Em um Brasil politicamente conturbado e economicamente fragilizado, o agronegócio não para de surpreender - e de mostrar sua força. Para atender as demandas específicas de um grande produtor paranaense segmento sucroalcooleiro, a Volvo acaba de fazer o lançamento do primeiro caminhão autônomo produzido no Brasil já testado em uma operação real e comercialmente viável - o VM Autônomo.
Criado no Brasil a partir de tecnologias disponíveis globalmente no Grupo Volvo, a versão com tecnologia autônoma do caminhão semipesado foi projetada para eliminar a perda de produtividade provocada pelo pisoteamento de soqueiras (brotos) pelo caminhão durante a colheita da cana. Segundo os produtores do setor, o problema é responsável por prejuízos que chegam a quase 10% da produção anual de cana-de-açúcar. E a utilização do caminhão autônomo pode eliminar 4% dessa perda. “Este lançamento vai revolucionar o transporte no agronegócio brasileiro, um dos mais competitivos do mundo”, comemora Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.
O novo caminhão foi desenvolvido em pouco mais de um ano e testado nas lavouras da Usina Santa Terezinha, do Grupo Usaçucar, um dos maiores produtores e exportadores de açúcar do Brasil, sediado em Maringá, no Paraná. Graças a um sistema que combina sensores, radares, GPS e controles eletrônicos de direção e velocidade, o semipesado consegue rodar ao longo das linhas da plantação, ao lado das colheitadeiras, sem passar por cima das soqueiras, com uma precisão de 2,5 centímetros. “Não esmagar os pés de cana remanescentes na colheita era uma reivindicação antiga que tínhamos. O pisoteamento de soqueiras é atualmente o principal malefício da cultura da cana-de-açúcar no Brasil, maior inclusive que os problemas provocados pelo clima e por pragas”, avalia Paulo Meneguetti, diretor financeiro e de suprimentos do Grupo Usaçucar.
No setor canavieiro, a precisão no trajeto do caminhão na plantação é fundamental, porque as soqueiras resultantes da colheita vão se transformar novamente em pés adultos de cana-de-açúcar nas safras subsequentes. O replantio é feito a cada cinco anos, com uma média de cinco safras por plantio. Como a colheita ocorre num período curto de tempo, o trabalho tem que ser feito 24 horas por dia, sete dias por semana. Devido a severidade própria da operação, da pouca visibilidade noturna e da palha que cai sobre o solo, é muito difícil para o motorista conduzir o veículo de forma precisa para evitar o pisoteamento dos brotos. “O segmento sucroalcooleiro trabalha com grandes volumes de produção e precisa reduzir ao máximo as perdas em todas as etapas da cultura. Todo ganho de produtividade faz uma grande diferença na rentabilidade do negócio”, pondera Gilberto Ribas, vice-presidente de engenharia do Grupo Volvo América Latina.
O VM autônomo foi desenvolvido pelos engenheiros da Volvo no complexo industrial da empresa em Curitiba, no Paraná, em colaboração com os especialistas da marca na Suécia e com os técnicos da Usina Santa Terezinha. Depois do mapa digital do canavial ser inserido no computador de bordo do caminhão, o sistema reconhece precisamente as linhas da plantação, evitando o pisoteamento. O papel do condutor é conduzir o veículo até o início da linha na lavoura, encontrando a rota a ser seguida, e depois retirá-lo da plantação para fazer o transbordo nos veículos de transporte que levarão a carga até a usina de açúcar. O modelo desenvolvido para a colheita da cana-de-açúcar mecanizada é um caminhão de 6x4 eixos, com pneus de alta flutuação, mas dotado de outros modernos equipamentos. “A tecnologia da Volvo proporciona alta precisão no traçado do caminhão, enquanto o motorista acompanha a operação e usa o seu tempo para outras tarefas importantes, como o transbordo, o descarregamento e outros controles administrativos da operação”, explica Bernardo Fedalto, diretor de caminhões Volvo no Brasil.
O sistema autônomo do VM é composto por duas antenas GPS de alta precisão (GNSS/RTK), parte do sistema de esterçamento VDS (Volvo Dynamic Steering), dois giroscópios de alta sensibilidade e um display posicionado no interior da cabine do caminhão, que funciona como interface homem-máquina. Além de parte do VDS da Volvo Trucks, o novo veículo assimilou o Co-Pilot da Volvo Construction Equipment, e também dispositivos da Volvo Penta e da Volvo Bus, respectivamente para o posicionamento do caminhão nos mapas e para a integração na arquitetura eletrônica do veículo. O semipesado autônomo da Volvo utiliza a tecnologia RTK (Real Time Kinematics) para geolocalização. Usando unidades de medição de inércia, os chamados giroscópios, o sistema identifica detalhadamente a inclinação e o deslocamento do veículo, tanto da cabine como do chassi, bem como seu movimento relativo, inclusive a angulação do terreno. “O novo VM resolve o problema de precisão, que é humanamente impossível de conseguir, inclusive nas manobras em marcha ré”, complementa Roberson Oliveira, gerente de projeto de engenharia avançada do Grupo Volvo América Latina.
Em um Brasil politicamente conturbado e economicamente fragilizado, o agronegócio não para de surpreender - e de mostrar sua força. Para atender as demandas específicas de um grande produtor paranaense segmento sucroalcooleiro, a Volvo acaba de fazer o lançamento do primeiro caminhão autônomo produzido no Brasil já testado em uma operação real e comercialmente viável - o VM Autônomo.
Criado no Brasil a partir de tecnologias disponíveis globalmente no Grupo Volvo, a versão com tecnologia autônoma do caminhão semipesado foi projetada para eliminar a perda de produtividade provocada pelo pisoteamento de soqueiras (brotos) pelo caminhão durante a colheita da cana. Segundo os produtores do setor, o problema é responsável por prejuízos que chegam a quase 10% da produção anual de cana-de-açúcar. E a utilização do caminhão autônomo pode eliminar 4% dessa perda. “Este lançamento vai revolucionar o transporte no agronegócio brasileiro, um dos mais competitivos do mundo”, comemora Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.
O novo caminhão foi desenvolvido em pouco mais de um ano e testado nas lavouras da Usina Santa Terezinha, do Grupo Usaçucar, um dos maiores produtores e exportadores de açúcar do Brasil, sediado em Maringá, no Paraná. Graças a um sistema que combina sensores, radares, GPS e controles eletrônicos de direção e velocidade, o semipesado consegue rodar ao longo das linhas da plantação, ao lado das colheitadeiras, sem passar por cima das soqueiras, com uma precisão de 2,5 centímetros. “Não esmagar os pés de cana remanescentes na colheita era uma reivindicação antiga que tínhamos. O pisoteamento de soqueiras é atualmente o principal malefício da cultura da cana-de-açúcar no Brasil, maior inclusive que os problemas provocados pelo clima e por pragas”, avalia Paulo Meneguetti, diretor financeiro e de suprimentos do Grupo Usaçucar.
No setor canavieiro, a precisão no trajeto do caminhão na plantação é fundamental, porque as soqueiras resultantes da colheita vão se transformar novamente em pés adultos de cana-de-açúcar nas safras subsequentes. O replantio é feito a cada cinco anos, com uma média de cinco safras por plantio. Como a colheita ocorre num período curto de tempo, o trabalho tem que ser feito 24 horas por dia, sete dias por semana. Devido a severidade própria da operação, da pouca visibilidade noturna e da palha que cai sobre o solo, é muito difícil para o motorista conduzir o veículo de forma precisa para evitar o pisoteamento dos brotos. “O segmento sucroalcooleiro trabalha com grandes volumes de produção e precisa reduzir ao máximo as perdas em todas as etapas da cultura. Todo ganho de produtividade faz uma grande diferença na rentabilidade do negócio”, pondera Gilberto Ribas, vice-presidente de engenharia do Grupo Volvo América Latina.
O VM autônomo foi desenvolvido pelos engenheiros da Volvo no complexo industrial da empresa em Curitiba, no Paraná, em colaboração com os especialistas da marca na Suécia e com os técnicos da Usina Santa Terezinha. Depois do mapa digital do canavial ser inserido no computador de bordo do caminhão, o sistema reconhece precisamente as linhas da plantação, evitando o pisoteamento. O papel do condutor é conduzir o veículo até o início da linha na lavoura, encontrando a rota a ser seguida, e depois retirá-lo da plantação para fazer o transbordo nos veículos de transporte que levarão a carga até a usina de açúcar. O modelo desenvolvido para a colheita da cana-de-açúcar mecanizada é um caminhão de 6x4 eixos, com pneus de alta flutuação, mas dotado de outros modernos equipamentos. “A tecnologia da Volvo proporciona alta precisão no traçado do caminhão, enquanto o motorista acompanha a operação e usa o seu tempo para outras tarefas importantes, como o transbordo, o descarregamento e outros controles administrativos da operação”, explica Bernardo Fedalto, diretor de caminhões Volvo no Brasil.
O sistema autônomo do VM é composto por duas antenas GPS de alta precisão (GNSS/RTK), parte do sistema de esterçamento VDS (Volvo Dynamic Steering), dois giroscópios de alta sensibilidade e um display posicionado no interior da cabine do caminhão, que funciona como interface homem-máquina. Além de parte do VDS da Volvo Trucks, o novo veículo assimilou o Co-Pilot da Volvo Construction Equipment, e também dispositivos da Volvo Penta e da Volvo Bus, respectivamente para o posicionamento do caminhão nos mapas e para a integração na arquitetura eletrônica do veículo. O semipesado autônomo da Volvo utiliza a tecnologia RTK (Real Time Kinematics) para geolocalização. Usando unidades de medição de inércia, os chamados giroscópios, o sistema identifica detalhadamente a inclinação e o deslocamento do veículo, tanto da cabine como do chassi, bem como seu movimento relativo, inclusive a angulação do terreno. “O novo VM resolve o problema de precisão, que é humanamente impossível de conseguir, inclusive nas manobras em marcha ré”, complementa Roberson Oliveira, gerente de projeto de engenharia avançada do Grupo Volvo América Latina.