Yara inaugura misturadora automatizada

12/11/2014 Agronegócio POR: Jornal do Comércio
Líder na venda de fertilizantes no Brasil desde que adquiriu a divisão do ramo da Bunge, em 2013, a Yara inaugurou ontem a sua 33ª misturadora no País, em Sumaré (SP). A planta, classificada pela empresa como a mais moderna do Brasil por ter quase todo o seu processo industrial automatizado, teve investimento de R$ 115 milhões e deverá produzir 750 mil toneladas de fertilizantes por ano. A fábrica, que representará 10% da produção da Yara no País, segue estratégia da empresa de manter o crescimento no Brasil, maior faturamento da companhia no mundo desde 2011.
A automatização da fábrica, em grande parte utilizando máquinas nacionais, segundo o presidente da Yara no Brasil, Lair Hanzen, segue o modelo da misturadora reinaugurada em Porto Alegre em abril, praticamente dispensando a atuação humana em processos de descarga, armazenagem, ensaque e carregamento. A intenção, de acordo com a empresa, além da maior produtividade, é aumentar a segurança contra acidentes. Outra novidade é a utilização quase exclusiva de concreto na edificação, como forma de controlar a umidade na elaboração das misturas.
Localizada em uma linha ferroviária pertencente a Rumo, empresa de logística do grupo Cosan, a nova planta, que já está em funcionamento parcial há cerca de dois meses, utilizará da logística inversa da transportadora. Para o transporte da matéria-prima, quase 70% proveniente de importações, a Yara aproveitará as viagens de volta dos trens que levam açúcar para o Porto de Santos pela linha férrea ao lado da planta. 
Já para o transporte aos consumidores finais serão aproveitados também boa parte das viagens de volta dos caminhões que atualmente carregam o açúcar dos produtores até os galpões da Rumo. A produção da planta de Sumaré atenderá, principalmente, os produtores de cana, citros e café, de São Paulo e, em menor escala, Paraná e Mato Grosso do Sul.
A área de armazenagem de matéria-prima, que comporta 115 mil toneladas de produtos como cloreto de potássio, fosfatos e nitrato, entre outros, é o dobro da misturadora de Porto Alegre. No total, com a automatização, o processo total de fabricação das misturas, ensacadas em pacotes de 50kg e 1000kg, dura entre 20 e 25 minutos, e diminui o número de funcionários a pelo menos a metade do necessário em uma misturadora convencional. “Quanto menor a necessidade de manuseio, melhor a qualidade dos produtos oferecidos”, afirmou Hanzen. 
Com 34 mil m2 de área construída e espaço total de 80 mil m2, a planta de Sumaré representará cerca de 10% da produção da Yara no Brasil, que atingiu 7,6 milhões de toneladas em 2013.
A empresa, multinacional norueguesa que tem sede no Brasil em Porto Alegre desde a aquisição da Adubos Trevo em 2000, faturou US$ 14,5 bilhões em 2013, sendo US$ 5,6 bilhões apenas no País. Desde a compra de 60% da Galvani, em agosto, a Yara possui, além das 33 misturadoras, três fábricas de insumos, duas em Rio Grande e uma em Ponta Grossa (PR).
Empresa aposta no Brasil para atender demanda por alimentos
Até 2013, a Yara tinha 43% de seu faturamento na Europa e apenas 29% na América Latina. Graças a aquisições, porém, como a da Bunge e da Galvani no Brasil e outras no continente, o presidente e CEO mundial da empresa, Torgeir Kvidal, adiantou que, no próximo balanço, a situação deverá se inverter. 
“O mercado latino-americano e, principalmente, brasileiro, é muito importante e continuará sendo para nós. Há aqui a luminosidade, o clima e as reservas de água disponíveis, que fazem com que o Brasil seja crucial para o futuro da produção de alimentos”, comentou Kvidal, salientando a previsão de que a população mundial chegue a 9 bilhões de pessoas em 2050 e, com isso, aumente a demanda por alimentos.
O vice-presidente sênior da matriz da Yara, Egil Hogna, também salientou o papel estratégico do País para a empresa, ressaltando a situação, descrita por ele como extraordinária, em que o agronegócio responde por 22% do PIB e 40% das exportações nacionais. “A produtividade brasileira cresceu muito, e a utilização de fertilizantes têm grande papel nisso”, detectou, comentando o fato de a produção brasileira de grãos ter passado de 52 toneladas em 1990 para 182,1 toneladas em 2013.
Já o presidente da filial brasileira da Yara, Lair Hanzen, declarou que espera atingir mais fortemente as regiões Norte e Nordeste. “Com os nossos produtos de commodities, precisamos seguir para onde o agronegócio nos leva”, disse. Além disso, Hanzen também projeta maior inserção no mercado dos produtos premium da empresa, como os formulados NFK, nos seus principais mercados, como o Rio Grande do Sul, que corresponde a um terço do faturamento da Yara no Brasil, e São Paulo. 
Os executivos não descartaram novas aquisições, embora tenham salientado a busca pelo crescimento orgânico. Atualmente, segundo Hanzen, a empresa detém 25% do market share de fertilizantes no Brasil, e 12% da produção nacional de insumos. 
Líder na venda de fertilizantes no Brasil desde que adquiriu a divisão do ramo da Bunge, em 2013, a Yara inaugurou ontem a sua 33ª misturadora no País, em Sumaré (SP). A planta, classificada pela empresa como a mais moderna do Brasil por ter quase todo o seu processo industrial automatizado, teve investimento de R$ 115 milhões e deverá produzir 750 mil toneladas de fertilizantes por ano. A fábrica, que representará 10% da produção da Yara no País, segue estratégia da empresa de manter o crescimento no Brasil, maior faturamento da companhia no mundo desde 2011.
A automatização da fábrica, em grande parte utilizando máquinas nacionais, segundo o presidente da Yara no Brasil, Lair Hanzen, segue o modelo da misturadora reinaugurada em Porto Alegre em abril, praticamente dispensando a atuação humana em processos de descarga, armazenagem, ensaque e carregamento. A intenção, de acordo com a empresa, além da maior produtividade, é aumentar a segurança contra acidentes. Outra novidade é a utilização quase exclusiva de concreto na edificação, como forma de controlar a umidade na elaboração das misturas.
Localizada em uma linha ferroviária pertencente a Rumo, empresa de logística do grupo Cosan, a nova planta, que já está em funcionamento parcial há cerca de dois meses, utilizará da logística inversa da transportadora. Para o transporte da matéria-prima, quase 70% proveniente de importações, a Yara aproveitará as viagens de volta dos trens que levam açúcar para o Porto de Santos pela linha férrea ao lado da planta. 
Já para o transporte aos consumidores finais serão aproveitados também boa parte das viagens de volta dos caminhões que atualmente carregam o açúcar dos produtores até os galpões da Rumo. A produção da planta de Sumaré atenderá, principalmente, os produtores de cana, citros e café, de São Paulo e, em menor escala, Paraná e Mato Grosso do Sul.
A área de armazenagem de matéria-prima, que comporta 115 mil toneladas de produtos como cloreto de potássio, fosfatos e nitrato, entre outros, é o dobro da misturadora de Porto Alegre. No total, com a automatização, o processo total de fabricação das misturas, ensacadas em pacotes de 50kg e 1000kg, dura entre 20 e 25 minutos, e diminui o número de funcionários a pelo menos a metade do necessário em uma misturadora convencional. “Quanto menor a necessidade de manuseio, melhor a qualidade dos produtos oferecidos”, afirmou Hanzen. 
Com 34 mil m2 de área construída e espaço total de 80 mil m2, a planta de Sumaré representará cerca de 10% da produção da Yara no Brasil, que atingiu 7,6 milhões de toneladas em 2013.
A empresa, multinacional norueguesa que tem sede no Brasil em Porto Alegre desde a aquisição da Adubos Trevo em 2000, faturou US$ 14,5 bilhões em 2013, sendo US$ 5,6 bilhões apenas no País. Desde a compra de 60% da Galvani, em agosto, a Yara possui, além das 33 misturadoras, três fábricas de insumos, duas em Rio Grande e uma em Ponta Grossa (PR).
Empresa aposta no Brasil para atender demanda por alimentos
Até 2013, a Yara tinha 43% de seu faturamento na Europa e apenas 29% na América Latina. Graças a aquisições, porém, como a da Bunge e da Galvani no Brasil e outras no continente, o presidente e CEO mundial da empresa, Torgeir Kvidal, adiantou que, no próximo balanço, a situação deverá se inverter. 
“O mercado latino-americano e, principalmente, brasileiro, é muito importante e continuará sendo para nós. Há aqui a luminosidade, o clima e as reservas de água disponíveis, que fazem com que o Brasil seja crucial para o futuro da produção de alimentos”, comentou Kvidal, salientando a previsão de que a população mundial chegue a 9 bilhões de pessoas em 2050 e, com isso, aumente a demanda por alimentos.
O vice-presidente sênior da matriz da Yara, Egil Hogna, também salientou o papel estratégico do País para a empresa, ressaltando a situação, descrita por ele como extraordinária, em que o agronegócio responde por 22% do PIB e 40% das exportações nacionais. “A produtividade brasileira cresceu muito, e a utilização de fertilizantes têm grande papel nisso”, detectou, comentando o fato de a produção brasileira de grãos ter passado de 52 toneladas em 1990 para 182,1 toneladas em 2013.
Já o presidente da filial brasileira da Yara, Lair Hanzen, declarou que espera atingir mais fortemente as regiões Norte e Nordeste. “Com os nossos produtos de commodities, precisamos seguir para onde o agronegócio nos leva”, disse. Além disso, Hanzen também projeta maior inserção no mercado dos produtos premium da empresa, como os formulados NFK, nos seus principais mercados, como o Rio Grande do Sul, que corresponde a um terço do faturamento da Yara no Brasil, e São Paulo. 
Os executivos não descartaram novas aquisições, embora tenham salientado a busca pelo crescimento orgânico. Atualmente, segundo Hanzen, a empresa detém 25% do market share de fertilizantes no Brasil, e 12% da produção nacional de insumos.