O movimento cambial no Brasil ainda tem força para mexer com os preços futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), mas já não mais como no passado. De acordo com especialistas ouvidos pelo Broadcast Agro, uma quantidade considerável de usinas já travou suas vendas futuras e não depende mais da oscilação do dólar. Além disso, a perspectiva de déficit de produção na safra global 2015/16, que se encerra em 30 de setembro, passou a ter mais peso na orientação do mercado.
Dólar e açúcar respeitam uma correlação inversa, ou seja, a alta da moeda tende a ser acompanhada por queda da commodity e vice-versa. No acumulado de 2016 até 10 de março, a correlação entre as cotações de ambos é de -0,36. Em igual período do ano passado, a correlação era de -0,85, indicando maior influência da divisa sobre os preços do alimento. No fechado de 2015, a correlação ficou em -0,56.
Para Michael McDougall, diretor do Banco Société Générale, em Nova York, a moeda norte-americana ainda se destaca quanto a determinar a direção dos futuros de açúcar, mas perdeu força porque muitas usinas brasileiras se aproveitaram da disparada no câmbio no ano passado e travaram suas vendas futuras. "Quem conseguiu fazer isso, já fez, já está protegido", comentou ao Broadcast Agro.
Levantamento da Archer Consulting, por exemplo, mostrou que até 29 de fevereiro 75,78% da exportação prevista para a safra 2016/17, de 25,12 milhões de toneladas, já estava com preços fixados. O porcentual é consideravelmente maior do que o de 30,30% reportado em igual momento do ano passado.
Conforme o diretor da consultoria Archer, Arnaldo Luiz Corrêa, um número maior de usinas está fixando seus volumes de exportação também para o ciclo seguinte e não apenas para a temporada corrente. "Acredito, sem poder afirmar categoricamente, que esse comportamento das usinas (que objetiva capturar a vantagem do real desvalorizado numa curva ascendente) adicionou um volume extra de fixação para 2017/18 que não consegue ser isolado do modelo", explicou, em relatório.
Outra avaliação no mercado de açúcar é que o déficit projetado para a atual temporada passou a ter peso importante na formação dos preços. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) estima que a demanda será 5 milhões de toneladas maior do que a produção neste ciclo, configurando o primeiro déficit em cinco safras. Desde setembro do ano passado, quando essa perspectiva passou a ser considerada, os futuros de açúcar acumulam valorização de 27%.
O movimento cambial no Brasil ainda tem força para mexer com os preços futuros de açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), mas já não mais como no passado. De acordo com especialistas ouvidos pelo Broadcast Agro, uma quantidade considerável de usinas já travou suas vendas futuras e não depende mais da oscilação do dólar. Além disso, a perspectiva de déficit de produção na safra global 2015/16, que se encerra em 30 de setembro, passou a ter mais peso na orientação do mercado.
Dólar e açúcar respeitam uma correlação inversa, ou seja, a alta da moeda tende a ser acompanhada por queda da commodity e vice-versa. No acumulado de 2016 até 10 de março, a correlação entre as cotações de ambos é de -0,36. Em igual período do ano passado, a correlação era de -0,85, indicando maior influência da divisa sobre os preços do alimento. No fechado de 2015, a correlação ficou em -0,56.
Para Michael McDougall, diretor do Banco Société Générale, em Nova York, a moeda norte-americana ainda se destaca quanto a determinar a direção dos futuros de açúcar, mas perdeu força porque muitas usinas brasileiras se aproveitaram da disparada no câmbio no ano passado e travaram suas vendas futuras. "Quem conseguiu fazer isso, já fez, já está protegido", comentou ao Broadcast Agro.
Levantamento da Archer Consulting, por exemplo, mostrou que até 29 de fevereiro 75,78% da exportação prevista para a safra 2016/17, de 25,12 milhões de toneladas, já estava com preços fixados. O porcentual é consideravelmente maior do que o de 30,30% reportado em igual momento do ano passado.
Conforme o diretor da consultoria Archer, Arnaldo Luiz Corrêa, um número maior de usinas está fixando seus volumes de exportação também para o ciclo seguinte e não apenas para a temporada corrente. "Acredito, sem poder afirmar categoricamente, que esse comportamento das usinas (que objetiva capturar a vantagem do real desvalorizado numa curva ascendente) adicionou um volume extra de fixação para 2017/18 que não consegue ser isolado do modelo", explicou, em relatório.
Outra avaliação no mercado de açúcar é que o déficit projetado para a atual temporada passou a ter peso importante na formação dos preços. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) estima que a demanda será 5 milhões de toneladas maior do que a produção neste ciclo, configurando o primeiro déficit em cinco safras. Desde setembro do ano passado, quando essa perspectiva passou a ser considerada, os futuros de açúcar acumulam valorização de 27%.