Usina de João Lyra pode ficar com a Cooperativa dos Usineiros de Alagoas

18/09/2015 Cana-de-Açúcar POR: Extra Alagoas
O juiz Kléber Borba – foto -, da 1ª Vara da Comarca de Coruripe (AL) e responsável pelo processo judicial da Massa Falida Laginha, já está com as propostas de quatro empresas interessadas no arrendamento de três das cinco usinas do empresário e ex-deputado federal João Lyra. O resultado da seleção seria divulgado na última quarta-feira, porém foi adiado. De acordo com o magistrado, “uma reunião será marcada com a administração da massa falida para entrar em consenso sobre a viabilidade das propostas apresentadas na primeira sexta-feira do mês, último dia 4”.
Interessada pelo arrendamento da Usina Vale do Paranaíba, instalada na cidade de Capinópolis, em Minas Gerais, a empresa São João Cargill (SJC) requereu um prazo maior para apresentar uma proposta detalhada depois de analisar a situação das instalações. Avaliada em R$ 211,2 milhões, a Vale do Paraíba chegou a ser destaque em questão de tecnologia em comparação a outras usinas da América Latina.
A Cargill ingressou no mercado de produção de açúcar e álcool no ano de 2006, a partir da aquisição de participação na Usina Itapagipe Açúcar e Álcool, em Itapagipe (MG), em parceria com o Grupo Moema, e da Usina Central Energética Vale do Sapucaí (Cevasa), joint venture formada com a Canagrill, associação de produtores de cana.
Já a Usina Triálcool, orçada em R$ 227,7 milhões, também localizada em Minas Gerais, mas no município de Canápolis, recebeu propostas de arrendamento pela PAM Empreendimentos S/A, que montaria um plano de negócios a ser desenvolvido durante uma década.
Em Alagoas, a Usina Uruba, avaliada em R$ 296,2 milhões, recebeu a propostas de duas cooperativas do próprio estado. A Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas (CRPAAA) demonstrou interesse pelas terras da usina de Atalaia.
Além da Cooperativa dos Usineiros, a Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale de Satuba (Coopvale) luta para arrendar as terras e a indústria. O arrendamento é uma oportunidade para que os cooperados da Coopvale, credores da usina, tentem reverter o prejuízo em lucro. Conforme levantamento técnico realizado, a Uruba tem capacidade para moer até 1,1 milhão de toneladas por safra.
As garantias de sustentabilidade das atividades serão um diferencial na análise do magistrado e dos gestores do grupo falido. As empresas devem preencher diversos requisitos para firmar o arrendamento. O valor da negociação, como já noticiado pelo Extra, será destinado para a manutenção da massa falida com a possibilidade do pagamento de ex-funcionários e credores.
Em agosto, João Lyra apresentou um ofício de anuência com a venda e/ou arrendamento das usinas para o juiz Kléber Borba. O empresário afirmou que não colocaria barreiras nas decisões do magistrado. “O juízo falimentar procura conversar com todos os interessados e trilhar um caminho que seja importante para a massa falida e para os credores. A manifestação de João Lyra nos autos em concordar com os arrendamentos e a venda das usinas causou um ânimo por causa da criação de novos postos de trabalho. O arrendamento, a bem da verdade, dará o alento, hoje necessário, para que o juízo falimentar possa refletir cada passo e seguir, com mais segurança, para a realização do ativo e pagamento do passivo, objetivos reais da falência”, considerou o magistrado.
Participaram da audiência o administrador e o gestor judicial, membros do comitê de credores, representante do falido, o Ministério Público e os interessados em arrendar as unidades industriais. Para Borba, o arrendamento proporcionará, entre outros benefícios, a redução das despesas com manutenção das unidades e a geração de renda. As audiências não terão cunho deliberativo, apenas foram um espaço para a apresentação de propostas.
Disputa de terras
Desde julho deste ano, cerca de cinco mil famílias estão acampadas nas áreas das usinas Guaxuma, Uruba e Laginha exigindo, além do assentamento dos sem-terra, o pagamento das dívidas trabalhistas aos antigos funcionários da usina. Em meio às propostas de arrendamento, o governo de Alagoas já discute a desapropriação das terras da massa falida do Grupo João Lyra para o assentamento das famílias dos movimentos sociais. A pauta chegou a ser discutida com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, no começo deste mês. 
O juiz Kléber Borba – foto -, da 1ª Vara da Comarca de Coruripe (AL) e responsável pelo processo judicial da Massa Falida Laginha, já está com as propostas de quatro empresas interessadas no arrendamento de três das cinco usinas do empresário e ex-deputado federal João Lyra. O resultado da seleção seria divulgado na última quarta-feira, porém foi adiado. De acordo com o magistrado, “uma reunião será marcada com a administração da massa falida para entrar em consenso sobre a viabilidade das propostas apresentadas na primeira sexta-feira do mês, último dia 4”.

Interessada pelo arrendamento da Usina Vale do Paranaíba, instalada na cidade de Capinópolis, em Minas Gerais, a empresa São João Cargill (SJC) requereu um prazo maior para apresentar uma proposta detalhada depois de analisar a situação das instalações. Avaliada em R$ 211,2 milhões, a Vale do Paraíba chegou a ser destaque em questão de tecnologia em comparação a outras usinas da América Latina.
A Cargill ingressou no mercado de produção de açúcar e álcool no ano de 2006, a partir da aquisição de participação na Usina Itapagipe Açúcar e Álcool, em Itapagipe (MG), em parceria com o Grupo Moema, e da Usina Central Energética Vale do Sapucaí (Cevasa), joint venture formada com a Canagrill, associação de produtores de cana.
Já a Usina Triálcool, orçada em R$ 227,7 milhões, também localizada em Minas Gerais, mas no município de Canápolis, recebeu propostas de arrendamento pela PAM Empreendimentos S/A, que montaria um plano de negócios a ser desenvolvido durante uma década.
Em Alagoas, a Usina Uruba, avaliada em R$ 296,2 milhões, recebeu a propostas de duas cooperativas do próprio estado. A Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas (CRPAAA) demonstrou interesse pelas terras da usina de Atalaia.
Além da Cooperativa dos Usineiros, a Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale de Satuba (Coopvale) luta para arrendar as terras e a indústria. O arrendamento é uma oportunidade para que os cooperados da Coopvale, credores da usina, tentem reverter o prejuízo em lucro. Conforme levantamento técnico realizado, a Uruba tem capacidade para moer até 1,1 milhão de toneladas por safra.
As garantias de sustentabilidade das atividades serão um diferencial na análise do magistrado e dos gestores do grupo falido. As empresas devem preencher diversos requisitos para firmar o arrendamento. O valor da negociação, como já noticiado pelo Extra, será destinado para a manutenção da massa falida com a possibilidade do pagamento de ex-funcionários e credores.
Em agosto, João Lyra apresentou um ofício de anuência com a venda e/ou arrendamento das usinas para o juiz Kléber Borba. O empresário afirmou que não colocaria barreiras nas decisões do magistrado. “O juízo falimentar procura conversar com todos os interessados e trilhar um caminho que seja importante para a massa falida e para os credores. A manifestação de João Lyra nos autos em concordar com os arrendamentos e a venda das usinas causou um ânimo por causa da criação de novos postos de trabalho. O arrendamento, a bem da verdade, dará o alento, hoje necessário, para que o juízo falimentar possa refletir cada passo e seguir, com mais segurança, para a realização do ativo e pagamento do passivo, objetivos reais da falência”, considerou o magistrado.
Participaram da audiência o administrador e o gestor judicial, membros do comitê de credores, representante do falido, o Ministério Público e os interessados em arrendar as unidades industriais. Para Borba, o arrendamento proporcionará, entre outros benefícios, a redução das despesas com manutenção das unidades e a geração de renda. As audiências não terão cunho deliberativo, apenas foram um espaço para a apresentação de propostas.
Disputa de terras
Desde julho deste ano, cerca de cinco mil famílias estão acampadas nas áreas das usinas Guaxuma, Uruba e Laginha exigindo, além do assentamento dos sem-terra, o pagamento das dívidas trabalhistas aos antigos funcionários da usina. Em meio às propostas de arrendamento, o governo de Alagoas já discute a desapropriação das terras da massa falida do Grupo João Lyra para o assentamento das famílias dos movimentos sociais. A pauta chegou a ser discutida com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, no começo deste mês.