O setor sucroenergético prepara uma nova pauta de reivindicações para apresentar ao governo. Entre as demandas estão a recomposição integral da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na gasolina e a renegociação da dívida de mais de R$ 50 bilhões das usinas. A cadeia produtiva gostaria também de discutir uma política ambiental para o País, que estimule o uso de etanol, visando à COP-21, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a ser realizada em Paris no fim do ano.
"Estamos reestruturando nosso diálogo com o governo. Já temos conversas com as ministras Kátia Abreu (Agricultura) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente)", contou ao Broadcast uma liderança do setor, com trânsito em Brasília. A presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, diz que o objetivo do segmento é levar ao governo "propostas e números" que comprovem os benefícios do etanol para o meio ambiente. "É natural que um planejamento para o setor de etanol envolva, além de questões de abastecimento, que são necessárias, questões ambientais, de redução de emissões (de gases do efeito estufa)."
A ideia de uma política ambiental mais consistente vem na esteira e tem certo "respaldo" no compromisso firmado nesta semana pelos líderes do G-7 em Bruxelas, na Bélgica. Os países mais desenvolvidos do mundo se comprometeram a eliminar o uso de combustíveis fósseis até 2100. Nesse contexto, o Brasil poderia ser uma espécie de exemplo, segundo alguns representantes.
Elizabeth Farina diz que o diálogo do setor com o governo melhorou após a concessão de incentivos e a inclusão, pela primeira vez, das linhas de crédito para renovação decanaviais (Prorenova) e estocagem de etanol no Plano Safra. A reintrodução da Cide também é comemorada, por dar maior competitividade ao etanol, mas a executiva pondera que ainda é "insuficiente" para ajudar o setor a se reerguer.
O retorno da Cide foi anunciado em janeiro, e a tarifa já está em R$ 0,22 por litro de gasolina. Em 2012, antes de ser zerada, contudo, a alíquota estava em R$ 0,28 por litro, valor que as usinas querem que volte a ser aplicado. Muitos produtores de etanol atribuem à retirada da Cide a deterioração da situação financeira do setor sucroenergético.
Levantamento recente do Itaú BBA, que tem em sua carteira companhias que respondem por 70% da moagem de cana-de-açúcar em todo o Centro-Sul do Brasil, mostrou que a dívida das usinas cresceu 12% na safra 2014/15, encerrada em março, para R$ 50,5 bilhões. Em março de 2012, no final do ciclo 2011/12, o endividamento era de R$ 42 bilhões.
O setor sucroenergético prepara uma nova pauta de reivindicações para apresentar ao governo. Entre as demandas estão a recomposição integral da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na gasolina e a renegociação da dívida de mais de R$ 50 bilhões das usinas. A cadeia produtiva gostaria também de discutir uma política ambiental para o País, que estimule o uso de etanol, visando à COP-21, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a ser realizada em Paris no fim do ano.
"Estamos reestruturando nosso diálogo com o governo. Já temos conversas com as ministras Kátia Abreu (Agricultura) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente)", contou ao Broadcast uma liderança do setor, com trânsito em Brasília. A presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, diz que o objetivo do segmento é levar ao governo "propostas e números" que comprovem os benefícios do etanol para o meio ambiente. "É natural que um planejamento para o setor de etanol envolva, além de questões de abastecimento, que são necessárias, questões ambientais, de redução de emissões (de gases do efeito estufa)."
A ideia de uma política ambiental mais consistente vem na esteira e tem certo "respaldo" no compromisso firmado nesta semana pelos líderes do G-7 em Bruxelas, na Bélgica. Os países mais desenvolvidos do mundo se comprometeram a eliminar o uso de combustíveis fósseis até 2100. Nesse contexto, o Brasil poderia ser uma espécie de exemplo, segundo alguns representantes.
Elizabeth Farina diz que o diálogo do setor com o governo melhorou após a concessão de incentivos e a inclusão, pela primeira vez, das linhas de crédito para renovação decanaviais (Prorenova) e estocagem de etanol no Plano Safra. A reintrodução da Cide também é comemorada, por dar maior competitividade ao etanol, mas a executiva pondera que ainda é "insuficiente" para ajudar o setor a se reerguer.
O retorno da Cide foi anunciado em janeiro, e a tarifa já está em R$ 0,22 por litro de gasolina. Em 2012, antes de ser zerada, contudo, a alíquota estava em R$ 0,28 por litro, valor que as usinas querem que volte a ser aplicado. Muitos produtores de etanol atribuem à retirada da Cide a deterioração da situação financeira do setor sucroenergético.
Levantamento recente do Itaú BBA, que tem em sua carteira companhias que respondem por 70% da moagem de cana-de-açúcar em todo o Centro-Sul do Brasil, mostrou que a dívida das usinas cresceu 12% na safra 2014/15, encerrada em março, para R$ 50,5 bilhões. Em março de 2012, no final do ciclo 2011/12, o endividamento era de R$ 42 bilhões.