Variedades: ao gosto dos clientes

15/02/2016 Cana-de-Açúcar POR: Andréia Vital – Revista Canavieiros, edição 115
Ridesa lança 16 novas cultivares que contribuirão para a melhoria da produtividade, qualidade e lucratividade da cadeia canavieira..leia mais... 
O setor sucroenergético teve um bom motivo para comemorar, no dia 25 de novembro passado, quando foram liberadas 16 novas variedades de cana-de-açúcar. O lançamento das novas cultivares aconteceu durante o Encontro Nacional da RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), realizado em Ribeirão Preto-SP, que marcou também a comemoração dos 45 anos das Variedades RB e dos 25 anos da RIDESA.
Monalisa Sampaio Carneiro, doutora em genética e melhoramento de planta da UFSCar, abriu oficialmente o evento que contou com a presença de pesquisadores das dez universidades federais que fazem parte da Rede,  como de outras instituições, além da participação de importantes autoridades, como o professor da Universidade Federal do Goiás, Edward Madureira Brasil, atual secretário de Ciência e Tecnologia Para Inclusão Social do Governo Federal; Oswaldo Baptista Duarte Filho, ex-reitor da UFSCar; Lourdes Souza Morais, diretora executiva da FAI UFSCar; Antonio Cesar Salibe, presidente da UDOP; José Paulo Stupiello, presidente da STAB Nacional, entre outros. Na ocasião, foram homenageados pesquisadores que participaram do desenvolvimento das variedades de cana-de-açúcar. 
Targino de Araújo Filho, prof. dr. e reitor da Universidade Federal de São Carlos, afirmou que o programa da RIDESA é o modelo de inovação mais eficiente do país, que se consolidou ao longo das últimas duas décadas e meia, quando foi criado. Araújo Filho representou o presidente da RIDESA, o prof. Dr. Zaki Akel Sobrinho, na oportunidade. O professor salientou ainda que o programa dará o título ao Brasil de detentor da melhor tecnologia para a produção de cana-de-açúcar global.
Ao explanar, o coordenador geral da RIDESA e coordenador do Programa de Melhoramento da Cana-de-Açúcar na UFPR (Universidade Federal do Paraná),
Edelclaiton Daros, lembrou a trajetória da pesquisa de melhoramento e o trabalho das universidades na busca dos melhores materiais para o produtor. Daros afirmou ainda que a RIDESA comemora as suas bodas de prata marcando a história do setor. “Hoje a Rede possui o mais abrangente e eficiente programa de melhoramento de cana-de-açúcar do mundo”, afirmou, explicando que a academia prima pela competência, sua interação com a comunidade, com a competitividade e com o seu compromisso com o país, para dar segurança ao setor canavieiro.
Emocionado, fez um agradecimento ao setor sucroenergético pela parceria ao longo dos 25 anos. “Nestas variedades estão mais do que o nosso trabalho e empenho, está a nossa alma”, disse, completando “Ficamos cinco anos de stand by para escolhermos bem as variedades a serem lançadas”, conta o pesquisador, explicando que a última liberação de variedades da Rede foi em 2010.
Anfitrião do evento, Hermann Hoffmann, coordenador do PMGCA (Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) afirmou que os novos materiais são muito competitivos e resistentes às principais doenças da cultura. Das 16 novas espécies liberadas, quatro são da UFSCar, “sendo uma precoce para solo fértil que até o momento não existia no mercado; outra para meio de safra, muito produtiva e dois materiais tardios, um tardio para solo fraco e outro para solo fértil”, explicou Hoffmann, afirmando que as novas cultivares são resistentes a doenças e fruto de um intenso trabalho de pesquisa realizado nos últimos 18 anos. 
“As novas liberações têm condições de contribuir para aumentar a produtividade do setor sucroenergético. Os materiais já foram multiplicados pelas usinas conveniadas ao programa em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, e apresentaram grande potencial. Inclusive a RB975201 já está entre as 10 variedades mais plantadas em Mato Grosso”, contou o pesquisador, lembrando que a lavoura comercial apontará como serão os resultados comerciais.
A criação da Ridesa
A importância do programa de melhoramento para o desenvolvimento do setor sucroenergético foi destacada durante palestra do prof. dr. da Universidade de Alagoas, Geraldo Veríssimo de Souza Barbosa. “O rendimento médio de ATR tem aumentado na razão de 155,7 kg/ha nas últimas quatro décadas, o que representou um ganho de 4% ao ano, sendo que metade desse ganho se deve ao melhoramento. Acréscimo de 700,65 milhões de ton.de ATR devido à substituição contínua de variedades. Um ganho de R$ 350 milhões na safra 2014/2015”, contabilizou o professor.
A história da RIDESA, desde sua criação em 1991, até os dias atuais, foi destaque em sua palestra. De acordo com Barbosa, a RIDESA nasceu após a extinção do IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), órgão do Ministério da Indústria e Comércio e do PLANALSUCAR (Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar), que foi criado em 1971, tendo como escopo a melhoria dos rendimentos da cultura, tanto no campo, como na indústria
A partir de 1988 foi estabelecido um novo cenário para a política econômica, encerrando-se os programas de subsídios para os combustíveis, dentre eles o PROALCOOL. Com o encerramento do IAA e do PLANALSUCAR, em 1990, as unidades foram incorporadas por cinco universidades, que criaram a RIDESA. A sigla RB continuou a ser usada para identificar seus cultivares. A parceria público-privada já existia desde o PLANALSUCAR, porém foi mantida e aperfeiçoada pela RIDESA, e neste segundo momento o custeio das pesquisas passou a ser financiado pelas usinas, destilarias e fornecedores de cana.
Atualmente, as universidades que abrigam os programas são as seguintes: UFAL (Universidade Federal do Alagoas); UFG (Universidade Federal de Goiás); UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); UFPR (Universidade Federal do Paraná); UFPI (Universidade Federal do Piauí); UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco); UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); UFSCar (Universidade Federal de São Carlos; UFS (Universidade Federal de Sergipe) e UFV (Universidade Federal de Viçosa). Há ainda 314 empresas parceiras, 79 bases de pesquisa e duas estações para cruzamento.
4 cultivares de RB disponíveis
Em 45 anos de pesquisa em cana-de--açúcar foram produzidas 94 variedades RB, sendo 19 cultivares liberadas durante o PLANALSUCAR; 35 variedades lançadas durante a transição PLANALSUCAR/RIDESA e 40 produzidas durante os 25 anos de RIDESA, incluindo as 16 lançadas em 2015.
Entre elas, Barbosa citou a RB867515, a variedade mais plantada no Brasil. Lançada oficialmente em dezembro de 1997, pela Universidade Federal de Viçosa, se expandindo a partir de 2000, atingiu em 2015 cerca de 25% da área total cultivada com cana. O seu sucesso é devido, principalmente, por permitir a expansão da área de cultivo em solos de baixa fertilidade, arenosos e com restrições hídricas onde outras variedades não têm apresentado o mesmo desempenho que ela. Mas a história não para aqui e novos cultivares devem ser liberados a partir de 2016. “Temos também um olhar para o futuro e a cana energia já vem sendo desenvolvida na última década pela RIDESA e irá contribuir para a solução energética do Brasil”, afirmou.
Estima-se que sejam necessários investimentos na ordem de 50 milhões de dólares para desenvolvimento de uma variedade de cana. Atualmente, o custo de uma cultiva dessa cultura, como percentagem do custo de produção, é bem inferior ao de outras. Esse custo tem variado em torno de 1 a 6 dólares por hectare, o que representa menos de 0,3% do custo de produção.
As cultivares RB ocupavam 5% da área cultivada com cana no Brasil na safra 1990/1991, e hoje, com a evolução do plantio de variedades, representaram até a safra 2014/2015, 68% da área cultivada no país.
Variedade é o grande alicerce do setor 9
“A boa casa é aquela que está em cima do bom alicerce e eu acho que a variedade é o grande alicerce do setor porque tudo parte da cana, sem ela nada
é feito”, ressaltou Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana, ao participar do evento. Ortolan esclareceu que os programas de melhoramento dispõem de variedades que têm proporcionado ganhos significativos, tanto de produção agrícola, como de rendimentos de açúcar por hectare.
“A atuação dos programas de melhoramento é muito importante e o lançamento de novas espécies é essencial para a renovação do canavial ao longo do tempo, já que algumas variedades precisam ser substituídas. O número maior de variedades nos dá mais segurança, pois é possível diversificar o plantio com número maior de variedades em uma menor área, evitando assim, prejuízo expressivo caso tenha problema com uma dessas cultivares”, explicou.
Para Marcos Guimarães de Andrade Landell, diretor do Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico), que na ocasião, representou o secretário de estado da Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, o evento de lançamento das novas espécies é um sinal de vitalidade do setor sucroenergético.
“O Brasil tem grandes programas de melhoramento genético da cana, que nestas últimas décadas têm sustentado a agroindústria canavieira do país e contribuído para o aumento da produtividade.
A RIDESA é um modelo de eficiência nesta questão”, afirmou, comentando que, normalmente nas estruturas públicas, é necessário ter pessoas comprometidas e apaixonadas pelo que faz, a exemplo da equipe da Rede, para que resultados sejam positivos.
“O programa tem sido realmente uma inspiração para nós, do IAC. Quando redesenhamos o nosso programa, há pouco mais de 20 anos, nós olhamos para eles, como estavam se estruturando naquela ocasião, reagindo às ameaças que sofreram com a extinção do PLANALSUCAR e do IAA e isso foi muito importante e de certa forma, indicou um caminho de captação de recursos privados através do modelo público/privado e o programa de Cana IAC seguiu mais ou menos este caminho. Então, eu fico muito feliz de ver este trabalho hoje sendo apresentado”, afirmou, contando que nos últimos 10 anos, o IAC lançou 22 variedades. 
Landell frisou ainda que a ocasião serve para refletir também. “O setor tem que celebrar e fazer uma reflexão sobre o que esse momento significa e entender que se tratam de tecnologias que são geradas e demoram de 15 a 20 anos para serem liberadas. Não é uma coisa imediata. Precisa de investimento de longo prazo e hoje, quem sustenta isso efetivamente é o próprio setor, muito mais do que uma ação pública, de Governo. Quem acaba movendo essa roda é o setor, com a sua própria demanda, que é o que inspira as ações dessas instituições públicas”, concluiu. A relevância do lançamento também foi pontuada pelo presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo.
“A indústria sucroenergética depende de cana e de variedades com mais qualidade, mais resistentes à praga, à mecanização, que é muito importante para nós hoje. Com novas cultivares, nós vamos vencer esta fase, pois tem que ter produção de açúcar no campo por que daí para frente a usina faz, o difícil é nós produzirmos no campo”, esclareceu, apontando um novo tempo para o setor sucroenergético com a valorização dos produtos da cana.
“Eu acho que os preços estão chegando agora onde já deviam estar há dois anos, mas as usinas não recuperam tudo porque a safra já está no fim e com mais um agravante. Nós já tivemos problema com a falta de chuva, hoje nós estamos com problema com muita chuva, então tudo isso traz um transtorno, mas um transtorno que para frente pode melhorar, então eu acho que este resultado nós poderemos ver no próximo ciclo”.
Safra em Pernambuco deverá ser 20% menor do que o ciclo passado Safra em Pernambuco deverá ser 20% menor do que o ciclo passado
De acordo com Djalma Euzébio Simões Neto, presidente da STAB Setentrional e coordenador do programa da RIDESA na UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), a safra no Nordeste mais uma vez enfrentou o déficit hídrico e deve terminar menor do que o ciclo passado. “Enfrentamos muita seca nos últimos anos e este ano não foi diferente, o canavial sentiu muito, então acredito que os estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba terão uma redução expressiva na safra”, afirmou, explicando que em Pernambuco a safra deverá ser cerca de 20% menor do que no ciclo anterior, quando a moagem foi de 15,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. 
“Mas é necessário conviver com estas intempéries e se investir mais, em novas tecnologias de irrigação e manejo, em áreas mais favoráveis às condições climáticas e se crescer verticalmente com novas variedades”, apontou ele, ressaltando a relevância das novas cultivares da RIDESA, das quais duas foram desenvolvidas pela UFRPE. “As 16 novas variedades são mais modernas, mais tolerantes e resistentes ao estresse hídrico, a ambientes mais desfavoráveis, a pragas e doenças. Cada uma tem suas características e qualidades específicas, sendo que algumas vão estar em vários Estados, outras em determinados Estados, com potencial para aquele tipo de ambiente, mas a gente espera ter dado um passo importante para melhorar a produtividade do setor e a condição do produtor”, alegou.
Simões Neto comentou ainda que a busca por mais produtividade dos canaviais
através de inovações vem se intensificando em Pernambuco e no norte de Alagoas que têm uma característica específica, que é a plantação da cana em encostas, acima dos 12% onde se pode mecanizar. “Os produtores estão desenvolvendo suas próprias máquinas e algumas já estão contribuindo e fazendo uma diferença, reduzindo os custos de colheita, sem usar mão de obra, mesmo nessas encostas”, contou ele frisando que a indústria de máquina não contemplou nenhum equipamento para atender à demanda daquela região.
As novas variedades RB As novas variedades RB Conheças as 16 variedades lançadas e as universidades que as desenvolveram:
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
RB961552
Tem alta produtividade agrícola, elevada massa foliar, excelente fechamento das entrelinhas; responsiva à fertirrigação e raro florescimento. Experimentação e recomendações para o Estado de Alagoas: Ambientes de produção e épocas de
colheita: Sequeiro: Novembro e dezembro; Irrigado: Novembro a fevereiro.
RB991536
Tem alta produtividade agrícola; alto teor de sacarose no meio de safra; raro florescimento. Experimentação e recomendações para o Estado de Alagoas: Ambientes de produção e épocas de colheita: Sequeiro: Outubro a dezembro; Irrigado: Outubro a fevereiro.
Universidade Federal de Goiás (UFG)
RB034045
Clone com rápido crescimento inicial e fechamento das entrelinhas; elevado perfilhamento e potencial produtivo e responsiva a melhoria ambiental; tolerante as principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e Recomendações para o Estado de Goiás: Ambientes A,B e C; Épocas de colheita: Junho a agosto.
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
RB036066
Clone com rápido crescimento inicial e alto perfilhamento. Elevado potencial produtivo e com ampla adaptabilidade e estabilidade da produção agrícola. Experimentação e recomendações para o Estado do Paraná: Ambientes de produção A, B,C e D; Épocas de colheita: Junho a setembro.
RB 036088
Elevada sanidade às principais doenças, elevada estabilidade da produção agrícola e ótima colheitabilidade. Experimentação e recomendações para o Estado do Paraná: Ambientes de produção A,B e C; Épocas de colheita: Setembro e outubro.
RB036091
Clone com rápido crescimento inicial e fechamento das entrelinhas, elevado perfilhamento e potencial produtivo e responsiva à melhoria ambiental; tolerante às principais doenças da cana--de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado do Paraná: Ambientes de produção A,B e C; Épocas de colheita: Junho a agosto. 
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
RB992506
Elevado potencial produtivo e com ampla adaptabilidade e estabilidade da produção agrícola; excelente comportamento em ambientes restritivos. Experimentação e recomendações para o Estado de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte: Ambientes de produção e épocas de colheita: Sequeiro: Outubro e novembro; Irrigado: Novembro a janeiro.
RB002754
Destaca-se pelo alto teor de sacarose; elevado potencial produtivo; colheita no início da safra. Experimentação e recomendações para o Estado de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte: Ambientes de produção e épocas de colheita: Sequeiro: Setembro e outubro; Irrigado: Novembro a janeiro.
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ
RB969017
Clone com rápido crescimento inicial e fechamento de entrelinhas, elevado perfilhamento e potencial produtivo e responsiva à melhoria ambiental; tolerante
às principais doenças da cana--de-açúcar. Experimentação e recomendações para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia: Ambientes de produção B, C e D; Épocas de colheita: Junho a setembro.
RB988503
Clone com bom fechamento das entrelinhas, elevado perfilhamento e alto potencial produtivo principalmente em socarias; tolerante às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia: Ambientes de produção B, C e D; Épocas de colheita: Junho a setembro.
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
RB975201
Tem alta velocidade de crescimento e elevada produtividade; ausência de florescimento e isoporização e resistente às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Agosto a novembro. 
RB975242
Material rústico, com alta produtividade; ausência de florescimento e isoporização; resistente às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção C e D; Épocas de colheita: Agosto a novembro.
RB975952  Material precoce, com elevado teor de sacarose e alta produtividade; florescimento difícil e pouca isoporização; resistente às principais doenças da cana-de-açúcar; Experimentação e recomendaçõespara o Estado de São Paulo:
Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Abril a julho. 
RB985476
Tem alta produtividade e elevado teor de sacarose no meio de safra; elevada estabilidade de produção; resistente às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B, C e D; Épocas de colheita: Julho a setembro. 
Universidade Federal de Viçosa - UFV
RB987935
Tem médio teor de sacarose, alta produtividade agrícola; excelente brotação em colheita mecanizada, elevado perfilhamento, com ótimo fechamento das entrelinhas; tolerante às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Julho a setembro.
RB988082
Tem médio teor de sacarose e alta produtividade agrícola, excelente sanidade, responsiva ao maturador e com ampla adaptabilidade e estabilidade; tolerante às principais doenças da cana--de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Junho a setembro.
O setor sucroenergético teve um bom motivo para comemorar, no dia 25 de novembro passado, quando foram liberadas 16 novas variedades de cana-de-açúcar. O lançamento das novas cultivares aconteceu durante o Encontro Nacional da RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), realizado em Ribeirão Preto-SP, que marcou também a comemoração dos 45 anos das Variedades RB e dos 25 anos da RIDESA.
 
Monalisa Sampaio Carneiro, doutora em genética e melhoramento de planta da UFSCar, abriu oficialmente o evento que contou com a presença de pesquisadores das dez universidades federais que fazem parte da Rede,  como de outras instituições, além da participação de importantes autoridades, como o professor da Universidade Federal do Goiás, Edward Madureira Brasil, atual secretário de Ciência e Tecnologia Para Inclusão Social do Governo Federal; Oswaldo Baptista Duarte Filho, ex-reitor da UFSCar; Lourdes Souza Morais, diretora executiva da FAI UFSCar; Antonio Cesar Salibe, presidente da UDOP; José Paulo Stupiello, presidente da STAB Nacional, entre outros. Na ocasião, foram homenageados pesquisadores que participaram do desenvolvimento das variedades de cana-de-açúcar. 
 
Targino de Araújo Filho, prof. dr. e reitor da Universidade Federal de São Carlos, afirmou que o programa da RIDESA é o modelo de inovação mais eficiente do país, que se consolidou ao longo das últimas duas décadas e meia, quando foi criado. Araújo Filho representou o presidente da RIDESA, o prof. Dr. Zaki Akel Sobrinho, na oportunidade. O professor salientou ainda que o programa dará o título ao Brasil de detentor da melhor tecnologia para a produção de cana-de-açúcar global.
Ao explanar, o coordenador geral da RIDESA e coordenador do Programa de Melhoramento da Cana-de-Açúcar na UFPR (Universidade Federal do Paraná), Edelclaiton Daros, lembrou a trajetória da pesquisa de melhoramento e o trabalho das universidades na busca dos melhores materiais para o produtor. Daros afirmou ainda que a RIDESA comemora as suas bodas de prata marcando a história do setor. “Hoje a Rede possui o mais abrangente e eficiente programa de melhoramento de cana-de-açúcar do mundo”, afirmou, explicando que a academia prima pela competência, sua interação com a comunidade, com a competitividade e com o seu compromisso com o país, para dar segurança ao setor canavieiro.

 
Emocionado, fez um agradecimento ao setor sucroenergético pela parceria ao longo dos 25 anos. “Nestas variedades estão mais do que o nosso trabalho e empenho, está a nossa alma”, disse, completando “Ficamos cinco anos de stand by para escolhermos bem as variedades a serem lançadas”, conta o pesquisador, explicando que a última liberação de variedades da Rede foi em 2010.
 
Anfitrião do evento, Hermann Hoffmann, coordenador do PMGCA (Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) afirmou que os novos materiais são muito competitivos e resistentes às principais doenças da cultura. Das 16 novas espécies liberadas, quatro são da UFSCar, “sendo uma precoce para solo fértil que até o momento não existia no mercado; outra para meio de safra, muito produtiva e dois materiais tardios, um tardio para solo fraco e outro para solo fértil”, explicou Hoffmann, afirmando que as novas cultivares são resistentes a doenças e fruto de um intenso trabalho de pesquisa realizado nos últimos 18 anos. 
 
“As novas liberações têm condições de contribuir para aumentar a produtividade do setor sucroenergético. Os materiais já foram multiplicados pelas usinas conveniadas ao programa em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, e apresentaram grande potencial. Inclusive a RB975201 já está entre as 10 variedades mais plantadas em Mato Grosso”, contou o pesquisador, lembrando que a lavoura comercial apontará como serão os resultados comerciais.
 
A criação da Ridesa
 
A importância do programa de melhoramento para o desenvolvimento do setor sucroenergético foi destacada durante palestra do prof. dr. da Universidade de Alagoas, Geraldo Veríssimo de Souza Barbosa. “O rendimento médio de ATR tem aumentado na razão de 155,7 kg/ha nas últimas quatro décadas, o que representou um ganho de 4% ao ano, sendo que metade desse ganho se deve ao melhoramento. Acréscimo de 700,65 milhões de ton.de ATR devido à substituição contínua de variedades. Um ganho de R$ 350 milhões na safra 2014/2015”, contabilizou o professor.
 
A história da RIDESA, desde sua criação em 1991, até os dias atuais, foi destaque em sua palestra. De acordo com Barbosa, a RIDESA nasceu após a extinção do IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool), órgão do Ministério da Indústria e Comércio e do PLANALSUCAR (Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar), que foi criado em 1971, tendo como escopo a melhoria dos rendimentos da cultura, tanto no campo, como na indústria.
 
A partir de 1988 foi estabelecido um novo cenário para a política econômica, encerrando-se os programas de subsídios para os combustíveis, dentre eles o PROALCOOL. Com o encerramento do IAA e do PLANALSUCAR, em 1990, as unidades foram incorporadas por cinco universidades, que criaram a RIDESA. A sigla RB continuou a ser usada para identificar seus cultivares. A parceria público-privada já existia desde o PLANALSUCAR, porém foi mantida e aperfeiçoada pela RIDESA, e neste segundo momento o custeio das pesquisas passou a ser financiado pelas usinas, destilarias e fornecedores de cana.
 
Atualmente, as universidades que abrigam os programas são as seguintes: UFAL (Universidade Federal do Alagoas); UFG (Universidade Federal de Goiás); UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); UFPR (Universidade Federal do Paraná); UFPI (Universidade Federal do Piauí); UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco); UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro); UFSCar (Universidade Federal de São Carlos; UFS (Universidade Federal de Sergipe) e UFV (Universidade Federal de Viçosa). Há ainda 314 empresas parceiras, 79 bases de pesquisa e duas estações para cruzamento.
 
94 cultivares de RB disponíveis
 
Em 45 anos de pesquisa em cana-de--açúcar foram produzidas 94 variedades RB, sendo 19 cultivares liberadas durante o PLANALSUCAR; 35 variedades lançadas durante a transição PLANALSUCAR/RIDESA e 40 produzidas durante os 25 anos de RIDESA, incluindo as 16 lançadas em 2015.
 
Entre elas, Barbosa citou a RB867515, a variedade mais plantada no Brasil. Lançada oficialmente em dezembro de 1997, pela Universidade Federal de Viçosa, se expandindo a partir de 2000, atingiu em 2015 cerca de 25% da área total cultivada com cana. O seu sucesso é devido, principalmente, por permitir a expansão da área de cultivo em solos de baixa fertilidade, arenosos e com restrições hídricas onde outras variedades não têm apresentado o mesmo desempenho que ela. Mas a história não para aqui e novos cultivares devem ser liberados a partir de 2016. “Temos também um olhar para o futuro e a cana energia já vem sendo desenvolvida na última década pela RIDESA e irá contribuir para a solução energética do Brasil”, afirmou.
 
Estima-se que sejam necessários investimentos na ordem de 50 milhões de dólares para desenvolvimento de uma variedade de cana. Atualmente, o custo de uma cultiva dessa cultura, como percentagem do custo de produção, é bem inferior ao de outras. Esse custo tem variado em torno de 1 a 6 dólares por hectare, o que representa menos de 0,3% do custo de produção.
 
As cultivares RB ocupavam 5% da área cultivada com cana no Brasil na safra 1990/1991, e hoje, com a evolução do plantio de variedades, representaram até a safra 2014/2015, 68% da área cultivada no país.
 
Variedade é o grande alicerce do setor 
 
“A boa casa é aquela que está em cima do bom alicerce e eu acho que a variedade é o grande alicerce do setor porque tudo parte da cana, sem ela nada é feito”, ressaltou Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana, ao participar do evento. Ortolan esclareceu que os programas de melhoramento dispõem de variedades que têm proporcionado ganhos significativos, tanto de produção agrícola, como de rendimentos de açúcar por hectare.
 
“A atuação dos programas de melhoramento é muito importante e o lançamento de novas espécies é essencial para a renovação do canavial ao longo do tempo, já que algumas variedades precisam ser substituídas. O número maior de variedades nos dá mais segurança, pois é possível diversificar o plantio com número maior de variedades em uma menor área, evitando assim, prejuízo expressivo caso tenha problema com uma dessas cultivares”, explicou.
 
Para Marcos Guimarães de Andrade Landell, diretor do Centro de Cana do IAC (Instituto Agronômico), que na ocasião, representou o secretário de estado da Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, o evento de lançamento das novas espécies é um sinal de vitalidade do setor sucroenergético.
 
“O Brasil tem grandes programas de melhoramento genético da cana, que nestas últimas décadas têm sustentado a agroindústria canavieira do país e contribuído para o aumento da produtividade.
 
A RIDESA é um modelo de eficiência nesta questão”, afirmou, comentando que, normalmente nas estruturas públicas, é necessário ter pessoas comprometidas e apaixonadas pelo que faz, a exemplo da equipe da Rede, para que resultados sejam positivos.
 
“O programa tem sido realmente uma inspiração para nós, do IAC. Quando redesenhamos o nosso programa, há pouco mais de 20 anos, nós olhamos para eles, como estavam se estruturando naquela ocasião, reagindo às ameaças que sofreram com a extinção do PLANALSUCAR e do IAA e isso foi muito importante e de certa forma, indicou um caminho de captação de recursos privados através do modelo público/privado e o programa de Cana IAC seguiu mais ou menos este caminho. Então, eu fico muito feliz de ver este trabalho hoje sendo apresentado”, afirmou, contando que nos últimos 10 anos, o IAC lançou 22 variedades. 
 
Landell frisou ainda que a ocasião serve para refletir também. “O setor tem que celebrar e fazer uma reflexão sobre o que esse momento significa e entender que se tratam de tecnologias que são geradas e demoram de 15 a 20 anos para serem liberadas. Não é uma coisa imediata. Precisa de investimento de longo prazo e hoje, quem sustenta isso efetivamente é o próprio setor, muito mais do que uma ação pública, de Governo. Quem acaba movendo essa roda é o setor, com a sua própria demanda, que é o que inspira as ações dessas instituições públicas”, concluiu. A relevância do lançamento também foi pontuada pelo presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo.
 
“A indústria sucroenergética depende de cana e de variedades com mais qualidade, mais resistentes à praga, à mecanização, que é muito importante para nós hoje. Com novas cultivares, nós vamos vencer esta fase, pois tem que ter produção de açúcar no campo por que daí para frente a usina faz, o difícil é nós produzirmos no campo”, esclareceu, apontando um novo tempo para o setor sucroenergético com a valorização dos produtos da cana.
 
“Eu acho que os preços estão chegando agora onde já deviam estar há dois anos, mas as usinas não recuperam tudo porque a safra já está no fim e com mais um agravante. Nós já tivemos problema com a falta de chuva, hoje nós estamos com problema com muita chuva, então tudo isso traz um transtorno, mas um transtorno que para frente pode melhorar, então eu acho que este resultado nós poderemos ver no próximo ciclo”.
 
Safra em Pernambuco deverá ser 20% menor do que o ciclo passado Safra em Pernambuco deverá ser 20% menor do que o ciclo passado.
 
De acordo com Djalma Euzébio Simões Neto, presidente da STAB Setentrional e coordenador do programa da RIDESA na UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), a safra no Nordeste mais uma vez enfrentou o déficit hídrico e deve terminar menor do que o ciclo passado. “Enfrentamos muita seca nos últimos anos e este ano não foi diferente, o canavial sentiu muito, então acredito que os estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba terão uma redução expressiva na safra”, afirmou, explicando que em Pernambuco a safra deverá ser cerca de 20% menor do que no ciclo anterior, quando a moagem foi de 15,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. 
 
“Mas é necessário conviver com estas intempéries e se investir mais, em novas tecnologias de irrigação e manejo, em áreas mais favoráveis às condições climáticas e se crescer verticalmente com novas variedades”, apontou ele, ressaltando a relevância das novas cultivares da RIDESA, das quais duas foram desenvolvidas pela UFRPE. “As 16 novas variedades são mais modernas, mais tolerantes e resistentes ao estresse hídrico, a ambientes mais desfavoráveis, a pragas e doenças. Cada uma tem suas características e qualidades específicas, sendo que algumas vão estar em vários Estados, outras em determinados Estados, com potencial para aquele tipo de ambiente, mas a gente espera ter dado um passo importante para melhorar a produtividade do setor e a condição do produtor”, alegou.
 
Simões Neto comentou ainda que a busca por mais produtividade dos canaviais
através de inovações vem se intensificando em Pernambuco e no norte de Alagoas que têm uma característica específica, que é a plantação da cana em encostas, acima dos 12% onde se pode mecanizar. “Os produtores estão desenvolvendo suas próprias máquinas e algumas já estão contribuindo e fazendo uma diferença, reduzindo os custos de colheita, sem usar mão de obra, mesmo nessas encostas”, contou ele frisando que a indústria de máquina não contemplou nenhum equipamento para atender à demanda daquela região.
 
As novas variedades RB Conheças as 16 novas variedades lançadas RB e as universidades que as desenvolveram:
 
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)


RB961552
Tem alta produtividade agrícola, elevada massa foliar, excelente fechamento das entrelinhas; responsiva à fertirrigação e raro florescimento. Experimentação e recomendações para o Estado de Alagoas: Ambientes de produção e épocas de
colheita: Sequeiro: Novembro e dezembro; Irrigado: Novembro a fevereiro.
RB991536
Tem alta produtividade agrícola; alto teor de sacarose no meio de safra; raro florescimento. Experimentação e recomendações para o Estado de Alagoas: Ambientes de produção e épocas de colheita: Sequeiro: Outubro a dezembro; Irrigado: Outubro a fevereiro.
 
Universidade Federal de Goiás (UFG)

RB034045
Clone com rápido crescimento inicial e fechamento das entrelinhas; elevado perfilhamento e potencial produtivo e responsiva a melhoria ambiental; tolerante as principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e Recomendações para o Estado de Goiás: Ambientes A,B e C; Épocas de colheita: Junho a agosto.
 
Universidade Federal do Paraná (UFPR)

RB036066
Clone com rápido crescimento inicial e alto perfilhamento. Elevado potencial produtivo e com ampla adaptabilidade e estabilidade da produção agrícola. Experimentação e recomendações para o Estado do Paraná: Ambientes de produção A, B,C e D; Épocas de colheita: Junho a setembro.
 
RB 036088
Elevada sanidade às principais doenças, elevada estabilidade da produção agrícola e ótima colheitabilidade. Experimentação e recomendações para o Estado do Paraná: Ambientes de produção A,B e C; Épocas de colheita: Setembro e outubro.
RB036091
 
Clone com rápido crescimento inicial e fechamento das entrelinhas, elevado perfilhamento e potencial produtivo e responsiva à melhoria ambiental; tolerante às principais doenças da cana--de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado do Paraná: Ambientes de produção A,B e C; Épocas de colheita: Junho a agosto. 
 
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

RB992506
Elevado potencial produtivo e com ampla adaptabilidade e estabilidade da produção agrícola; excelente comportamento em ambientes restritivos. Experimentação e recomendações para o Estado de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte: Ambientes de produção e épocas de colheita: Sequeiro: Outubro e novembro; Irrigado: Novembro a janeiro.
RB002754
Destaca-se pelo alto teor de sacarose; elevado potencial produtivo; colheita no início da safra. Experimentação e recomendações para o Estado de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte: Ambientes de produção e épocas de colheita: Sequeiro: Setembro e outubro; Irrigado: Novembro a janeiro.
 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ
 

RB969017
Clone com rápido crescimento inicial e fechamento de entrelinhas, elevado perfilhamento e potencial produtivo e responsiva à melhoria ambiental; tolerante
às principais doenças da cana--de-açúcar. Experimentação e recomendações para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia: Ambientes de produção B, C e D; Épocas de colheita: Junho a setembro.
 
RB988503
Clone com bom fechamento das entrelinhas, elevado perfilhamento e alto potencial produtivo principalmente em socarias; tolerante às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia: Ambientes de produção B, C e D; Épocas de colheita: Junho a setembro.
 
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
 
RB975201
Tem alta velocidade de crescimento e elevada produtividade; ausência de florescimento e isoporização e resistente às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Agosto a novembro.
RB975242
 
Material rústico, com alta produtividade; ausência de florescimento e isoporização; resistente às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção C e D; Épocas de colheita: Agosto a novembro.
 
RB975952
 
Material precoce, com elevado teor de sacarose e alta produtividade; florescimento difícil e pouca isoporização; resistente às principais doenças da cana-de-açúcar; Experimentação e recomendaçõespara o Estado de São Paulo:
Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Abril a julho. 
RB985476
Tem alta produtividade e elevado teor de sacarose no meio de safra; elevada estabilidade de produção; resistente às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B, C e D; Épocas de colheita: Julho a setembro. 
 
RB987935
Tem médio teor de sacarose, alta produtividade agrícola; excelente brotação em colheita mecanizada, elevado perfilhamento, com ótimo fechamento das entrelinhas; tolerante às principais doenças da cana-de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Julho a setembro.
 
RB988082
Tem médio teor de sacarose e alta produtividade agrícola, excelente sanidade, responsiva ao maturador e com ampla adaptabilidade e estabilidade; tolerante às principais doenças da cana--de-açúcar. Experimentação e recomendações para o Estado de São Paulo: Ambientes de produção A, B e C; Épocas de colheita: Junho a setembro.