Grandes usinas de açúcar da Índia se recusam a comprar cana de agricultores nos preços mínimos estipulados pelo governo, levantando temores sobre a produção da commodity no país. Os preços do açúcar refinado são amplamente determinados por forças de mercado e subiram cerca de 3% nos últimos três anos. Mas os preços da cana, fixados por governos estaduais em níveis que favorecem produtores, aumentaram 14% no mesmo período. A Índia é o segundo produtor mundial de açúcar.
´Estamos vendo esse tipo de precificação em toda a agricultura indiana´, disse o economista-chefe da empresa de análise de risco Care Ratings em Nova Délhi, Madan Sabnavis. ´O governo estipula um preço mínimo para o produtor, que não está realmente ligado ao valor de mercado.´ A fixação de preços por parte do governo tende a priorizar o agricultor ou o consumidor final, destacou. ´As usinas estão sempre espremidas entre as duas forças´, afirmou.
Se a disputa sobre os preços da cana atrasar, significativamente, a produção, isso poderia significar oportunidades de exportação perdidas. Isso porque usinas indianas não conseguirão cumprir os prazos de entrega em dezembro estipulados por compradores estrangeiros. As usinas do país pretendiam exportar cerca de 3 milhões de toneladas em 2013-14.
A administração indiana federal argumenta que é preciso pagar aos agricultores um preço mínimo para produtos básicos a fim de não prejudicar a segurança alimentar do país. No caso da cana, os governos estaduais fixam preços para proteger os rendimentos dos agricultores. O governo federal sugere um preço mínimo com base em estimativas de custos, mas Estados como Uttar Pradesh muitas vezes optam por valores mais elevados.
Se a disputa continuar, o ano que vem pode ter queda de produção, se produtores plantarem menos cana. Agricultores se opõem a uma mudança nos preços mínimos, argumentando que as flutuações nas cotações do açúcar representam riscos, especialmente se os custos de fertilizantes importado e outros insumos aumentarem. ´Produtores não serão capazes de tolerar a volatilidade dos preços se a cotação da canafor ligada à do açúcar. Em toda a indústria e empreendimento, o preço do produto final é decidido pelos seus custos´, disse Sudhir Pawar, presidente da associação de produtores de cana Kisan Jagriti Manch. ´Isso vai contra princípios econômicos.´
Akhilesh Yadav, ministro-chefe de Uttar Pradesh, o Estado mais populoso da Índia e o maior produtor de cana, ordenou que as usinas iniciem operações de processamento dentro de uma semana. Mas as usinas do Estado se recusaram a obedecer. Em situações extremas, o governo pode assumir a operação das usinas ou cancelar licenças, mas esse tipo de medida resultaria em batalhas legais prolongadas.
Bancos disseram a operadores de usinas que não emprestarão dinheiro a eles a menos que os preços da cana baixem, segundo os próprios operadores. ´A menos que os bancos nos emprestem recursos, como vamos operar as usinas?´, questionou C.B Patodia, presidente da Associação de Usinas de Açúcar de Uttar Pradesh, acrescentando que as empresas podem perder menos dinheiro se não produzirem. Ele disse ainda que o grupo está pedindo o corte nos preços mínimos da cana de 2.800 rupias por tonelada (US$ 44,36) para 2.250 rupias por tonelada (US$ 35,65). Fonte: Dow Jones Newswires.
Grandes usinas de açúcar da Índia se recusam a comprar cana de agricultores nos preços mínimos estipulados pelo governo, levantando temores sobre a produção da commodity no país. Os preços do açúcar refinado são amplamente determinados por forças de mercado e subiram cerca de 3% nos últimos três anos. Mas os preços da cana, fixados por governos estaduais em níveis que favorecem produtores, aumentaram 14% no mesmo período. A Índia é o segundo produtor mundial de açúcar.
´Estamos vendo esse tipo de precificação em toda a agricultura indiana´, disse o economista-chefe da empresa de análise de risco Care Ratings em Nova Délhi, Madan Sabnavis. ´O governo estipula um preço mínimo para o produtor, que não está realmente ligado ao valor de mercado.´ A fixação de preços por parte do governo tende a priorizar o agricultor ou o consumidor final, destacou. ´As usinas estão sempre espremidas entre as duas forças´, afirmou.
Se a disputa sobre os preços da cana atrasar, significativamente, a produção, isso poderia significar oportunidades de exportação perdidas. Isso porque usinas indianas não conseguirão cumprir os prazos de entrega em dezembro estipulados por compradores estrangeiros. As usinas do país pretendiam exportar cerca de 3 milhões de toneladas em 2013-14.
A administração indiana federal argumenta que é preciso pagar aos agricultores um preço mínimo para produtos básicos a fim de não prejudicar a segurança alimentar do país. No caso da cana, os governos estaduais fixam preços para proteger os rendimentos dos agricultores. O governo federal sugere um preço mínimo com base em estimativas de custos, mas Estados como Uttar Pradesh muitas vezes optam por valores mais elevados.
Se a disputa continuar, o ano que vem pode ter queda de produção, se produtores plantarem menos cana. Agricultores se opõem a uma mudança nos preços mínimos, argumentando que as flutuações nas cotações do açúcar representam riscos, especialmente se os custos de fertilizantes importado e outros insumos aumentarem. ´Produtores não serão capazes de tolerar a volatilidade dos preços se a cotação da canafor ligada à do açúcar. Em toda a indústria e empreendimento, o preço do produto final é decidido pelos seus custos´, disse Sudhir Pawar, presidente da associação de produtores de cana Kisan Jagriti Manch. ´Isso vai contra princípios econômicos.´
Akhilesh Yadav, ministro-chefe de Uttar Pradesh, o Estado mais populoso da Índia e o maior produtor de cana, ordenou que as usinas iniciem operações de processamento dentro de uma semana. Mas as usinas do Estado se recusaram a obedecer. Em situações extremas, o governo pode assumir a operação das usinas ou cancelar licenças, mas esse tipo de medida resultaria em batalhas legais prolongadas.
Bancos disseram a operadores de usinas que não emprestarão dinheiro a eles a menos que os preços da cana baixem, segundo os próprios operadores. ´A menos que os bancos nos emprestem recursos, como vamos operar as usinas?´, questionou C.B Patodia, presidente da Associação de Usinas de Açúcar de Uttar Pradesh, acrescentando que as empresas podem perder menos dinheiro se não produzirem. Ele disse ainda que o grupo está pedindo o corte nos preços mínimos da cana de 2.800 rupias por tonelada (US$ 44,36) para 2.250 rupias por tonelada (US$ 35,65). Fonte: Dow Jones Newswires.