Vendas de pneus agrícolas sobem com mais investimentos no campo

10/07/2013 Geral POR: Folha de S. Paulo
O crescimento nas vendas de máquinas agrícolas está movimentando o mercado de pneus para tratores e colheitadeiras.
De janeiro a maio deste ano, as vendas aumentaram 17% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo Alberto Mayer, presidente da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), citando os dados mais recentes da entidade.
A expansão é bem superior à média do mercado de pneus, de 6,6% em igual período, e é puxada pela demanda nas concessionárias. "O mercado de reposição cresce abaixo da média", diz.
O desempenho é reflexo do ciclo de alta dos investimentos nas lavouras, puxados pela safra recorde de grãos e pelos bons preços, especialmente da soja.
E a tecnologia no campo vai além das máquinas. Segundo o diretor-executivo da área agrícola da Michelin, Emmanuel Ladent, os investimentos também estão chegando às rodas.
As vendas de pneus radiais --com tecnologia mais avançada do que os convencionais-- da empresa subiram 50% nos primeiros cinco meses de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado, quando já haviam subido 50%.
Apesar do avanço recente e da relevância da produção agrícola brasileira, o país ainda está longe de ser um dos grandes mercados para a Michelin. A empresa só vende pneus com tecnologia, como os radiais, que possibilitam maior economia de combustível e menor compactação do solo, segundo Ladent.
"Mas o potencial é muito grande", afirma o executivo. Ele afirma que os pneus radiais representam apenas 5% do mercado agrícola total no Brasil. No transporte de cargas, esse índice já chega a 90% no país, acrescenta.
Para o executivo, os pneus radiais no setor agrícola podem atingir níveis de mercados desenvolvidos, como a Europa e os EUA, onde 55% e 85% dos pneus usados nas fazendas são radiais, segundo dados da Michelin.
"O mercado no Brasil ainda é muito convencional. Mas, pouco a pouco, vamos convencendo os usuários a usar uma tecnologia mais completa", acredita.
No segmento de pneus de carga, o Brasil demorou 30 anos para elevar de 5% para 90% o índice de radialização nos pneus. "No setor agrícola, essa substituição será muito mais rápida, pois o mercado é mais concentrado."
Já Mayer, da Anip, não crê em uma evolução tão rápida. "A substituição será muito mais lenta no agrícola", diz.
Mauro Zafalon
O crescimento nas vendas de máquinas agrícolas está movimentando o mercado de pneus para tratores e colheitadeiras.
De janeiro a maio deste ano, as vendas aumentaram 17% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo Alberto Mayer, presidente da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), citando os dados mais recentes da entidade.
A expansão é bem superior à média do mercado de pneus, de 6,6% em igual período, e é puxada pela demanda nas concessionárias. "O mercado de reposição cresce abaixo da média", diz.
O desempenho é reflexo do ciclo de alta dos investimentos nas lavouras, puxados pela safra recorde de grãos e pelos bons preços, especialmente da soja.
E a tecnologia no campo vai além das máquinas. Segundo o diretor-executivo da área agrícola da Michelin, Emmanuel Ladent, os investimentos também estão chegando às rodas.
As vendas de pneus radiais --com tecnologia mais avançada do que os convencionais-- da empresa subiram 50% nos primeiros cinco meses de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado, quando já haviam subido 50%.
Apesar do avanço recente e da relevância da produção agrícola brasileira, o país ainda está longe de ser um dos grandes mercados para a Michelin. A empresa só vende pneus com tecnologia, como os radiais, que possibilitam maior economia de combustível e menor compactação do solo, segundo Ladent.
"Mas o potencial é muito grande", afirma o executivo. Ele afirma que os pneus radiais representam apenas 5% do mercado agrícola total no Brasil. No transporte de cargas, esse índice já chega a 90% no país, acrescenta.
Para o executivo, os pneus radiais no setor agrícola podem atingir níveis de mercados desenvolvidos, como a Europa e os EUA, onde 55% e 85% dos pneus usados nas fazendas são radiais, segundo dados da Michelin.
"O mercado no Brasil ainda é muito convencional. Mas, pouco a pouco, vamos convencendo os usuários a usar uma tecnologia mais completa", acredita.
No segmento de pneus de carga, o Brasil demorou 30 anos para elevar de 5% para 90% o índice de radialização nos pneus. "No setor agrícola, essa substituição será muito mais rápida, pois o mercado é mais concentrado."
Já Mayer, da Anip, não crê em uma evolução tão rápida. "A substituição será muito mais lenta no agrícola", diz.
Mauro Zafalon