Após dois anos fechada e reativada depois de um acordo na Justiça que garantiu o arrendamento a uma cooperativa, a Usina Uruba, que fica localizada em Atalaia, no interior de Alagoas, retomou nesta semana o trabalho de moagem de cana-de-açúcar.
Os primeiros carregamentos das quase setecentas toneladas de cana que até março serão moídas chegaram hoje ao parque industrial da usina. A usina Uruba faz parte da massa falida formada por empresas do empresário João Lyra.
Fechada desde 2013, a maioria dos quase dois mil funcionários ficaram sem emprego e sem receber os direitos trabalhistas. No começo do ano passado, 112 fornecedores criaram a Coopervales, cooperativa que propôs na justiça, assumir o controle da usina pra continuar moendo a cana e empregando gente.
A decisão demorou pra sair, mas o juiz de direito Kleber Borba Rocha, substituto da comarca de Coruripe e responsável pelo processo da massa falida, autorizou o arrendamento da usina pela cooperativa.
De imediato, os cooperados começaram a virar a página dessa história. "Um pagamento hoje, da folha dos funcionários, vai fazer circular mais de R$ 300 mil nas mãos de 260 trabalhadores", diz Glauber Firiman Tenório.
A cooperativa teve de investir pouco mais de R$ 1 milhão para recuperar o funcionamento da usina. Investimento que não foi feito com empréstimos bancários, mas sim, a partir do dinheiro dos próprios cooperados e com o apoio do comércio de Atalaia e Maceió, que aceitaram vender produtos produtos para receber depois.
Além de pagar aos credores, a cooperativa vai repassar 4% do faturamento para a massa falida, cumprindo o acordo de arredamento. Assim, todos estão confiantes nos lucros, graças a recuperação do preço da saca de açúcar, que chega a R$ 63 no mercado externo e a até R$ 85 no mercado brasileiro. Valor que é quase o dobro do que custava no ano passado.
Contratação
Uma medida importante para fazer a usina funcionar foi trazer de volta o pessoal que conhece cada detalhe da engrenagem. Cerca de 95% dos trabalhadores contratados na indústria são ex-funcionários.
"Trabalhei 34 anos aqui e fiquei dois anos desempregado. Agora estou de volta para suar a camisa pela minha empresa", diz o mecânico Cícero Luiz da Silva que voltou a trabalhar na mesma função que exercia antes da industria fechar.
E na contramão do que nesse momento acontece com a economia brasileira, a usina, ex-falida, começa a mudar a vida de muita gente. Cerca de 1.800 pessoas estão sendo contratadas para trabalhar no parque industrial e no campo.
Fonte: Portal G1
Após dois anos fechada e reativada depois de um acordo na Justiça que garantiu o arrendamento a uma cooperativa, a Usina Uruba, que fica localizada em Atalaia, no interior de Alagoas, retomou nesta semana o trabalho de moagem de cana-de-açúcar.
Os primeiros carregamentos das quase setecentas toneladas de cana que até março serão moídas chegaram hoje ao parque industrial da usina. A usina Uruba faz parte da massa falida formada por empresas do empresário João Lyra.
Fechada desde 2013, a maioria dos quase dois mil funcionários ficaram sem emprego e sem receber os direitos trabalhistas. No começo do ano passado, 112 fornecedores criaram a Coopervales, cooperativa que propôs na justiça, assumir o controle da usina pra continuar moendo a cana e empregando gente.
A decisão demorou pra sair, mas o juiz de direito Kleber Borba Rocha, substituto da comarca de Coruripe e responsável pelo processo da massa falida, autorizou o arrendamento da usina pela cooperativa.
De imediato, os cooperados começaram a virar a página dessa história. "Um pagamento hoje, da folha dos funcionários, vai fazer circular mais de R$ 300 mil nas mãos de 260 trabalhadores", diz Glauber Firiman Tenório.
A cooperativa teve de investir pouco mais de R$ 1 milhão para recuperar o funcionamento da usina. Investimento que não foi feito com empréstimos bancários, mas sim, a partir do dinheiro dos próprios cooperados e com o apoio do comércio de Atalaia e Maceió, que aceitaram vender produtos produtos para receber depois.
Além de pagar aos credores, a cooperativa vai repassar 4% do faturamento para a massa falida, cumprindo o acordo de arredamento. Assim, todos estão confiantes nos lucros, graças a recuperação do preço da saca de açúcar, que chega a R$ 63 no mercado externo e a até R$ 85 no mercado brasileiro. Valor que é quase o dobro do que custava no ano passado.
Contratação
Uma medida importante para fazer a usina funcionar foi trazer de volta o pessoal que conhece cada detalhe da engrenagem. Cerca de 95% dos trabalhadores contratados na indústria são ex-funcionários.
"Trabalhei 34 anos aqui e fiquei dois anos desempregado. Agora estou de volta para suar a camisa pela minha empresa", diz o mecânico Cícero Luiz da Silva que voltou a trabalhar na mesma função que exercia antes da industria fechar.
E na contramão do que nesse momento acontece com a economia brasileira, a usina, ex-falida, começa a mudar a vida de muita gente. Cerca de 1.800 pessoas estão sendo contratadas para trabalhar no parque industrial e no campo.
Fonte: Portal G1
