2015/16 indicam que o país retomará a liderança nas exportações globais do grão, ainda que tenda a permanecer na segunda posição entre os maiores produtores, ainda atrás dos EUA. O órgão estimou a colheita brasileira no novo ciclo que começará a ser
semeado no país em meados de setembro em 97 milhões de toneladas, ante 104,8 milhões nos EUA, e os embarques nacionais em 49,8 milhões, acima das 48,3 milhões projetadas para os americanos. E para a China, que lidera as importações da oleaginosa, o USDA estimou elevação de 4 milhões de toneladas nas compras no exterior, para 77,5 milhões.
No quadro do milho, finalmente, a relação entre os estoques finais e a demanda no plano global deverá recuar para 19,4% em 2015/16, ante 19,7% em 2014/15 e 18,2% em 2013/14. Nos EUA, as estimativas divulgadas apontam para 14,7% na nova safra, ante 15,7% na anterior e 10,7% em 2013/14. Quanto aos preços a serem pagos aos
produtores americanos na temporada que se inicia, o USDA estima um intervalo entre US$ 3,20 e US$ 3,80 por bushel em 2015/16. O ponto central da média entre esses extremos (US$ 3,50) é 15 centavos inferior à média observada em 2014/15. Ontem, na bolsa de Chicago, os futuros de segunda posição de entrega subiram 0,50 centavo e fecharam a US$ 3,61.
O milho é o grão mais semeado do planeta. Sua colheita global, de acordo com o USDA, deverá recuar para 989,8 milhões de toneladas, depois de alcançar o recorde de 996,1 milhões de toneladas em 2014/15. Os EUA também lideram a produção, com volume previsto pelo USDA de 346,2 milhões em 2015/16, quase 15 milhões a menos que em 2014/15. Conforme os cálculos do órgão americano que tem status de ministério , o Brasil permanecerá como o terceiro maior produtor de milho do mundo, com 75 milhões de toneladas na próxima temporada. Os Estados Unidos também lideram esse ranking, com 346,2 milhões de toneladas estimadas para o ciclo 2015/16, seguidos pela China, com 228 milhões de toneladas.
Divulgado ontem, o primeiro levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a oferta e a demanda de grãos no país e no mundo na safra 2015/16 poderá amplificar ainda mais a pressão sobre as cotações de milho, trigo e soja no mercado internacional. Para trigo e soja, os novos números do órgão americano indicam uma relação doméstica e global entre estoques e demanda ainda mais confortável que a observada no ciclo 2014/15, já "baixista" para os preços. No milho a equação inicial para a nova temporada em fase de plantio no Hemisfério Norte resulta em um quadro menos confortável, mas pouco.
Na safra 2013/14, quando os fundamentos ainda ajudaram a manter os preços do trigo em elevado patamar em Chicago, os estoques finais globais calculados pelo USDA representaram 27% da demanda mundial e nos Estados Unidos, que têm maior peso na formação de preços na bolsa americana, o percentual ficou em 47,1%. Em 2014/15, os percentuais subiram para 28,1% e 59,3%, respectivamente, e a influência do quadro de oferta e demanda sobre as cotações mudou de lado. Para 2015/16, as projeções iniciais sinalizam novos incrementos para 28,4% e 65%.
Diante dessa tendência, que deverá dar o tom apesar da expectativa de queda de 1% da produção global, para 718,9 milhões de toneladas, o USDA considera que os preços médios recebidos pelos produtores americanos poderão variar de US$ 4,50 a US$ 5,50 por bushel ao longo do ciclo 2015/16, menos que a média de 2014/15 (US$ 6). Ontem, em Chicago, os contratos futuros de segunda posição de entrega fecharam a US$ 4,8050, em baixa de 0,50 centavo.
No tabuleiro da soja, as diferenças entre a evolução das relações de oferta e demanda são maiores e, com isso, o pessimismo em relação ao comportamento das cotações é maior. Em 2013/14, os estoques finais globais foram equivalentes, segundo o USDA, a 23,1% da demanda total, enquanto nos EUA o resultado dessa conta foi 5%.
Em 2014/15, os percentuais subiram para 29,3% e 18%, respectivamente, e em 2015/16 poderão atingir 31,6% e 25,6%. Dessa forma, o órgão estimou que os produtores americanos receberão, em média, de US$ 8,25 a US$ 9,75 por bushel no ciclo, ante US$ 10,05 em 2014/15. Ontem os papéis de segunda posição fecharam a US$ 9,5550 por bushel em Chicago, em queda de 18,50 centavos de dólar.
A soja é o carrochefe do agronegócio no Brasil, e as primeiras previsões do USDA para 2015/16 indicam que o país retomará a liderança nas exportações globais do grão, ainda que tenda a permanecer na segunda posição entre os maiores produtores, ainda atrás dos EUA. O órgão estimou a colheita brasileira no novo ciclo que começará a ser semeado no país em meados de setembro em 97 milhões de toneladas, ante 104,8 milhões nos EUA, e os embarques nacionais em 49,8 milhões, acima das 48,3 milhões projetadas para os americanos. E para a China, que lidera as importações da oleaginosa, o USDA estimou elevação de 4 milhões de toneladas nas compras no exterior, para 77,5 milhões.
No quadro do milho, finalmente, a relação entre os estoques finais e a demanda no plano global deverá recuar para 19,4% em 2015/16, ante 19,7% em 2014/15 e 18,2% em 2013/14. Nos EUA, as estimativas divulgadas apontam para 14,7% na nova safra, ante 15,7% na anterior e 10,7% em 2013/14. Quanto aos preços a serem pagos aos produtores americanos na temporada que se inicia, o USDA estima um intervalo entre US$ 3,20 e US$ 3,80 por bushel em 2015/16. O ponto central da média entre esses extremos (US$ 3,50) é 15 centavos inferior à média observada em 2014/15. Ontem, na bolsa de Chicago, os futuros de segunda posição de entrega subiram 0,50 centavo e fecharam a US$ 3,61.
O milho é o grão mais semeado do planeta. Sua colheita global, de acordo com o USDA, deverá recuar para 989,8 milhões de toneladas, depois de alcançar o recorde de 996,1 milhões de toneladas em 2014/15. Os EUA também lideram a produção, com volume previsto pelo USDA de 346,2 milhões em 2015/16, quase 15 milhões a menos que em 2014/15. Conforme os cálculos do órgão americano que tem status de ministério , o Brasil permanecerá como o terceiro maior produtor de milho do mundo, com 75 milhões de toneladas na próxima temporada.
Os Estados Unidos também lideram esse ranking, com 346,2 milhões de toneladas estimadas para o ciclo 2015/16, seguidos pela China, com 228 milhões de toneladas.