Usina São Martinho comemora o ‘melhor ano de sua história’

28/06/2017 Geral POR: Assessoria de Comunicação, 27/6/17
Apesar dos problemas climáticos que prejudicaram as lavouras de cana em algumas de suas áreas de produção, a São Martinho divulgou ontem expressivos avanços em seus resultados tanto no quarto trimestre da safra 2016/17 quanto em toda a temporada. "Foi o melhor ano da história da companhia", resumiu o diretor-presidente Fabio Venturelli.
Conforme relatório enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a São Martinho fechou o quarto trimestre do exercício, em 31 de março, com lucro líquido recorde de R$ 119,4 milhões, 65,6% superior ao de igual período do ciclo anterior, Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 401 milhões, alta de 15,8% na mesma comparação, e receita líquida 9,3% maior (R$ 894,3 milhões).
Em toda a safra 2016/17, o lucro líquido da empresa aumentou 37,2% em relação ao resultado de 2015/16, para R$ 283,9 milhões, seu Ebitda ajustado subiu 11,1%, para R$ 1,4 bilhão, e a receita líquida cresceu 10,3%, para R$ 3,1 bilhões. "Não fossem as três geadas seguidas em áreas de produção de cana da empresa [cerca de 40 mil hectares foram afetados], o resultado líquido [anual] poderia ter atingido R$ 500 milhões", disse Venturelli.
Em comunicado, a São Martinho detalhou que as intempéries reduziram em 10% sua produção canavieira em relação ao volume previsto no início da safra. Ainda assim, a moagem de cana da companhia chegou a 19,3 milhões de toneladas. Da produção, o açúcar foi o destaque: gerou receita líquida de R$ 1,6 bilhão em todo o ciclo 2016/17, 30,7% mais que em 2015/16. Com etanol anidro, a receita caiu 4,5%, para R$ 763,4 milhões, e com o hidratado a retração foi de 5,3%, para R$ 475,4 milhões.
Apesar da tendência de queda das cotações internacionais do açúcar nos últimos meses, a São Martinho está confiante quanto a seu desempenho na safra 2017/18, que começou em abril. Em boa medida, porque já fixou os preços de cerca de 70% da produção que espera atingir por uma média mais remuneradora, acima dos patamares que estão sendo praticados. No caso do etanol, cujos preços domésticos também estão em queda com o avanço da colheita, a estratégia, como de costume, tem sido estocar e esperar um melhor momento para vender.
A São Martinho fechou a safra 2016/17 – quando adquiriu integralmente a Usina Boa Vista, situada em Quirinópolis (GO), e expandiu a Usina Santa Cruz, em Américo Brasiliense (SP) – com alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 1,55 vez, ante 2,14 vezes ao término do ciclo 2015/16. Para 2017/18, a empresa pretende investir cerca de R$ 900 milhões em plantio e tratos culturais. Sem geadas e com as recentes expansões, prevê aumento de 15,7% da moagem de cana, para 22,3 milhões de toneladas, e altas de 7,6% da produção de açúcar, para 1,4 milhão de toneladas, de 13,1% para o etanol anidro, para 450 mil metros cúbicos, e de 59,8% no caso do hidratado, para 430 milhões de litros (Assessoria de Comunicação, 27/6/17)
Grupo São Martinho recebe crédito negociado com a IFC
Após aproveitar a boa safra do setor sucroalcooleiro para engordar sua receita e elevar sua capacidade de produção (ver a matéria Empresa comemora o ‘melhor ano de sua história’), o grupo São Martinho fechou mais uma operação de crédito para garantir o equilíbrio financeiro e manter a capacidade de investimentos.
Ontem, a companhia recebeu o desembolso de um financiamento de US$ 90 milhões acertado junto à International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial. Deste montante, dois terços foram desembolsados pela própria IFC e tem prazo de pagamento de oito anos, com amortização inicial a partir do quarto ano, enquanto os outros US$ 30 milhões saíram do ABN-Amro e serão pagos em cinco anos.
"Esse financiamento não vem com um propósito específico, é mais para financiar o investimento de manutenção da usina", disse Felipe Vicchiato, diretor financeiro e de relação com investidores da São Martinho, ao Valor. Os recursos podem ser utilizados tanto nos aportes costumeiros na área industrial como na área agrícola.
A operação sucede uma recente emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs), em abril, que resultou na captação e R$ 506,4 milhões. Segundo Vicchiato, as duas operações "equacionaram a dívida de curto prazo" da companhia.
Com a contratação da linha junto à IFC, 30% do endividamento do grupo ficará em moeda estrangeira, mas isso não é motivo de preocupação. De acordo com o diretor financeiro, o custo do empréstimo junto ao braço do Banco Mundial é mais barato do que qualquer contratação de crédito no mercado externo. Além disso, "mesmo havendo volatilidade de câmbio no curto prazo, o fato de ser uma linha de longo prazo nos dá bastante espaço para fazer a gestão da dívida", afirmou.
A recente alta do dólar, portanto, não é encarada como motivo de preocupação nem para a dívida da São Martinho nem para os custos, até porque a moeda americana ainda estava mais alta um ano atrás, observa Vicchiato.
O acerto com a IFC dependeu de diligências para garantir que a empresa estivesse adequada a parâmetros socioambientais do braço do Banco Mundial. Para o fundo, o aporte faz parte de uma visão estratégica para o agronegócio brasileiro, por se tratar de um setor com "capacidade de geração de emprego e por ser fortemente exportador, que gera divisas", segundo Luiz Daniel de Campos, executivo responsável por agronegócios da IFC Brasil.
Atualmente, a IFC tem uma carteira de US$ 620 milhões junto a empresas brasileiras do agronegócio, dos quais US$ 266 milhões estão alocados somente no segmento sucroalcooleiro. "Dentro do agronegócio, quem mais demanda capital de longo prazo é o setor de açúcar e álcool", ressaltou Campos.
Apesar dos problemas climáticos que prejudicaram as lavouras de cana em algumas de suas áreas de produção, a São Martinho divulgou expressivos avanços em seus resultados tanto no quarto trimestre da safra 2016/17 quanto em toda a temporada. "Foi o melhor ano da história da companhia", resumiu o diretor-presidente Fabio Venturelli.
Conforme relatório enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a São Martinho fechou o quarto trimestre do exercício, em 31 de março, com lucro líquido recorde de R$ 119,4 milhões, 65,6% superior ao de igual período do ciclo anterior, Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 401 milhões, alta de 15,8% na mesma comparação, e receita líquida 9,3% maior (R$ 894,3 milhões).
Em toda a safra 2016/17, o lucro líquido da empresa aumentou 37,2% em relação ao resultado de 2015/16, para R$ 283,9 milhões, seu Ebitda ajustado subiu 11,1%, para R$ 1,4 bilhão, e a receita líquida cresceu 10,3%, para R$ 3,1 bilhões. "Não fossem as três geadas seguidas em áreas de produção de cana da empresa [cerca de 40 mil hectares foram afetados], o resultado líquido [anual] poderia ter atingido R$ 500 milhões", disse Venturelli.
Em comunicado, a São Martinho detalhou que as intempéries reduziram em 10% sua produção canavieira em relação ao volume previsto no início da safra. Ainda assim, a moagem de cana da companhia chegou a 19,3 milhões de toneladas. Da produção, o açúcar foi o destaque: gerou receita líquida de R$ 1,6 bilhão em todo o ciclo 2016/17, 30,7% mais que em 2015/16. Com etanol anidro, a receita caiu 4,5%, para R$ 763,4 milhões, e com o hidratado a retração foi de 5,3%, para R$ 475,4 milhões.
Apesar da tendência de queda das cotações internacionais do açúcar nos últimos meses, a São Martinho está confiante quanto a seu desempenho na safra 2017/18, que começou em abril. Em boa medida, porque já fixou os preços de cerca de 70% da produção que espera atingir por uma média mais remuneradora, acima dos patamares que estão sendo praticados. No caso do etanol, cujos preços domésticos também estão em queda com o avanço da colheita, a estratégia, como de costume, tem sido estocar e esperar um melhor momento para vender.
A São Martinho fechou a safra 2016/17 – quando adquiriu integralmente a Usina Boa Vista, situada em Quirinópolis (GO), e expandiu a Usina Santa Cruz, em Américo Brasiliense (SP) – com alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 1,55 vez, ante 2,14 vezes ao término do ciclo 2015/16. Para 2017/18, a empresa pretende investir cerca de R$ 900 milhões em plantio e tratos culturais. Sem geadas e com as recentes expansões, prevê aumento de 15,7% da moagem de cana, para 22,3 milhões de toneladas, e altas de 7,6% da produção de açúcar, para 1,4 milhão de toneladas, de 13,1% para o etanol anidro, para 450 mil metros cúbicos, e de 59,8% no caso do hidratado, para 430 milhões de litros (Assessoria de Comunicação, 27/6/17)
Grupo São Martinho recebe crédito negociado com a IFC
Após aproveitar a boa safra do setor sucroalcooleiro para engordar sua receita e elevar sua capacidade de produção (ver a matéria Empresa comemora o ‘melhor ano de sua história’), o grupo São Martinho fechou mais uma operação de crédito para garantir o equilíbrio financeiro e manter a capacidade de investimentos.
Ontem, a companhia recebeu o desembolso de um financiamento de US$ 90 milhões acertado junto à International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial. Deste montante, dois terços foram desembolsados pela própria IFC e tem prazo de pagamento de oito anos, com amortização inicial a partir do quarto ano, enquanto os outros US$ 30 milhões saíram do ABN-Amro e serão pagos em cinco anos.
"Esse financiamento não vem com um propósito específico, é mais para financiar o investimento de manutenção da usina", disse Felipe Vicchiato, diretor financeiro e de relação com investidores da São Martinho, ao Valor. Os recursos podem ser utilizados tanto nos aportes costumeiros na área industrial como na área agrícola.
A operação sucede uma recente emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs), em abril, que resultou na captação e R$ 506,4 milhões. Segundo Vicchiato, as duas operações "equacionaram a dívida de curto prazo" da companhia.
Com a contratação da linha junto à IFC, 30% do endividamento do grupo ficará em moeda estrangeira, mas isso não é motivo de preocupação. De acordo com o diretor financeiro, o custo do empréstimo junto ao braço do Banco Mundial é mais barato do que qualquer contratação de crédito no mercado externo. Além disso, "mesmo havendo volatilidade de câmbio no curto prazo, o fato de ser uma linha de longo prazo nos dá bastante espaço para fazer a gestão da dívida", afirmou.
A recente alta do dólar, portanto, não é encarada como motivo de preocupação nem para a dívida da São Martinho nem para os custos, até porque a moeda americana ainda estava mais alta um ano atrás, observa Vicchiato.
O acerto com a IFC dependeu de diligências para garantir que a empresa estivesse adequada a parâmetros socioambientais do braço do Banco Mundial. Para o fundo, o aporte faz parte de uma visão estratégica para o agronegócio brasileiro, por se tratar de um setor com "capacidade de geração de emprego e por ser fortemente exportador, que gera divisas", segundo Luiz Daniel de Campos, executivo responsável por agronegócios da IFC Brasil.
Atualmente, a IFC tem uma carteira de US$ 620 milhões junto a empresas brasileiras do agronegócio, dos quais US$ 266 milhões estão alocados somente no segmento sucroalcooleiro. "Dentro do agronegócio, quem mais demanda capital de longo prazo é o setor de açúcar e álcool", ressaltou Campos.