A Vanguarda Agro, uma das principais produtoras de grãos e fibras do país, encerrou o primeiro trimestre de 2016 com um lucro líquido de R$ 2,94 milhões, uma melhora no resultado em relação ao mesmo período do ano passado, quando a empresa contabilizou prejuízo de R$ 1,3 milhão.
Na avaliação de Arlindo Moura, CEO da Vanguarda, o bom desempenho reflete não apenas o processo de busca por elevação da produtividade iniciado há cerca de três anos, mas também o esforço de redução de custos. As despesas gerais e administrativas caíram 14,5% no trimestre finalizado em 31 de março. "Estamos diminuindo custos em todas as áreas, renegociando inclusive contratos de aluguel [de imóveis] e reduzindo viagens", disse o executivo.
Já a receita líquida da Vanguarda recuou 17% no período, para R$ 331,34 milhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 26,87 milhões, baixa de 63,7% em relação ao primeiro trimestre de 2015. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 8,1%, queda de 10,5 pontos percentuais, na mesma comparação.
A companhia destacou ainda que a geração de caixa operacional foi positiva em R$ 61,4 milhões, ante os R$ 6 milhões do primeiro trimestre de 2015. Esse montante derivou, basicamente, da melhora do capital de giro em função da redução na área plantada (devolução de arrendamento) e do maior faturamento de todas as culturas, em especial de milho e algodão.
A Vanguarda diminuiu sua dívida líquida, que somava R$ 816,18 milhões em 31 de março, 14,3% menos que no fim do quarto trimestre de 2015. Em torno de 45% da dívida é de curto prazo. A empresa tem trabalhado para alongar o prazo de pagamento dessa fatia do endividamento, e espera que a renegociação esteja concluída em 60 dias. "Mesmo tendo renegociado as parcelas de dezembro na ordem de US$ 29 milhões com os principais credores, a companhia manteve os saldos reclassificados no trimestre anterior no curto prazo, por conta da não observância dos covenants preexistentes nessas operações", detalhou a Vanguarda, no comunicado que acompanhou o balanço.
Do lado operacional, a empresa concluiu a colheita da safra 2015/16 de soja com uma produtividade média de 50 sacas por hectare, abaixo da estimativa anterior, de 53 sacas. O rendimento foi reduzido devido ao excesso de chuvas no fim da temporada em Mato Grosso, e da seca que prejudicou as lavouras da oleaginosa na Bahia.
Para a segunda safra (safrinha) de milho e de algodão, porém, a Vanguarda revisou para cima sua perspectiva de produtividade: de 116,7 para 117,2 sacas por hectare, e de 250 para 263 arrobas por hectare, respectivamente. As duas culturas estão em fase de desenvolvimento.
A próxima safra 2016/17, que começa a ser semeada em setembro, também já está no horizonte da Vanguarda. A empresa informou que pretende plantar 185 mil hectares, 8% abaixo dos 201,21 mil hectares do atual ciclo. O objetivo é concentrar os trabalhos em Mato Grosso, deixando as últimas áreas onde a empresa plantava na Bahia. "Já tínhamos saído do Piauí [na atual safra], e agora da Bahia. O foco é produzir bem em Mato Grosso e com a margem melhorando, a gente evolui", afirmou Cristiano Rodrigues, CFO da Vanguarda.
Rodrigues disse ainda que a nova safra deve apresentar custos menores que em 2015/16. A Vanguarda já adquiriu 90% dos fertilizantes para a soja, além de parte dos defensivos. De outro lado, vendeu 23% da soja e 5% do algodão que prevê colher em 2016/17. "Do milho que vamos começar a colher em junho, ainda temos 50% a vender, o que nos traz oportunidades de aproveitar os preços [altos] atuais", acrescentou.
A Vanguarda Agro, uma das principais produtoras de grãos e fibras do país, encerrou o primeiro trimestre de 2016 com um lucro líquido de R$ 2,94 milhões, uma melhora no resultado em relação ao mesmo período do ano passado, quando a empresa contabilizou prejuízo de R$ 1,3 milhão.
Na avaliação de Arlindo Moura, CEO da Vanguarda, o bom desempenho reflete não apenas o processo de busca por elevação da produtividade iniciado há cerca de três anos, mas também o esforço de redução de custos. As despesas gerais e administrativas caíram 14,5% no trimestre finalizado em 31 de março. "Estamos diminuindo custos em todas as áreas, renegociando inclusive contratos de aluguel [de imóveis] e reduzindo viagens", disse o executivo.
Já a receita líquida da Vanguarda recuou 17% no período, para R$ 331,34 milhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 26,87 milhões, baixa de 63,7% em relação ao primeiro trimestre de 2015. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 8,1%, queda de 10,5 pontos percentuais, na mesma comparação.
A companhia destacou ainda que a geração de caixa operacional foi positiva em R$ 61,4 milhões, ante os R$ 6 milhões do primeiro trimestre de 2015. Esse montante derivou, basicamente, da melhora do capital de giro em função da redução na área plantada (devolução de arrendamento) e do maior faturamento de todas as culturas, em especial de milho e algodão.
A Vanguarda diminuiu sua dívida líquida, que somava R$ 816,18 milhões em 31 de março, 14,3% menos que no fim do quarto trimestre de 2015. Em torno de 45% da dívida é de curto prazo. A empresa tem trabalhado para alongar o prazo de pagamento dessa fatia do endividamento, e espera que a renegociação esteja concluída em 60 dias. "Mesmo tendo renegociado as parcelas de dezembro na ordem de US$ 29 milhões com os principais credores, a companhia manteve os saldos reclassificados no trimestre anterior no curto prazo, por conta da não observância dos covenants preexistentes nessas operações", detalhou a Vanguarda, no comunicado que acompanhou o balanço.
Do lado operacional, a empresa concluiu a colheita da safra 2015/16 de soja com uma produtividade média de 50 sacas por hectare, abaixo da estimativa anterior, de 53 sacas. O rendimento foi reduzido devido ao excesso de chuvas no fim da temporada em Mato Grosso, e da seca que prejudicou as lavouras da oleaginosa na Bahia.
Para a segunda safra (safrinha) de milho e de algodão, porém, a Vanguarda revisou para cima sua perspectiva de produtividade: de 116,7 para 117,2 sacas por hectare, e de 250 para 263 arrobas por hectare, respectivamente. As duas culturas estão em fase de desenvolvimento.
A próxima safra 2016/17, que começa a ser semeada em setembro, também já está no horizonte da Vanguarda. A empresa informou que pretende plantar 185 mil hectares, 8% abaixo dos 201,21 mil hectares do atual ciclo. O objetivo é concentrar os trabalhos em Mato Grosso, deixando as últimas áreas onde a empresa plantava na Bahia. "Já tínhamos saído do Piauí [na atual safra], e agora da Bahia. O foco é produzir bem em Mato Grosso e com a margem melhorando, a gente evolui", afirmou Cristiano Rodrigues, CFO da Vanguarda.
Rodrigues disse ainda que a nova safra deve apresentar custos menores que em 2015/16. A Vanguarda já adquiriu 90% dos fertilizantes para a soja, além de parte dos defensivos. De outro lado, vendeu 23% da soja e 5% do algodão que prevê colher em 2016/17. "Do milho que vamos começar a colher em junho, ainda temos 50% a vender, o que nos traz oportunidades de aproveitar os preços [altos] atuais", acrescentou.