Usinas registram aumento de 15%, em agosto, nas impurezas minerais

03/10/2017 Cana-de-Açúcar POR: Agência Udop de Notícias
As usinas da região Centro-Sul do Brasil registraram um aumento de 15% no índice de impurezas minerais no último mês de agosto, quando comparado ao mês anterior. Segundo analistas ouvidos pela Agência UDOP de Notícias, este aumento foi provocado, principalmente, pelas chuvas que foram registradas na última quinzena daquele mês. "Porém, o índice ainda continua abaixo de 1%, valor aceitável para os meses mais secos do ano, e praticamente igual ao indicador dos anos anteriores", destacou Valmir Barbosa, Gerente Agrícola do Grupo Virgolino de Oliveira.
Os dados sobre a incidência de impureza mineral foram retirados da Pesquisa Agrícola e CCT/CTT Mensal que a UDOP realiza todos os meses junto a cerca de 25 usinas de várias regiões do País. A pesquisa é gratuita, para sócias e não sócias da entidade que queiram participar. 
Ainda segundo os dados apurados pela pesquisa, e analisados pelo Gerente Agrícola da VO, "no ano de 2017 o índice de impureza mineral até maio seguiu a tendência histórica, principalmente pelas chuvas regulares, registrando índices iguais ou até mais elevados que 2015 e 2016. Em junho e julho, tivemos um clima mais seco que a média histórica, o que fez o indicador ficar abaixo que os dois últimos anos", afirmou.
Barbosa destaca ainda que a colheita de cana para a indústria é mais do que recolher a cana e colocar na carreta. "A rigor, o processo é colher e limpar, sem perder e preservando a soqueira. Sendo que cana limpa é cana sem terra e sem palha, seja palha de cana ou mato. Respectivamente, impureza mineral e impureza vegetal".
A máxima dos anos 1950 do extinto IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), ainda segundo o gerente da VO, de que "Cana madura, fresca e limpa, é a cana ideal para a indústria", é ainda muito atual. "A moagem de canafresca, pela evolução da colheita crua, sem queima, proporcionou grandes melhorias nas eficiências e rendimentos industriais. Tendo sido justamente esse um dos motivos iniciais dos trabalhos de desenvolvimento da colheita crua ainda nos anos 1980", destacou.
Segundo Valmir Barbosa, a impureza mineral implica em prejuízos na indústria por provocar desgaste dos equipamentos por abrasão, trazer microrganismos que degradam o açúcar e produzem substâncias prejudiciais, sobrecarregam os equipamentos de tratamento do caldo, demandam aumentos dos volumes de água e arraste de açúcar e, ao final, demandam separação e transporte de volta ao campo. 
"A redução da impureza mineral depende de diversos fatores, entre os quais o preparo do terreno, a colheitabilidade da cana, a umidade do solo, a umidade da palha, a tecnologia das máquinas e as habilidades dos operadores. As médias do histórico dos últimos anos no Centro-Sul, não mostram redução da impureza mineral na cana colhida. Sabe-se que a ocorrência de chuvas tem sido o principal fator. Mesmo que as chuvas sejam em pequenos volumes, pois basta a cana ou a palha estar molhada para agregar a terra. Porém, de modo geral, os números dos últimos anos não mostram tendência de redução da impureza mineral, possivelmente por não ter ocorrido mudança suficiente em tecnologia ou de preparo do canavial ou dos operadores. Ou tenha atingido um nível suficiente dentro do contexto de prioridades", finaliza o gerente agrícola.
As usinas da região Centro-Sul do Brasil registraram um aumento de 15% no índice de impurezas minerais no último mês de agosto, quando comparado ao mês anterior. Segundo analistas ouvidos pela Agência UDOP de Notícias, este aumento foi provocado, principalmente, pelas chuvas que foram registradas na última quinzena daquele mês. "Porém, o índice ainda continua abaixo de 1%, valor aceitável para os meses mais secos do ano, e praticamente igual ao indicador dos anos anteriores", destacou Valmir Barbosa, Gerente Agrícola do Grupo Virgolino de Oliveira.
Os dados sobre a incidência de impureza mineral foram retirados da Pesquisa Agrícola e CCT/CTT Mensal que a UDOP realiza todos os meses junto a cerca de 25 usinas de várias regiões do País. A pesquisa é gratuita, para sócias e não sócias da entidade que queiram participar. 
Ainda segundo os dados apurados pela pesquisa, e analisados pelo Gerente Agrícola da VO, "no ano de 2017 o índice de impureza mineral até maio seguiu a tendência histórica, principalmente pelas chuvas regulares, registrando índices iguais ou até mais elevados que 2015 e 2016. Em junho e julho, tivemos um clima mais seco que a média histórica, o que fez o indicador ficar abaixo que os dois últimos anos", afirmou.
Barbosa destaca ainda que a colheita de cana para a indústria é mais do que recolher a cana e colocar na carreta. "A rigor, o processo é colher e limpar, sem perder e preservando a soqueira. Sendo que cana limpa é cana sem terra e sem palha, seja palha de cana ou mato. Respectivamente, impureza mineral e impureza vegetal".
A máxima dos anos 1950 do extinto IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), ainda segundo o gerente da VO, de que "Cana madura, fresca e limpa, é a cana ideal para a indústria", é ainda muito atual. "A moagem de canafresca, pela evolução da colheita crua, sem queima, proporcionou grandes melhorias nas eficiências e rendimentos industriais. Tendo sido justamente esse um dos motivos iniciais dos trabalhos de desenvolvimento da colheita crua ainda nos anos 1980", destacou.
Segundo Valmir Barbosa, a impureza mineral implica em prejuízos na indústria por provocar desgaste dos equipamentos por abrasão, trazer microrganismos que degradam o açúcar e produzem substâncias prejudiciais, sobrecarregam os equipamentos de tratamento do caldo, demandam aumentos dos volumes de água e arraste de açúcar e, ao final, demandam separação e transporte de volta ao campo. 
"A redução da impureza mineral depende de diversos fatores, entre os quais o preparo do terreno, a colheitabilidade da cana, a umidade do solo, a umidade da palha, a tecnologia das máquinas e as habilidades dos operadores. As médias do histórico dos últimos anos no Centro-Sul, não mostram redução da impureza mineral na cana colhida. Sabe-se que a ocorrência de chuvas tem sido o principal fator. Mesmo que as chuvas sejam em pequenos volumes, pois basta a cana ou a palha estar molhada para agregar a terra. Porém, de modo geral, os números dos últimos anos não mostram tendência de redução da impureza mineral, possivelmente por não ter ocorrido mudança suficiente em tecnologia ou de preparo do canavial ou dos operadores. Ou tenha atingido um nível suficiente dentro do contexto de prioridades", finaliza o gerente agrícola.