A autorização do governo federal em aumentar de 25% para 27% a mistura do álcool anidro na gasolina é positiva, pois provocará a elevação de 9% na produção do anidro brasileiro. Contudo, tal incremento é bom, neste momento, só para as usinas do Centro-Sul brasileiro, pois lá a safra inicia, enquanto acaba no NE. Todavia, a elevação do anidro não trará nenhum resultado rápido para o setor dos produtores de cana-de-açúcar nordestinos e de todo o Brasil. Mas, a iniciativa governamental é bem-vista pelo segmento, conforme avalia a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida). Pois, na opinião do presidente da entidade, Alexandre Andrade Lima, o aumento da produção de anidro, associado a outros fatores, pode contribuir na elevação do preço da cana em safras futuras.
“Devido à medida governamental, mais cana será destinada à produção de anidro pelas usinas, logo, menos cana será destinada para fabricação de açúcar, implicando na redução gradual do fornecimento de açúcar no mercado externo, promovendo processualmente o aumento do valor do açúcar, já que o País exporta 50% da produção mundial do commodities”, explica Lima. O açúcar, o anidro e o álcool hidratado, que compõem o mix das usinas, são os produtos responsáveis pela formação do preço da cana. Assim, mais anidro produzido, associado à produção e ao preço dos outros mix, impactará no valor da cana a médio e longo prazo. Logo, o efeito da maior produção de anidro na formação do preço da cana pode começar a ser sentido na outra safra, mas ainda sem grandes margens.
Lima aproveita para defender a redução do ICMS para o etanol hidratado pelos governos estaduais, assim como já fez Minas Gerais, a fim de contribuir na competitividade do etanol frente à gasolina, o que visa baixar o preço do etanol hidratado para o consumidor e incentivar o combustível renovável. “A ação traria um impacto direto no aumento do consumo do ‘combustível verde’, com efeito direto na elevação do preço da cana, haja vista que o hidratado é um componente importante na composição do valor da cana”, diz Lima. O governo mineiro reduziu a cobrança do ICMS sobre o hidratado de 25% para 12% e ainda taxou a gasolina em 27%.
O dirigente finaliza lembrando que o governo federal enfim começa a fazer uma política de médio e longo prazo para o setor sucroenergético, com o aumento do anidro na gasolina, mas, sobretudo com a volta da Cide sobre a gasolina, o que traz de volta uma concorrência justa com o etanol nos postos de combustíveis, assim, aumenta-se o consumo e a produção de etanol hidratado, gerando efeitos na melhora do preço da cana. “O retorno da Cide já começa a surtir efeitos no preço da cana, embora que ainda tímidos”, diz Lima. No entanto, o presidente da Unida pontua que para o setor canavieiro conseguir sair da atual crise é preciso que a presidente Dilma Rousseff cumpra imediatamente a Lei 12.999/14, que concede a subvenção de R$ 12 por tonelada de cana, produzida e fornecida no NE.
A autorização do governo federal em aumentar de 25% para 27% a mistura do álcool anidro na gasolina é positiva, pois provocará a elevação de 9% na produção do anidro brasileiro.
Contudo, tal incremento é bom, neste momento, só para as usinas do Centro-Sul brasileiro, pois lá a safra inicia, enquanto acaba no NE. Todavia, a elevação do anidro não trará nenhum resultado rápido para o setor dos produtores de cana-de-açúcar nordestinos e de todo o Brasil. Mas, a iniciativa governamental é bem-vista pelo segmento, conforme avalia a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida). Pois, na opinião do presidente da entidade, Alexandre Andrade Lima, o aumento da produção de anidro, associado a outros fatores, pode contribuir na elevação do preço da cana em safras futuras.
“Devido à medida governamental, mais cana será destinada à produção de anidro pelas usinas, logo, menos cana será destinada para fabricação de açúcar, implicando na redução gradual do fornecimento de açúcar no mercado externo, promovendo processualmente o aumento do valor do açúcar, já que o País exporta 50% da produção mundial do commodities”, explica Lima.
O açúcar, o anidro e o álcool hidratado, que compõem o mix das usinas, são os produtos responsáveis pela formação do preço da cana. Assim, mais anidro produzido, associado à produção e ao preço dos outros mix, impactará no valor da cana a médio e longo prazo. Logo, o efeito da maior produção de anidro na formação do preço da cana pode começar a ser sentido na outra safra, mas ainda sem grandes margens.
Lima aproveita para defender a redução do ICMS para o etanol hidratado pelos governos estaduais, assim como já fez Minas Gerais, a fim de contribuir na competitividade do etanol frente à gasolina, o que visa baixar o preço do etanol hidratado para o consumidor e incentivar o combustível renovável. “A ação traria um impacto direto no aumento do consumo do ‘combustível verde’, com efeito direto na elevação do preço da cana, haja vista que o hidratado é um componente importante na composição do valor da cana”, diz Lima. O governo mineiro reduziu a cobrança do ICMS sobre o hidratado de 25% para 12% e ainda taxou a gasolina em 27%.
O dirigente finaliza lembrando que o governo federal enfim começa a fazer uma política de médio e longo prazo para o setor sucroenergético, com o aumento do anidro na gasolina, mas, sobretudo com a volta da Cide sobre a gasolina, o que traz de volta uma concorrência justa com o etanol nos postos de combustíveis, assim, aumenta-se o consumo e a produção de etanol hidratado, gerando efeitos na melhora do preço da cana.
“O retorno da Cide já começa a surtir efeitos no preço da cana, embora que ainda tímidos”, diz Lima. No entanto, o presidente da Unida pontua que para o setor canavieiro conseguir sair da atual crise é preciso que a presidente Dilma Rousseff cumpra imediatamente a Lei 12.999/14, que concede a subvenção de R$ 12 por tonelada de cana, produzida e fornecida no NE.