As usinas brasileiras de cana-de-açúcar estão aumentando as compras de máquinas em busca de melhor eficiência no campo, com a perspectiva promissora para o mercado, em meio a um déficit global de açúcar, encorajando investimentos.
Fabricantes de colhedoras de cana como a John Deere e a AGCO estão intensificando a produção no Brasil à medida que as entregas crescem, finalmente vendo retorno de investimentos em linhas de produção locais feitos no passado, disseram executivos.
Produtores brasileiros de açúcar estão entrando na fase final da safra 2016/17 no momento em que os preços dos contratos futuros do açúcar bruto alcançam um pico de quatro anos em Nova York, sustentados por previsões para ao menos dois anos de déficit global na oferta da commodity.
O centro-sul do Brasil deverá colher uma safra quase recorde pelo segundo ano consecutivo, aproveitando um excelente mercado enquanto outros países produtores como a Índia e Tailândia colhem safras menores devido a más condições climáticas.
"Algumas usinas estão correndo para comprar colhedoras e outros equipamentos porque querem ter certeza de que serão capazes de processar toda a cana-de-açúcar disponível", disse Marco Gobesso, gerente de marketing de equipamentos para cana na fabricante norte-americana AGCO.
A unidade da AGCO em Ribeirão Preto, no coração do cinturão produtor de cana do Brasil, dobrou o número de produção de colhedoras de cana neste ano em comparação com 2015 e tem espaço para fazer mais.
A companhia investiu cerca de 100 milhões de reais (30,5 milhões de dólares) na usina após adquirir uma fabricante local em 2012. Mas a unidade ainda opera com apenas cerca de 40 por cento de sua capacidade, após um longo ciclo de baixos preços no açúcar e etanol encerrado em 2014 que reduziu acentuadamente os investimentos no setor e condenou dezenas de usinas à falência.
O Grupo Moreno, uma companhia familiar de açúcar da região de Ribeirão Preto, é um exemplo do recente movimento de compras de equipamentos.
A companhia adquiriu 15 colhedoras neste ano por cerca de um milhão de reais cada. No ano passado, a empresa não havia comprado nenhuma máquina e em 2014, apenas duas.
"Nós tínhamos máquinas que estavam muito velhas e quebravam no campo constantemente, atrasando nossos planos de esmagamento e aumentando os custos", disse Eduardo Bellucci, chefe de operações de colheita na companhia que possui três usinas e espera processar 11 milhões de toneladas de cana-de-açúcar neste ano.
O Grupo Moreno ainda possui diversas máquinas que tem ao menos 11 anos, quando recebeu ordens de começar a substituir máquinas que tinham mais de 6 anos de anos.
Marco Ripoli, gerente de marketing para máquinas de cana na John Deere, afirma que a companhia está procurando expandir a produção em sua unidade de Catalão, no Goiás, em 30 por cento após lançar uma nova geração de colhedoras que prometer recolher cana mais rapidamente e usando menos diesel.
"Há cerca de 9 mil colhedoras antigas operando no Brasil. Elas precisam ser substituídas", disse ele.
Ripoli disse que usinas estão priorizando os investimentos em equipamentos que vão levar a melhoras nas operações antes de pensar em construir novas usinas ou expandir a área de plantio. "O foco hoje é otimizar as estruturas existentes. Aumentar a capacidade ainda é uma possibilidade de médio prazo", disse.
Autor: Marcelo Teixeira
As usinas brasileiras de cana-de-açúcar estão aumentando as compras de máquinas em busca de melhor eficiência no campo, com a perspectiva promissora para o mercado, em meio a um déficit global de açúcar, encorajando investimentos.
Fabricantes de colhedoras de cana como a John Deere e a AGCO estão intensificando a produção no Brasil à medida que as entregas crescem, finalmente vendo retorno de investimentos em linhas de produção locais feitos no passado, disseram executivos.
Produtores brasileiros de açúcar estão entrando na fase final da safra 2016/17 no momento em que os preços dos contratos futuros do açúcar bruto alcançam um pico de quatro anos em Nova York, sustentados por previsões para ao menos dois anos de déficit global na oferta da commodity.
O centro-sul do Brasil deverá colher uma safra quase recorde pelo segundo ano consecutivo, aproveitando um excelente mercado enquanto outros países produtores como a Índia e Tailândia colhem safras menores devido a más condições climáticas.
"Algumas usinas estão correndo para comprar colhedoras e outros equipamentos porque querem ter certeza de que serão capazes de processar toda a cana-de-açúcar disponível", disse Marco Gobesso, gerente de marketing de equipamentos para cana na fabricante norte-americana AGCO.
A unidade da AGCO em Ribeirão Preto, no coração do cinturão produtor de cana do Brasil, dobrou o número de produção de colhedoras de cana neste ano em comparação com 2015 e tem espaço para fazer mais.
A companhia investiu cerca de 100 milhões de reais (30,5 milhões de dólares) na usina após adquirir uma fabricante local em 2012. Mas a unidade ainda opera com apenas cerca de 40 por cento de sua capacidade, após um longo ciclo de baixos preços no açúcar e etanol encerrado em 2014 que reduziu acentuadamente os investimentos no setor e condenou dezenas de usinas à falência.
O Grupo Moreno, uma companhia familiar de açúcar da região de Ribeirão Preto, é um exemplo do recente movimento de compras de equipamentos.
A companhia adquiriu 15 colhedoras neste ano por cerca de um milhão de reais cada. No ano passado, a empresa não havia comprado nenhuma máquina e em 2014, apenas duas.
"Nós tínhamos máquinas que estavam muito velhas e quebravam no campo constantemente, atrasando nossos planos de esmagamento e aumentando os custos", disse Eduardo Bellucci, chefe de operações de colheita na companhia que possui três usinas e espera processar 11 milhões de toneladas de cana-de-açúcar neste ano.
O Grupo Moreno ainda possui diversas máquinas que tem ao menos 11 anos, quando recebeu ordens de começar a substituir máquinas que tinham mais de 6 anos de anos.
Marco Ripoli, gerente de marketing para máquinas de cana na John Deere, afirma que a companhia está procurando expandir a produção em sua unidade de Catalão, no Goiás, em 30 por cento após lançar uma nova geração de colhedoras que prometer recolher cana mais rapidamente e usando menos diesel.
"Há cerca de 9 mil colhedoras antigas operando no Brasil. Elas precisam ser substituídas", disse ele.
Ripoli disse que usinas estão priorizando os investimentos em equipamentos que vão levar a melhoras nas operações antes de pensar em construir novas usinas ou expandir a área de plantio. "O foco hoje é otimizar as estruturas existentes. Aumentar a capacidade ainda é uma possibilidade de médio prazo", disse.
Autor: Marcelo Teixeira