A combinação entre a quebra da safra de cana-de-açúcar em alguns Estados, tais como os do Nordeste e o Paraná, e a necessidade de corte de gastos com mão de obra ampliou as demissões no setor sucroalcooleiro do Brasil em 2015. O cenário já se mostra negativo também neste início de 2016.
Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as usinas brasileiras reduziram em 33.529 o número de pessoas empregadas na atividade em 2015. Isso significa queda de 3% sobre os cerca de 1 milhão de trabalhadores empregados nesse setor no país, conforme estimativas da entidade. O percentual se assemelha à retração registrada na geração de emprego em todos os setores da economia brasileira em 2015, de 3,74% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2014, segundo o Caged.
Em 2014, as contratações no setor sucroalcooleiro haviam superado em 49.910 as demissões. Em 2015, o maior peso do saldo negativo do setor no Brasil veio do Centro-Sul (21.291). O Nordeste, contribuiu negativamente com 12.238.
Em janeiro deste ano, o saldo do setor também ficou no vermelho, com as demissões superando as contratações em 16.579 postos, ante a movimentação negativa de 2.172 de janeiro de 2015. O Centro-Sul representou 6.205 e o Nordeste, 10.374.
As usinas paranaenses foram bastante prejudicadas pelo excesso de chuvas em 2015. No último trimestre do ano passado chegaram a ficar 28 dias seguidos com as máquinas desligadas sem poder colher cana, segundo Miguel Tranin, presidente da associação que representa as unidades do Estado, a Alcopar. "Choveu em 2015 em torno de 2.600 mm no Paraná, para uma média de 1.600 mm", acrescentou o executivo.
Ele observou que o clima não foi o único fator a puxar para baixo o saldo de empregos do setor. "Em 2015, duas usinas no Estado deixaram a atividade devido a dificuldades financeiras. Mesmo os grupos que estão em operação também enxugam a folha de pagamento para reduzir custos", afirmou Tranin.
Conforme dados do Caged, em 2015, as demissões superaram as contratações no setor sucroalcooleiro do Paraná em 6.342 vagas. A moagem de cana no Estado, inicialmente estimada em 43 milhões de toneladas, atingiu em fevereiro 40 milhões, conforme a Alcopar.
A dispensa no Paraná foi superior à registrada no Estado de São Paulo (5.457 pessoas). Segundo o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues, essa movimentação é "normal" para a atividade canavieira paulista, que processa mais da metade da cana do país. Ele observou ainda que há um ganho de eficiência da operação sucroalcooleira que vem, ano a ano, reduzindo a demanda por pessoal em todo o Centro-Sul. "São novas tecnologias que ampliam a produtividade. Máquinas que colhiam 600 toneladas por dia, agora fazem 800 toneladas".
A forte estiagem que atingiu o Nordeste afetou o saldo de empregos de 2015, mas também já se refletiu negativamente na movimentação de janeiro. Esse efeito deve continuar pesando nas estatísticas até abril, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Açúcar e Etanol de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira. "A produção de cana quebrou 30%. Está havendo em janeiro e fevereiro uma antecipação do fim da safra, que, normalmente, ocorreria em abril", explicou.
A combinação entre a quebra da safra de cana-de-açúcar em alguns Estados, tais como os do Nordeste e o Paraná, e a necessidade de corte de gastos com mão de obra ampliou as demissões no setor sucroalcooleiro do Brasil em 2015. O cenário já se mostra negativo também neste início de 2016.
Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as usinas brasileiras reduziram em 33.529 o número de pessoas empregadas na atividade em 2015. Isso significa queda de 3% sobre os cerca de 1 milhão de trabalhadores empregados nesse setor no país, conforme estimativas da entidade. O percentual se assemelha à retração registrada na geração de emprego em todos os setores da economia brasileira em 2015, de 3,74% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2014, segundo o Caged.
Em 2014, as contratações no setor sucroalcooleiro haviam superado em 49.910 as demissões. Em 2015, o maior peso do saldo negativo do setor no Brasil veio do Centro-Sul (21.291). O Nordeste, contribuiu negativamente com 12.238.
Em janeiro deste ano, o saldo do setor também ficou no vermelho, com as demissões superando as contratações em 16.579 postos, ante a movimentação negativa de 2.172 de janeiro de 2015. O Centro-Sul representou 6.205 e o Nordeste, 10.374.
As usinas paranaenses foram bastante prejudicadas pelo excesso de chuvas em 2015. No último trimestre do ano passado chegaram a ficar 28 dias seguidos com as máquinas desligadas sem poder colher cana, segundo Miguel Tranin, presidente da associação que representa as unidades do Estado, a Alcopar. "Choveu em 2015 em torno de 2.600 mm no Paraná, para uma média de 1.600 mm", acrescentou o executivo.
Ele observou que o clima não foi o único fator a puxar para baixo o saldo de empregos do setor. "Em 2015, duas usinas no Estado deixaram a atividade devido a dificuldades financeiras. Mesmo os grupos que estão em operação também enxugam a folha de pagamento para reduzir custos", afirmou Tranin.
Conforme dados do Caged, em 2015, as demissões superaram as contratações no setor sucroalcooleiro do Paraná em 6.342 vagas. A moagem de cana no Estado, inicialmente estimada em 43 milhões de toneladas, atingiu em fevereiro 40 milhões, conforme a Alcopar.
A dispensa no Paraná foi superior à registrada no Estado de São Paulo (5.457 pessoas). Segundo o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues, essa movimentação é "normal" para a atividade canavieira paulista, que processa mais da metade da cana do país. Ele observou ainda que há um ganho de eficiência da operação sucroalcooleira que vem, ano a ano, reduzindo a demanda por pessoal em todo o Centro-Sul. "São novas tecnologias que ampliam a produtividade. Máquinas que colhiam 600 toneladas por dia, agora fazem 800 toneladas".
A forte estiagem que atingiu o Nordeste afetou o saldo de empregos de 2015, mas também já se refletiu negativamente na movimentação de janeiro. Esse efeito deve continuar pesando nas estatísticas até abril, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Açúcar e Etanol de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira. "A produção de cana quebrou 30%. Está havendo em janeiro e fevereiro uma antecipação do fim da safra, que, normalmente, ocorreria em abril", explicou.