Valtra quer aumentar market share no segmento de colhedora de cana

09/05/2016 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros – Edição 118
A AGCO abriu as portas de sua unidade, em Ribeirão Preto-SP, onde é produzida a nova colhedora de cana BE 1035e da Valtra, marca pertencente ao grupo, recentemente, para mostrar à imprensa as novas instalações da planta, que recebeu investimentos de R$ 100 milhões, desde 2012, quando a multinacional a adquiriu da Santal.
Ao dar as boas-vindas aos jornalistas, Henrique Dalla Corte, vice-presidente de operações da empresa, afirmou que a fábrica recebeu grandes aportes em tecnologia visando agregar valor ao negócio, aumentar a sua capacidade na linha de solução, além de trazer mais confiabilidade e qualidade para seus produtos, entre eles, a colhedora de cana BE1035e lançada ao mercado em 2015 durante a Agrishow.
A BE 1035e é a primeira máquina fabricada na unidade da AGCO de Ribeirão Preto-SP, que tem capacidade instalada de produção anual de até 240 máquinas, com o uso de um turno de operação. O equipamento é pioneiro na adoção do avançado sistema de telemetria desenvolvido pelo grupo e único no mercado, que tem como base três pilares: correção, prevenção e otimização, possibilitando à Valtra verificar a forma como a máquina está sendo usada e orientar o operador como utilizá-la da maneira mais adequada, além de indicar e orientar quanto às manutenções preventivas.
A colhedora é equipada com o motor AGCO Power 9.8L de 350cv, que fornece respostas à altura das exigências de uma colheita de alta performance com baixos níveis de consumo e maior vida útil, resultado do melhor ajuste da sua relação torque/rpm, possibilitando um trabalho de altíssima qualidade em todo tipo de canavial.
“O ano passado para nós não foi de venda, embora tenha ocorrido alguma, mas sim para apresentar a colhedora e consolidar o equipamento. Nós lançamos um lote de máquinas e colocamos para trabalhar em alguns clientes parceiros para mostrar sua capacidade”, ressaltou Marco Antônio Gobesso, gerente de marketing de equipamentos de cana-de-açúcar da AGCO, pontuando que 2016 sim será um ano de crescimento.
“Começamos a fabricar as máquinas em escala no final de 2015 e já estamos entregando as colhedoras que serão usadas nesta safra. A meta para este primeiro semestre é ter 40 colhedoras trabalhando nas lavouras canavieiras”, afirmou o gerente.
“Nosso objetivo é encerrar este ano com um significativo crescimento na participação do mercado doméstico de colhedoras de cana e não parar por aí. Queremos continuar crescendo nos próximos anos. A unidade fabril da AGCO em Ribeirão Preto recebeu os investimentos necessários para suportar este crescimento e também para atender demandas futuras do mercado externo.
Já estamos buscando alternativas com testes de colhedoras na Índia, Tailândia,
África e também em países das Américas do Sul e Central”, explicou, contando que técnicos desses locais já participaram de treinamentos na fábrica.
Falando sobre mercado, o executivo ressaltou que mesmo no atual cenário da indústria canavieira há necessidade de renovação de frota devido a curta vida útil das máquinas, já que a colheita é uma atividade que exige muito do equipamento. Segundo ele, após cinco a seis anos de uso, operando até três mil horas safra, a máquina vira sucata.
Para o profissional, a perspectiva nacional de vendas de colhedoras deverá ser igual a de 2015, quando foram comercializadas cerca de 700 máquinas.
“Para nós, o crescimento relacionado à necessidade da mecanização, o boon de vendas, já aconteceu em 2013 para 2014, este foi o maior pico de investimento.
Nós não acreditamos que o Protocolo Nacional, que prevê o fim das queimadas até 2017, vá provocar o mesmo volume que o Protocolo de São Paulo provocou porque os níveis de mecanização já estão próximos de 100%”, destacou afirmando que a empresa quer crescer a participação neste mercado, passando de 3 a 4%, para 5% seu share. “A Valtra tem a proposta de ganhar share gradual ao longo dos próximos cinco anos, por isso investiu na fábrica e nos produtos”, reforçou.
Para Denis Oliveira, gerente de manufatura da Valtra, um dos guias para mostrar a unidade aos jornalistas durante a visita, entre os investimentos feitos recentemente na fábrica, o destaque é a cabine de teste. “É a maior que a gente tem hoje no país, para efeito de colhedoras de cana. Aqui são testados 102 itens de inspeção, todos eles controláveis e objetivos, portanto, temos dentro dessa cabine medidores de oscilação, medidores de operação, de ruído, que possibilita o teste de toda a máquina”, explicou. 
Ele ressaltou ainda o padrão mundial benchmarking aplicado na fábrica, inclusive na cabine de teste, citando o sistema de verificação de selagem das cabines das colhedoras. “Temos um sistema de ultravioleta que monitora a estanqueidade de todo o sistema hidráulico da máquina e o pós-venda dessa nova colhedora de cana começa aqui mesmo na fábrica, com a garantia da reposição de peças para as concessionárias e no monitoramento de todas as colhedoras de cana produzidas em Ribeirão Preto”, conclui.
A simplicidade da operação da máquina foi destacada por José Renato Donato, responsável pelo marketing do produto, que na ocasião, mostrou à imprensa toda a sua funcionalidade.
As soluções de eletrônica desenvolvidas para essa máquina mudaram, por completo, os processos da colheita, tornando-os mais eficazes, explicou ele, mostrou o novo sistema de telemetria que permite o monitoramento da máquina em tempo real, quer seja da fábrica, da concessionária Valtra ou até mesmo do cliente.
A empresa oferece uma solução completa para o setor sucroenergético, lembra Gobesso. Além da colhedora de cana, tem também equipamentos para o plantio, carregamento e transporte e cogeração de energia. “A unidade de Ribeirão Preto quando se soma ao portfólio da AGCO, mais especificamente da Valtra, faz com que a AGCO passe a oferecer uma solução completa para o nosso produtor”, disse ele, informando que a linha de produtos Valtra inclui tratores de 50 a 375 cavalos, colheitadeiras, colhedoras, implementos e pulverizadores. No Brasil desde 1960, a empresa conta hoje com uma rede de mais de 160 pontos de venda e assistência técnica no país, além de 13 distribuidores nos demais países da América Latina.
No sentido de contribuir com o segmento canavieiro, o gerente citou ainda que a AGCO, em parceria com o SENAI-SP, inaugurou no ano passado, durante a Agrishow, a Escola Móvel de Manutenção de Colhedoras de Cana.
Resultado de um investimento de R$ 3,5 milhões, sendo R$ 2 milhões do SENAI-
-SP e R$ 1,5 milhão do Grupo AGCO.
A oficina itinerante foi customizada em duas carretas conjugadas que, juntas, totalizam uma área de 180 m², dividida em laboratórios, salas de aula e kits didáticos, que possibilitam a capacitação profissional permitindo o treinamento em cada conjunto do maquinário.
A AGCO abriu as portas de sua unidade, em Ribeirão Preto-SP, onde é produzida a nova colhedora de cana BE 1035e da Valtra, marca pertencente ao grupo, recentemente, para mostrar à imprensa as novas instalações da planta, que recebeu investimentos de R$ 100 milhões, desde 2012, quando a multinacional a adquiriu da Santal.
Ao dar as boas-vindas aos jornalistas, Henrique Dalla Corte, vice-presidente de operações da empresa, afirmou que a fábrica recebeu grandes aportes em tecnologia visando agregar valor ao negócio, aumentar a sua capacidade na linha de solução, além de trazer mais confiabilidade e qualidade para seus produtos, entre eles, a colhedora de cana BE1035e lançada ao mercado em 2015 durante a Agrishow.
A BE 1035e é a primeira máquina fabricada na unidade da AGCO de Ribeirão Preto-SP, que tem capacidade instalada de produção anual de até 240 máquinas, com o uso de um turno de operação. O equipamento é pioneiro na adoção do avançado sistema de telemetria desenvolvido pelo grupo e único no mercado, que tem como base três pilares: correção, prevenção e otimização, possibilitando à Valtra verificar a forma como a máquina está sendo usada e orientar o operador como utilizá-la da maneira mais adequada, além de indicar e orientar quanto às manutenções preventivas.
A colhedora é equipada com o motor AGCO Power 9.8L de 350cv, que fornece respostas à altura das exigências de uma colheita de alta performance com baixos níveis de consumo e maior vida útil, resultado do melhor ajuste da sua relação torque/rpm, possibilitando um trabalho de altíssima qualidade em todo tipo de canavial.
“O ano passado para nós não foi de venda, embora tenha ocorrido alguma, mas sim para apresentar a colhedora e consolidar o equipamento. Nós lançamos um lote de máquinas e colocamos para trabalhar em alguns clientes parceiros para mostrar sua capacidade”, ressaltou Marco Antônio Gobesso, gerente de marketing de equipamentos de cana-de-açúcar da AGCO, pontuando que 2016 sim será um ano de crescimento.
“Começamos a fabricar as máquinas em escala no final de 2015 e já estamos entregando as colhedoras que serão usadas nesta safra. A meta para este primeiro semestre é ter 40 colhedoras trabalhando nas lavouras canavieiras”, afirmou o gerente.
“Nosso objetivo é encerrar este ano com um significativo crescimento na participação do mercado doméstico de colhedoras de cana e não parar por aí. Queremos continuar crescendo nos próximos anos. A unidade fabril da AGCO em Ribeirão Preto recebeu os investimentos necessários para suportar este crescimento e também para atender demandas futuras do mercado externo.
Já estamos buscando alternativas com testes de colhedoras na Índia, Tailândia,
África e também em países das Américas do Sul e Central”, explicou, contando que técnicos desses locais já participaram de treinamentos na fábrica.
Falando sobre mercado, o executivo ressaltou que mesmo no atual cenário da indústria canavieira há necessidade de renovação de frota devido a curta vida útil das máquinas, já que a colheita é uma atividade que exige muito do equipamento. Segundo ele, após cinco a seis anos de uso, operando até três mil horas safra, a máquina vira sucata.
Para o profissional, a perspectiva nacional de vendas de colhedoras deverá ser igual a de 2015, quando foram comercializadas cerca de 700 máquinas.
“Para nós, o crescimento relacionado à necessidade da mecanização, o boon de vendas, já aconteceu em 2013 para 2014, este foi o maior pico de investimento.
Nós não acreditamos que o Protocolo Nacional, que prevê o fim das queimadas até 2017, vá provocar o mesmo volume que o Protocolo de São Paulo provocou porque os níveis de mecanização já estão próximos de 100%”, destacou afirmando que a empresa quer crescer a participação neste mercado, passando de 3 a 4%, para 5% seu share. “A Valtra tem a proposta de ganhar share gradual ao longo dos próximos cinco anos, por isso investiu na fábrica e nos produtos”, reforçou.
Para Denis Oliveira, gerente de manufatura da Valtra, um dos guias para mostrar a unidade aos jornalistas durante a visita, entre os investimentos feitos recentemente na fábrica, o destaque é a cabine de teste. “É a maior que a gente tem hoje no país, para efeito de colhedoras de cana. Aqui são testados 102 itens de inspeção, todos eles controláveis e objetivos, portanto, temos dentro dessa cabine medidores de oscilação, medidores de operação, de ruído, que possibilita o teste de toda a máquina”, explicou. 
Ele ressaltou ainda o padrão mundial benchmarking aplicado na fábrica, inclusive na cabine de teste, citando o sistema de verificação de selagem das cabines das colhedoras. “Temos um sistema de ultravioleta que monitora a estanqueidade de todo o sistema hidráulico da máquina e o pós-venda dessa nova colhedora de cana começa aqui mesmo na fábrica, com a garantia da reposição de peças para as concessionárias e no monitoramento de todas as colhedoras de cana produzidas em Ribeirão Preto”, conclui.
A simplicidade da operação da máquina foi destacada por José Renato Donato, responsável pelo marketing do produto, que na ocasião, mostrou à imprensa toda a sua funcionalidade.
As soluções de eletrônica desenvolvidas para essa máquina mudaram, por completo, os processos da colheita, tornando-os mais eficazes, explicou ele, mostrou o novo sistema de telemetria que permite o monitoramento da máquina em tempo real, quer seja da fábrica, da concessionária Valtra ou até mesmo do cliente.
A empresa oferece uma solução completa para o setor sucroenergético, lembra Gobesso. Além da colhedora de cana, tem também equipamentos para o plantio, carregamento e transporte e cogeração de energia. “A unidade de Ribeirão Preto quando se soma ao portfólio da AGCO, mais especificamente da Valtra, faz com que a AGCO passe a oferecer uma solução completa para o nosso produtor”, disse ele, informando que a linha de produtos Valtra inclui tratores de 50 a 375 cavalos, colheitadeiras, colhedoras, implementos e pulverizadores. No Brasil desde 1960, a empresa conta hoje com uma rede de mais de 160 pontos de venda e assistência técnica no país, além de 13 distribuidores nos demais países da América Latina.
No sentido de contribuir com o segmento canavieiro, o gerente citou ainda que a AGCO, em parceria com o SENAI-SP, inaugurou no ano passado, durante a Agrishow, a Escola Móvel de Manutenção de Colhedoras de Cana.
Resultado de um investimento de R$ 3,5 milhões, sendo R$ 2 milhões do SENAI-
-SP e R$ 1,5 milhão do Grupo AGCO.
A oficina itinerante foi customizada em duas carretas conjugadas que, juntas, totalizam uma área de 180 m², dividida em laboratórios, salas de aula e kits didáticos, que possibilitam a capacitação profissional permitindo o treinamento em cada conjunto do maquinário.