Venda de máquinas agrícolas retorna a patamar de 2009

04/02/2015 Agricultura POR: Folha de São Paulo -Mauro Zafalon
As vendas de máquinas agrícolas de janeiro tiveram intensa queda e mostram o cuidado dos produtores com o cenário que está por vir neste ano no setor agrícola.
As vendas de colheitadeiras recuaram para 387 unidades, 38% menos do que em igual período de 2014 e o menor patamar para meses de janeiro desde 2009.
Com perdas menores, as vendas de tratores caíram para 2.569 em janeiro, 4% menos do que as de igual mês de 2014. Ao recuar para esse patamar, as vendas de tratores foram as menores para meses de janeiro desde 2010.
O interesse menor dos produtores nas compras de máquinas -ao contrário do que vinha ocorrendo nos dois últimos anos, quando as vendas foram recordes- tem vários motivos.
O básico é o cenário adverso que se coloca para este ano. Os preços caem acentuadamente nos mercados externos, trazendo esse recuo também para o mercado interno.
A renda dos produtores está sustentada pelo câmbio, que está valorizado. Um retorno da moeda norte-americana para os padrões dos dois últimos anos fará com que os produtores não cubram os custos de produção.
Mesmo com esse cenário cinza, o produtor ainda tem cacife para atravessar 2015. O problema será em 2016, se não houver uma melhora dos preços das commodities.
Do lado das indústrias, é bem provável que farão acertos nos custos. Os últimos anos, no entanto, foram de boas vendas e boas receitas.
Janeiro deste ano apresenta queda, mas as vendas acumuladas de tratores de 2010 a 2015, sempre tomando como base apenas o primeiro mês do ano, somaram 19,1 mil unidades, 96% mais do que as de igual período anterior.
Já a comercialização de colheitadeiras atingiu 3.503 unidades nos meses de janeiro de 2010 a 2015, com alta de 67% ante os seis anos imediatamente anteriores.
Essa desaceleração, portanto, já estava por vir, uma vez que os produtores já vinham fazendo uma reposição da frota havia alguns anos.
A aceleração na compra de máquinas dará ao produtor fôlego maior até para atravessar uma eventual crise de preços das commodities.
Com maior tecnologia e ganhos de produtividade, as máquinas vão ajudar na redução de custos, inclusive com a utilização de menos mão de obra, um dos gargalos do setor atualmente.
Essa redução de custos vem também da melhora da eficiência das máquinas atuais na avaliação de solo e no controle do plantios.
Softwares modernos acoplados às máquinas permitem determinar a porção exata de adubo exigido pelo solo e a quantidade e profundidade das sementes.
Daí a razão de todas as grandes empresas do setor aumentarem a participação nas indústrias de máquinas e equipamentos que visam a agricultura de precisão.
*
Menos ICMS O governador Geraldo Alckmin assinou decreto nesta terça (3) diminuindo de 18% para 7% o ICMS sobre as saídas de amido de milho e derivados realizadas pelos fabricantes ou seus centros de distribuição.
Menos custos Outro decreto reduz os custos de insumos de produtores de açúcar, álcool e energia e restaura método de cálculo do valor adicionado dos municípios que possuem usinas credenciadas na Fazenda.
Leite Estoque elevado e demanda baixa derrubaram o preço do leite pago aos produtores em janeiro. A queda real foi de 5,8% ante dezembro, aponta o Cepea. 
As vendas de máquinas agrícolas de janeiro tiveram intensa queda e mostram o cuidado dos produtores com o cenário que está por vir neste ano no setor agrícola.
As vendas de colheitadeiras recuaram para 387 unidades, 38% menos do que em igual período de 2014 e o menor patamar para meses de janeiro desde 2009.
Com perdas menores, as vendas de tratores caíram para 2.569 em janeiro, 4% menos do que as de igual mês de 2014. Ao recuar para esse patamar, as vendas de tratores foram as menores para meses de janeiro desde 2010.
O interesse menor dos produtores nas compras de máquinas -ao contrário do que vinha ocorrendo nos dois últimos anos, quando as vendas foram recordes- tem vários motivos.
O básico é o cenário adverso que se coloca para este ano. Os preços caem acentuadamente nos mercados externos, trazendo esse recuo também para o mercado interno.
A renda dos produtores está sustentada pelo câmbio, que está valorizado. Um retorno da moeda norte-americana para os padrões dos dois últimos anos fará com que os produtores não cubram os custos de produção.
Mesmo com esse cenário cinza, o produtor ainda tem cacife para atravessar 2015. O problema será em 2016, se não houver uma melhora dos preços das commodities.
Do lado das indústrias, é bem provável que farão acertos nos custos. Os últimos anos, no entanto, foram de boas vendas e boas receitas.
Janeiro deste ano apresenta queda, mas as vendas acumuladas de tratores de 2010 a 2015, sempre tomando como base apenas o primeiro mês do ano, somaram 19,1 mil unidades, 96% mais do que as de igual período anterior.
Já a comercialização de colheitadeiras atingiu 3.503 unidades nos meses de janeiro de 2010 a 2015, com alta de 67% ante os seis anos imediatamente anteriores.
Essa desaceleração, portanto, já estava por vir, uma vez que os produtores já vinham fazendo uma reposição da frota havia alguns anos.
A aceleração na compra de máquinas dará ao produtor fôlego maior até para atravessar uma eventual crise de preços das commodities.
Com maior tecnologia e ganhos de produtividade, as máquinas vão ajudar na redução de custos, inclusive com a utilização de menos mão de obra, um dos gargalos do setor atualmente.
Essa redução de custos vem também da melhora da eficiência das máquinas atuais na avaliação de solo e no controle do plantios.
Softwares modernos acoplados às máquinas permitem determinar a porção exata de adubo exigido pelo solo e a quantidade e profundidade das sementes.
Daí a razão de todas as grandes empresas do setor aumentarem a participação nas indústrias de máquinas e equipamentos que visam a agricultura de precisão.
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Menos ICMS O governador Geraldo Alckmin assinou decreto nesta terça (3) diminuindo de 18% para 7% o ICMS sobre as saídas de amido de milho e derivados realizadas pelos fabricantes ou seus centros de distribuição.
Menos custos Outro decreto reduz os custos de insumos de produtores de açúcar, álcool e energia e restaura método de cálculo do valor adicionado dos municípios que possuem usinas credenciadas na Fazenda.
Leite Estoque elevado e demanda baixa derrubaram o preço do leite pago aos produtores em janeiro. A queda real foi de 5,8% ante dezembro, aponta o Cepea.