Mesmo custando 30% a mais em relação a opção de entrada, modelo respondeu por 40% das vendas do sedã em 2019
Os desafios para o etanol se transformar num combustível mundial sempre foram enormes, também pudera, seu principal concorrente não é nada menos que o petróleo, o principal insumo responsável pela evolução da humanidade desde a revolução industrial iniciada em meados de 1760 na Inglaterra.
Contudo o planeta Terra, já há algum tempo, dá sinais claros que está saturado do combustível fóssil, gerando uma verdadeira corrida para encontrar o seu substituto o qual já foi escolhido, se tratando da Energia Elétrica.
Diante isso, numa leitura dinâmica pode-se até chegar ao raciocínio, precipitado, que o etanol esteja com os dias contados. Porém ao dar um zoom no mapa resplandece uma forte mensagem, a de que o complexo sucroenergético é uma das principais, em potencial, fontes de eletricidade já desenvolvido pela humanidade.
Nele é possível obter energia a partir da queima do bagaço da cana e do biogás advindo de resíduos como a vinhaça e torta de filtro. Além disso tem o fato do biocombustível ser o mais limpo quando se analisa a capacidade de movimentar motores, tanto a combustão como elétricos.
Nesse cenário, a Toyota foi pioneira em disponibilizar ao mercado um carro com essa leitura conjuntural, ao lançar em 2019 o Corolla Hibrido Flex, veículo que traz embarcado dois motores, um elétrico e outro a combustão, onde o primeiro é recarregado e o segundo movido tanto a gasolina como a etanol.
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, o CEO para a América Latina da empresa, o japonês Masahiro Inoue, admitiu que esperava no máximo uma participação do modelo em 25% do mercado no seu primeiro ano, o que ele não sabia é o caso de amor do brasileiro pelo etanol, comprovado mais uma vez ao ser finalizado o relatório de vendas do período, o qual constatou que a versão, lançada no segundo semestre, respondeu por 40% das vendas no cálculo geral do ano passado, mesmo ele sendo 30% mais caro em relação a opção de entrada.
Talvez esse resultado seja um indício que a empresa pretenda expandir a tecnologia para os outros carros de seu portfólio já na nova fábrica de Sorocaba, a qual receberá investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, cuja a atividade os japoneses preservam num segredo guardado a sete chaves.